APLICAÇÃO DA MATEMÁTICA NO COTIDIANO DO ALUNO FACE À INSERÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS
Por: Hugo.bassi • 17/5/2018 • 3.135 Palavras (13 Páginas) • 410 Visualizações
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obtenção de dados utilizou-se neste trabalho levantamento bibliográfico e os processos realizados para esta pesquisa ocorreram por meio de observações e análise de documentos oficiais e institucionais.
Tecnologia no Contexto da Matemática
Atualmente, dispomos de muitas inovações tecnológicas para se utilizar em sala de aula, o que condiz com uma sociedade pautada na informação e no conhecimento, pois através desses meios temos a possibilidade virtual de ter acesso a todo tipo de informação independente do lugar em que nos encontramos e do momento. Esse desenvolvimento tecnológico trouxe enormes benefícios em termos de avanço científico, educacional, comunicação, lazer, processamento de dados e conhecimento.
Pesquisas recentes têm mostrado que a utilização de tecnologia constitui em uma poderosa ferramenta na superação de vários obstáculos inerentes ao aprendizado e a internet é apenas um dos inúmeros recursos disponíveis, pois diante da chegada dos chamados softwares educativos, surgem novas perspectivas para o uso da informática no ensino
A importância da tecnologia na vida de toda a sociedade e como ela ajuda na obtenção e compartilhamento da informação, quebrando barreiras e otimizando tempo já pode ser percebida pela maioria de nós. Fica clara, então, a necessidade de se filtrar, dentre esse mar de informações, quais são relevantes ou não.
Que as novas tecnologias, sobretudo a internet, oferecem um leque enorme de possibilidades para aquisição de conhecimento, já se sabe. No entanto, é necessário entender que a experiência do aluno será muito mais completa quando, de fato, houver uma consciência voltada à utilidade educacional dessas ferramentas dentro da escola, como meio de integrar as disciplinas, compartilhar os aprendizados e disseminar o conhecimento.
Porém, em uma sociedade com desigualdade social como a que vivemos, a escola torna-se a única fonte de acesso às informações e aos recursos tecnológicos de muitas das crianças e jovens.
O uso da informática na educação implica em novas formas de comunicar, de pensar, ensinar/aprender e pode ajudar aqueles que estão com a aprendizagem aquém da esperada. Ou seja, a informática não deve se resumir apenas a uma disciplina do currículo, mas vista e utilizada como um recurso capaz de auxiliar o professor na integração dos conteúdos curriculares.
Portanto, não basta apenas utilizar um recurso tecnológico como “apoio às aulas”, dessa forma, o professor estará apenas reproduzindo através da tecnologia os métodos de ensino que hoje são considerados “tradicionais”. Planejar a sua aula, com o uso de tecnologias atuais, exige fundamentação teórica e conhecimento dos recursos que aquela tecnologia proporcionará. Somente assim, a tecnologia propiciará maior abrangência dos conteúdos apresentados e otimização do processo ensino-aprendizagem.
Sabemos que a maioria das escolas do país não contam com recursos tecnológicos voltados para o processo ensino aprendizagem. Porém, a disponibilidade de recursos não é o único desafio para a utilização da informática na educação. Para muitos professores, “levar” a turma ao laboratório de informática para realizar pesquisas na internet continua sendo a atividade mais comum. É claro que a internet pode e deve ser utilizada como recurso, há diversas possibilidades, porém, deve existir planejamento cuidadoso da atividade, para que este recurso faça parte de um contexto. A expressão “novas tecnologias” geralmente é empregada em referência ao uso da informática. No entanto, ao conceituar tecnologia, deve-se pensar em um contexto mais amplo, em que a informática é apenas uma entre as inúmeras tecnologias disponíveis.
Um vídeo, por exemplo, é um recurso que pode ser utilizado para fins educacionais. É claro que o computador pode ser usado para editar um vídeo, através de softwares específicos, mas a utilização do recurso não vai depender da disponibilidade de computadores. Sobre a importância das tecnologias e as relações com a Matemática, D’Ambrosio (p. 2, 1996), comenta:
Ao longo da evolução da humanidade, Matemática e tecnologia se desenvolveram em íntima associação, numa relação que poderíamos dizer simbiótica. A tecnologia entendida como convergência do saber (ciência) e do fazer (técnica), e a matemática são intrínsecas à busca solidária do sobreviver e de transcender. A geração do conhecimento matemático não pode, portanto, ser dissociada da tecnologia disponível.
Diante disso, é preciso refletir sobre a forma com que as tecnologias são inseridas no processo de ensino-aprendizagem da matemática. Muitos professores acreditam que estão inovando ao utilizar um equipamento de projeção, por exemplo. No entanto, se este equipamento está sendo utilizado apenas para projetar e ler textos, como instrumento de “apoio” ao professor, o que ocorre é uma mera substituição da lousa, com pequena vantagem.
Assim como o equipamento de projeção, existem muitos recursos tecnológicos que tem características que se assemelham a métodos de ensino baseadas na transmissão do conhecimento, na memorização e posterior reprodução de um modelo. Em contraponto à grande variedade de recursos tecnológicos disponíveis, percebe-se uma concepção equivocada do uso desses recursos.
Nesse nível de análise, as escolas privadas não de diferenciam da escola pública, pois a existência ou não do recurso não causa mudança nos resultados do processo de ensino-aprendizagem. Retorno ao exemplo citado anteriormente: projetar textos em um “Data Show” e escrever no quadro. Qual a diferença?
Vemos a necessidade de se haver uma mudança a fim de preparar os alunos para um futuro ainda mais tecnológico e digital. Para isso, não somente o esforço dos professores em utilizar ferramentas e recursos digitais serão suficientes para que se haja a verdadeira mudança capaz de transformar a sociedade, mas sim a importância do papel do aluno diante dessa proposta. O que vemos através do trecho:
As mudanças na educação dependem também dos alunos. Alunos curiosos e motivados facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-educador. Alunos motivados aprendem e ensinam, avançam mais, ajudam o professor a ajudá-los melhor. Alunos que provêm de famílias abertas, que apoiam as mudanças, que estimulam afetivamente os filhos, que desenvolvem ambientes culturalmente ricos, aprendem mais rapidamente, crescem
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