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Algumas concepções sobre o ensino-aprendizagem da Matemática

Por:   •  24/9/2018  •  1.416 Palavras (6 Páginas)  •  521 Visualizações

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dos erros nesse tipo de aprendizagem é que o aluno pode perder o significado do conteúdo ensinado e faz com que o aluno não aprenda usar o que lhe foi ensinado. Já de vantagem temos que com esse modelo tenha uma individualização no processo de ensino , pois o aluno sobe a escada de acordo com o que ele aprende.

Nesse tipo de concepção o aluno sempre está acertando pois as atividades com esse intuito. Estudos mostram que esse modelo parece ser eficaz para a aprendizagem a curto e médio prazo.

A concepção sócio-construtivista

Sua inserção na escola se deu a partir de uma conjugação de trabalhos vindos de várias áreas de conhecimento, como, por exemplo, da psicologia social (Perret-Clermont), da epistemologia (Bachelard) e das didáticas específicas: matemática (Brousseau, Vergnoud), ciências (Thiberguein, Astolfi, Develay), etc.

Esse modelo coloca o aluno na situação de alguém que precisa resolver um certo problema mas que não possui a ferramenta necessária para fazê-lo; nessa situação, não existe outra solução, para o sujeito, que construir essa ferramenta que permite a resolução de seu problema, numa situação análoga àquela vivida no processo de construção dos conceitos científicos. Essa concepção de aprendizagem se baseia em um certo número de ideias.

Ideia de ação: Em matemática costumamos dizer que o aluno aprende pela resolução de problemas, e não escutando o professor relatar esse objeto em sua aula. Assim, para que o sujeito resolva seu problema, ele não pode ficar em uma situação passiva; é preciso que ele tente sua resolução.

Ideia de desequilíbrio: Essa ideia, que afirma que “a transição entre duas etapas de conhecimento se dá pela passagem por uma fase de desequilíbrio, onde o antigo conhecimento é colocado em questão, gerando um novo equilíbrio” Por exemplo, a ideia que a multiplicação “faz crescer” costuma persistir mesmo depois que os alunos encontram as frações e os decimais, gerando dificuldades que não conseguem ser superadas pela simples explicação do professor. insuficiência de suas ferramentas para resolver um certo problema. Essa fase comporta, na maioria das vezes, momentos de regressão, em que o aluno coloca em xeque seus conhecimentos e procedimentos já automatizados.

Ideia da representação espontânea: Ao contrário da concepção baldista, onde o aluno é suposto iniciar uma nova aprendizagem com a cabeça vazia, a ideia da representação espontânea, fundamentada em Gaston Bachelard, parte do princípio que o aluno sempre inicia uma certa aprendizagem com uma certa bagagem de representações, que ele mobiliza no momento de resolver um certo problema. Como diz Bachelard, “em qualquer idade, o espírito não é jamais virgem, tábua lisa ou cera sem impressão”

Ideia do conflito sócio-cognitivo: Nesse modelo, a estratégia consiste em colocar o aluno em face de um obstáculo, gerando o aparecimento de um conflito interno ao sujeito. Esse conflito será gerado por uma contradição entre uma antecipação do aluno, baseada em suas antigas concepções, e a situação que lhe é apresentada, que coloca em evidência a insuficiência dessa antiga concepção. Esse conflito pode ser gerado pela própria situação de aprendizagem (meio) ou pelo debate entre os participantes da situação; as situações de aprendizagem baseadas nesse modelo são aquelas que chamamos de situações-problema.

Vemos assim , que cada uma destas concepções se tem uma forma de se trabalhar. Não existe uma forma correta na qual todo professor possa ou deve seguir e sim que devemos encontrar a melhor forma que se encaixa nas nossas condições de trabalho.

Vale lembrar também que existem outras concepções na qual podemos trabalhar ou até mesmo utilizar um pouco de cada concepções em nossas aulas mas sabendo onde estamos pisando.

Algumas concepções sobre o ensino-aprendizagem da matemática. Marcelo Câmara dos Santos ,Professor do Colégio de Aplicação da UFPE Educação Matemática em Revista1 , Ano 9 – no 12 – junho de 2002 .Resenha de : Julianna Carvalho

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