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ATPS-Pesquisa em Serviço Social

Por:   •  1/6/2018  •  2.066 Palavras (9 Páginas)  •  350 Visualizações

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Convivemos muito de perto com a experiência trágica de pertencer às classes subalternizadas em nossa sociedade; conhecemos esse universo caracterizado por trajetórias de exploração, pobreza, opressão e resistência, observaram o crescimento da violência, da droga, e de outros códigos que sinalizam a condição subalterna: o desconforto da moradia precária e as estratégias de sobrevivência frente ao desemprego, a debilidade da saúde, a ignorância, a fadiga, a resignação, a crença na felicidade das gerações futuras, o sofrimento expresso nas falas, nos silêncios, nas expressões corporais, nas linguagens além dos discursos.

Cada vez mais, é preciso considerar a impossibilidade de alcançar a realidade das classes subalternas sendo estranhos à sua cultura, à sua linguagem, a seu saber do mundo.

3. EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL

A questão social nos faz pensar sempre, sobre a forma de organização da sociedade e as diversas maneiras utilizadas para que as mazelas que atingem os menos favorecidos sejam reduzidas, mesmo o país tendo melhorado no aspecto social nas últimas décadas ainda há muitos males que assolam a sociedade.

A questão social representa uma perspectiva de análise da sociedade, isto porque não há consenso de pensamento no fundamento básico que constitui a questão social. Ao utilizarmos, na análise da sociedade, a categoria questão social, estamos realizando uma crítica na perspectiva da situação em que se encontra a maioria da população, aquela que só tem na venda de sua força de trabalho os meios para garantir sua sobrevivência. É ressaltar as diferenças entre trabalhadores e capitalistas, no acesso a direitos, nas condições de vida; é analisar as desigualdades e buscar forma de superá-las, é entender as causas das desigualdades, e o que essas desigualdades produzem, na sociedade e na subjetividade dos homens.

No Brasil, as expressões da questão social também repercutem de diferentes formas na vida da população, em especial da infanto-juvenil, principalmente por causa das desigualdades sociais existentes e devido à ineficiência da rede pública de educação, saúde e proteção social.

Ao longo da história, atingidos diretamente pelo cenário de destituição do país e, em sua maioria, vivendo em situação de pobreza e sem o amparo suficiente das intervenções do Estado, as crianças e os jovens são as vítimas que mais sofreram e sofrem os efeitos perversos da desigualdade social brasileira, estando vulneráveis às situações de risco, como a violência, o abuso de drogas e as doenças sexualmente transmissíveis. De acordo com a citação acima, temos que o Serviço Social foi inserido dentro das instituições para conter os conflitos sociais emanados da classe trabalhadora, no contexto histórico da profissão, juntamente com a expansão industrial, houve a necessidade de estes profissionais atuarem com os trabalhadores e suas famílias na coerção social e cultural, na manutenção da ordem e da moral.

A primeira Escola de Serviço Social tinha por finalidade oferecer uma formação social através do conhecimento das questões e dos problemas sociais, preparando seus profissionais para atuarem-nos vários campos da ação social, nas obras de assistência, nos serviços de proteção à infância, nas organizações operárias e familiares.

4. INFLUÊNCIAS SOCIOLÓGICAS E FILOSÓFICAS E O SERVIÇO SOCIAL

As Correntes filosóficas também se puseram a influenciar o serviço social: tomismo, neotomismo, positivismo, conservadorismo, marxismo, funcionalismo americano, marcaram uma evolução das formas profissionais.

O Serviço Social se profissionaliza com a intercorrência entre processos econômicos, social, cultural, político e teórico, que se opõe ao longo do tempo e geram um novo contexto histórico, pertinente a essa profissionalização. Ao analisar a historia do Serviço Social, alguns autores de diferentes posições teóricas e ideológicas, chegaram a uma conclusão equivocada e com relação de continuidade, de que o Serviço Social como profissão seria resultante de um processo acumulativo, com a organização ou evolução da filantropia, no entanto, o assistente social emerge no mercado de trabalho com o surgimento de um espaço sócio-ocupacional e no estabelecimento de condições histórico-sociais, que demandam novas ações aos profissionais para responder a questão social na era dos monopólios.

Deixando de lado a filantropia e a caridade, o assistente social passa a ser determinado pelo mercado de trabalho, com relação de assalariamento e com participação direta no processo de reprodução das relações sociais. A emergência do Serviço Social, devido a esse espaço que surgiu na rede sócio-ocupacional, faz com que o profissional se torne vendedor de sua força de trabalho, gerando mudanças que evolui em vários aspectos, entre eles a regulamentação das relações de trabalho e a formação profissional.

Através das políticas sociais que se abre o caminho para o reconhecimento do Serviço Social como profissão e para compreender simultaneamente a continuidade e a ruptura que assimilam a profissionalização. Contudo, enquanto profissão, ele não é posto somente pela lógica social e econômica da ordem monopólica, é também dinamizado pelo projeto conservador que se põe alheio a reforma dentro desta ordem. Devido acirramento das expressões da questão social, sendo que os problemas que surgiram da rendição econômica, do processo de proletarização da mão de obra e dos efeitos da expansão do domínio imperialista, criaram um obstáculo em que a única maneira de ultrapassá-lo seria através dos métodos de intervenção do assistente social., deste modo, o profissional deixa de ser apenas executor de políticas sociais e passa a atuar na formulação, planejamento e execução dessas políticas em diversas áreas, como saúde, educação, habitação, assistência social etc.

5. ATUAÇÃO E PRÁTICAS PROFISSIONAIS DOS ASSISTENTES SOCIAIS.

O serviço social começa e se constituir como profissão no momento em que setores dominantes de sociedade começam a intervir de forma continua e sistemática, através das chamadas políticas sociais, logo o serviço social é requisitado pelas complexas estruturas do Estado e das empresas de modo a promover o controle e a reprodução material e ideológica das classes sociais. Na trajetória histórica do Serviço Social, inúmeras correntes discutem a questão da instrumentalidade, sua funcionalidade ao projeto reformista burguês no que se refere a sua peculiaridade

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