A Célula - Eletrolítica
Por: Jose.Nascimento • 10/12/2018 • 2.058 Palavras (9 Páginas) • 363 Visualizações
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Mas como calculamos o potencial de cada lado da célula eletrolítica? Para cada uma delas, utilizamos a equação de Nerst:
[pic 7]
e
[pic 8]
O valor de E°, tanto para o ânodo quanto para o cátodo são valores tabelados. Já a concentração da espécie reduzida ou oxidada são valores informados ou calculáveis e devem ser obtidos através das semi-reações de redução de cada um dos analitos. Se os mesmos forem gases, os valores de pressão parcial devem ser inseridos. O valor do dividendo “n” é o número de elétrons envolvidos em cada uma das semi-reações.
Para que este cálculo fique mais claro, observe atentamente o exemplo a seguir:
EXEMPLO
Calcule a diferença de potencial das células eletroquímicas formadas pela reação indicada a seguir:
Ag|Ag+ (0,020 mol.L-1)||Cu2+ (0,020 mol.L-1)|Cu°
Resolução:
Encontrar as semi-reações de redução de cada uma das espécies envolvidas:
Semi-reação para a prata:
[pic 9][pic 10]
Semi-reação para o cobre:
[pic 11][pic 12]
Observando essas duas semi-reações, é possível concluir que a reação de redução da prata possui um potencial de redução maior (+0,799 V) do que o cobre (0 V). Isso quer dizer que a prata tem maior tendência a se reduzir que o cobre.
Agora observe a representação em barras. A célula da esquerda é a da prata (quem tem maior tendência em se reduzir). Em uma célula galvânica, a célula da esquerda é de quem se oxida, portanto essa é uma célula eletrolítica. Dessa forma temos a equação global da célula eletrolítica:
[pic 13]
[pic 14][pic 15][pic 16]
[pic 17]
[pic 18][pic 19][pic 20][pic 21]
O cobre está se reduzindo (ganha 2e-), um comportamento contrário ao que os valores de E° nos informam. Isso quer dizer que estamos trabalhando com uma célula eletrolítica!
Agora aplicando individualmente cada uma delas na equação de Nerst, temos:
Para a célula da direita (ânodo)
[pic 22]
Lembrete: A concentração de substâncias sólidas sempre será considera igual a 1.
[pic 23]
Agora vamos calcular o potencial para a célula da esquerda, o :[pic 24]
[pic 25]
Observação: O n nesse caso é um porque estamos olhando a reação de redução.
[pic 26]
Para o potencial da célula, temos:
[pic 27]
[pic 28]
[pic 29]
Experimento
Para a parte experimental deste trabalho, iremos propor a construção de uma célula eletrolítica, a sua aplicação na eletrólise da solução de iodeto de potássio, a determinação da quantidade de cada espécie, formada em casa eletrodo. Foram utilizados matérias alternativos e facilmente encontrados em nosso dia-a-dia.
O experimento foi retirado da Revista Química Nova na Escola, com o título: Construção de Uma Célula Eletrolítica para o Ensino de Eletrólise a Partir de Materiais de Baixo Custo, e esta referenciada abaixo.
Este experimento tem a intenção de demostrar de forma mais fácil e prática a oxidação e a redução, dos íons iodeto se oxidando em iodo, no ânodo, sendo perceptível pela mudança de coloração visualizada pela cor castanho-amarelado, e a redução da água no catodo, produzindo íons hidroxilas, que causam a mudança de coloração de uma solução de extrato de repolho roxo.
Materiais e reagentes:
- Dois lápis de carpinteiro;
- Um cronômetro;
- 25 g de repolho roxo;
- Algodão;
- Um conta-gotas;
- Duas seringas de plástico descartáveis de 10 mL cada;
- Um recipiente plástico de 200 mL com tampa;
- Iodeto de potássio;
- Água destilada;
- 30 centímetros de fios flexíveis;
- Uma bateria de 9,0V (de preferência, recarregável);
- Um estilete;
- Um potenciômetro (resistor variável) de 5000 Ohm;
- Um multímetro contendo escalas para leitura de potencial e corrente;
- Um balão volumétrico de 250 mL;
- Um copo de medidas com indicações de volume.
Procedimento experimental
Montagem do circuito divisor de potencial: Conectar, por meio de fios flexíveis, uma das extremidades do potenciômetro ao polo positivo de uma bateria (que deve ser de 9,0 V com carga mínima de 250 mAh) e a outra, ao polo negativo. O terminal central do potenciômetro deve estar livre para conectar-se ao circuito para a realização dos experimentos. Como o potenciômetro atua como um divisor de potencial, este divide o potencial fornecido pela bateria. Esse potencial deve ser aferido utilizando-se um multímetro com escala em leitura de potencial.
Montagem da célula eletrolítica: Remova as extremidades de madeira de ambos os lápis de carpinteiro com o auxílio de um estilete, expondo 1 cm do grafite. Uma das extremidades será utilizada para contato elétrico, enquanto a outra ficará submersa na solução de KI. O corpo do lápis (madeira) atua como isolante elétrico. Em seguida, descartar o êmbolo das seringas e, em
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