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Comparaçao da “Utopia”, de Thomas More e a socidade da Dinamarca. Comparaçao: Brasil e Inglaterra XVI

Por:   •  16/10/2018  •  2.143 Palavras (9 Páginas)  •  372 Visualizações

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O poder legislativo está investido no parlamento, conhecido como Folketing, que consiste de (não mais de) 179 membros. As eleições para o parlamento têm geralmente lugar a cada quatro anos, mas o primeiro-ministro pode convocar eleições antecipadas.

Em Utopia, trinta famílias fazem, todos os anos, a eleição de um magistrado, chamado sifogrante na antiga linguagem do país e filarca na moderna. Dez sifograntes e suas trezentas famílias obedecem a um protofilarca, antigamente denominado traníbora. Finalmente os sifograntes, em número de mil e duzentos, após o juramento de dar os seus votos ao cidadão mais virtuoso e mais capaz, escolhem por escrutínio secreto e proclamam príncipe um dos quatro cidadãos propostos pelo povo; porque a cidade sendo dividida em quatro seções, cada quarteirão apresenta seu candidato ao senado. O principado é vitalício, a menos que recaia sobre o príncipe a suspeita de aspirar à tirania. Os traníboras são nomeados todos os anos, mas só por graves motivos são eles mudados. Os outros magistrados são renovados anualmente.

A politica em Utopia e na Dinamarca, é levada muito a serio. Eles procuram colocar pessoas excepcionas para representa-los.

Brasil e Inglaterra XVI

A Inglaterra do século XVI encontrava como palco um país capitalista, que passava por uma revolução comercial. Nesse período, a economia inglesa era baseada na circulação de mercadorias e as relações feudais ainda existiam. O absolutismo inglês desse período já mostrava um certo enfraquecimento da monarquia, pois o rei tinha seu poder limitado pela atuação do parlamento, o que tornava a centralização política da figura do rei equilibrada com a descentralização do poder.

Houve um enriquecimento da burguesia (comerciantes e donos de manufaturas), da pequena nobreza rural (gent ry, em inglês) e dos pequenos proprietários rurais (yeomen, em inglês). Para criar ovelhas (e extrair lã), eles cercavam domínios, e expulsavam as famílias que lá viviam. A essa prática, deu-se o nome de cercamentos. Sem terra onde plantar ou criar, os camponeses vagavam pelas estradas ou iam para as cidades, sobretudo para Londres, onde se ofereciam para trabalhar por baixíssimos salários.

Havia injustiças e misérias nessa sociedade feudal. Entretanto, o povo inglês não era vitima unicamente da avareza de quem reinava, outras causas de opressão e sofrimento atormentavam. A nobreza e o clero possuíam a maior parte do solo e das riquezas publicas.

Essa pobreza e miséria passaram a ser interpretadas como resultado da preguiça e da indolência, já que havia muitas oportunidades de emprego. Tais interpretações tinham por objetivo fazer que o povo se submetesse as condições de trabalho vigentes.

No século XVI, no contexto das Reformas Religiosas, o rei inglês Henrique VIII rompeu com a Igreja Católica e fundou a Igreja Anglicana. Havia uma grande intolerância religiosa nesse período.

Visto a situação da Inglaterra no XVI, podemos comparar com a do Brasil. Como vimos a injustiça na Inglaterra do século XVI estava muito presente. Ela também esta muito viva na situação atual do nosso país, assim como a impunidade, desigualdade, a falta de educação politica, os benefícios de políticos e juízes, entre outras coisas que afetam a nossa sociedade.

Podemos começar com a impunidade, raramente os nossos políticos e juízes são condenados por crimes, e quando são recebem condenações brandas e com diversas regalias. Lembrando que essa impunidade não acontece apenas com o nosso político. Na verdade, quem tiver mais influencia, dinheiro e “moral”, conseguirá se livrar de uma pena severa por ter cometido algum crime.

As nossas leis também não nos ajudam a punir severamente, por exemplo, no caso de corrupção, embora a pena máxima, de 12 anos, impressione, a tradição nacional orienta que a punição fique próxima a mínima, que é de 2 anos. Uma pena inferior a 4 anos, quando não é cumprida em regime aberto, em casa e sem fiscalização, é substituída por penas restritivas de direitos, ou seja, prestação de serviços a comunidade e doação de cestas básicas. Além de ser baixa, a pena raramente é aplicada contra colarinhos brancos.

Podemos também analisar a desigualdade no Brasil. Na Inglaterra, como vimos, a desigualdade também estava presente. Podemos desmembrar a desigualdade social em diversos aspectos, envolvendo desde desigualdade de oportunidades no mercado de trabalho até a desigualdade de escolaridade, no Brasil.

As desigualdades social e de gênero se acentuaram no Brasil. Esse é o diagnóstico revelado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento(PNUD), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com dados de 2015, divulgado dia 21 de março, de 2017. O país ocupa o 79º lugar entre 188 nações no ranking de IDH, que leva em conta indicadores de educação, renda e saúde, mas despencou 19 posições na classificação correspondente à diferença entre ricos e pobres.

A desigualdade brasileira também cresce nas comparações de gênero. Embora as mulheres tenham maior expectativa de vida e mais escolaridade, elas ainda recebem bem menos que os homens no Brasil. A renda per capita da mulher é 66,2% inferior à de pessoas do sexo masculino. No índice de desigualdade de gênero, o país aparece na 92ª posição entre 159 países analisados, atrás de nações de maioria religiosa conservadora, a exemplo de Líbia (38ª), Malásia (59ª) e Líbano (83ª). Também é baixa a representatividade da mulher no Congresso Nacional.

Podemos também comparar a intolerância religiosa no Brasil. Na Inglaterra ela estava presente também. Com o crescimento da diversidade religiosa no Brasil é verificado um crescimento da discriminação religiosa. Isso acontece por mais que a nossa Constituição prevê a liberdade de religião e a Igreja e o Estado estão oficialmente separados, sendo o Brasil um Estado laico. A legislação brasileira proíbe qualquer tipo de intolerância religiosa, sendo a prática religiosa geralmente livre no país.

Entretanto, já houve vários casos de intolerância registrados no Brasil, uma delas foi o a da menina Kaylane Campos. No dia 14 de junho de 2015, ela então com 11 anos, foi parar nas páginas dos principais veículos de imprensa do Brasil, com um curativo na testa que ganhou após ser apedrejada por evangélicos. Naquele domingo, a menina foi atacada após sair de uma celebração do Candomblé, acompanhada por amigos e familiares, na Vila da Penha, no Rio de Janeiro. Os agressores eram evangélicos e, com bíblias em punho, a chamavam

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