A INICIAÇÃO NA CARREIRA FUTEBOLÍSTICA E O SEU FIM
Por: Rodrigo.Claudino • 21/6/2018 • 3.851 Palavras (16 Páginas) • 422 Visualizações
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Para Mendelsohn (1999) o encerramento da carreira destes atletas é um dos momentos mais difíceis da vida deles, tendo em vista que dedicaram-se anos ao futebol e acabam não sabendo fazer outra coisa além daquilo. Logo, ter que enfrentar as novidades da vida sem o futebol é um grande desafio, podendo causar no indivíduo em questão estresses e até mesmo problemas psicológicos.
Blaesild e Stelter (2003) defendem a ideia de que as exigências no mundo do futebol têm um nível muito alto o que acaba afastando o atleta do convívio social. Tal afastamento pode causar problemas emocionais que poderão manifestar-se somente quando chegar o momento do encerramento da carreira, uma vez que os holofotes não mais estarão direcionados ao mesmo, o centro das atenções também não, a mídia, torcida, companheiros e etc tendem a afastar-se gradativamente, caindo numa espécie de esquecimento. Em alguns casos atletas renderam-se ao alcoolismo e às drogas, afirma Wyllemann (1999).
Desta maneira entende-se que todo ex-atleta precisa de ajuda para adaptar-se a sua nova realidade fora de campo, pois, tudo será diferente. A vida financeira, psicológica e social passará por bruscas mudanças e será necessário compreender e aceitar as mesmas.
METODOLOGIA
O trabalho produzido até aqui provém de uma revisão literária onde foram realizadas diversas pesquisas entre as datas 17 e 23 de setembro.
No tempo em que a revisão literária estava sendo realizada, foram estudados 6 artigos. Todos os 6 artigos tiveram sua publicação nos anos de 2012 até 2016, na língua portuguesa.
DISCUSSÕES E RESULTADOS
A INICIAÇÃO NA CARREIRA FUTEBOLÍSTICA E O SEU FIM
De acordo com Scaglia (1999), a origem do futebol é um tanto quanto peculiar, tendo em vista que este é uma derivação de diversos jogos que fazem uso da bola, como o T’su que tem origem chinesa e o Kemari, de origem japonesa. Além do Epyskiros de origem grega, o Harpastum de origem romana e o Calcio de origem Italiana. Tendo o futebol que se conhece atualmente surgido após a evolução destes jogos que tinham contato direto com a bola.
Para Giulianotti (2002) o futebol é um jogo capaz de exercer uma atração única mundialmente, sendo esta atração provocada por sua simplicidade, pois, nele não há sofisticação. O que dá a possibilidade de pessoas de variadas classes sociais e porte físico praticá-lo.
Damatta (1982) coloca o futebol atual como um fenômeno mundial, tendo como prova disto tudo o que o esporte provoca em épocas de copa do mundo, por exemplo. Onde pessoas do mundo inteiro dispensam o seu tempo para ficarem de frente para a TV acompanhando os jogos. Além do mesmo possibilitar ainda a representação da sociedade em que o mesmo o praticado.
Rinaldi (2000) afirma que no Brasil tal esporte tem provocado e revelado a criatividade de todo o povo brasileiro, além de afirmar que o mesmo é utilizado para propagar ideias a todo momento.
Scaglia (1996) afirma que no Brasil há um grande interesse das crianças em participar das escolinhas de esportes, sendo estas incentivadas muitas vezes pelos seus próprios pais e professores.
Porém, como afirma Arena (2000), a iniciação da criança no esporte deve ser realizada somente por profissionais aptos para tal, onde serão ensinadas modalidade respeitando o desenvolvimento da criança e a fase que esta se encontra.
Ainda de acordo com o autor, é de suma importância que se conheça profundamente a criança e o estágio que esta se encontra, tendo em vista que isto irá refletir diretamente no seu desenvolvimento. E, caso esta ordem não seja respeitada, não será possível desenvolver e alcançar um programa de iniciação correto e eficiente.
É preciso no momento em que se está pensando na iniciação da criança no esporte, trabalhar maneiras em que esta poderá adquirir principalmente mais habilidades motoras básicas. Como afirma SCAGLIA (1996, P. 42)
Longe de uma especialização precoce, o esporte deve permitir à criança iniciante a obtenção de uma boa cultura motora. Proporcionando ao jovem uma aprendizagem motora adequada, estar-se-á tornando a prática esportiva alargada a todos.
Para Voser (2004, P. 24), “a iniciação esportiva é um processo de ensino-aprendizagem mediante a qual o indivíduo adquire e desenvolve as técnicas básicas para o desporto”. Acreditando ser a infância a melhor fase para tal.
Scaglia (1996, P. 36) coloca que:
As funções das escolinhas de esportes (futebol) se materializam por meio de uma prática pedagógica preocupada com um desenvolvimento global de seus alunos, respeitando os seus estágios de crescimento e desenvolvimento, físico e cognitivo, e onde por meio de sua práxis pedagógica transmita muito mais do que o aprendizado de gestos técnico-esportivos.
Muitos autores têm colocado que talvez o ambiente de competições não funciona como algo construtivo para as crianças que estão inseridas neste meio. Alguns destes autores são GRECO; BENDA, 1998, p. 65; MACHADO, 2009, p. 938; ROSADAS, apud MACHADO, 1994; PAES, 1997, p. 54). Rosadas, apud Paes (1997, p. 27) onde é colocada a ideia de forma que:
considera que a mera experiência motriz, tal como a intelectiva ou afetiva, por si só não educa, apenas treina, acresce a complexidade do espaço de vida, mas não o enriquece, nem o desenvolve.
Machado (2009) ressalta que toda crianças que encontra-se em processo de formação deve ter uma base para conseguir suportar as tensões que são provocadas pelo esporte quando este tem um teor meramente competitivo.
Desta forma, posicionando-se contra a competição, Paes (1997, P. 61) em um trabalho idealizado sobre a iniciação no basquete defende que:
A atividade que deve estar presente na iniciação (...) é o jogo, acentuando-se sempre sua dimensão lúdica, não se subordinando o processo apenas às vitórias e às derrotas, mas abrindo um universo maior, dando-lhe um valor educacional. Só assim poderemos tê-lo como elemento central no desenvolvimento da criança, indo além, até mesmo, de uma simples iniciação em basquetebol, considerando-o como elemento formativo com valores educacionais e culturais.
Desta forma, entende-se que antes de colocar a competição na frente de tudo, é necessário preparar a criança para encarar este ambiente sem que sofre consequências mais a frente.
Para Voser
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