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O ateneu - analise do livro

Por:   •  23/7/2018  •  4.918 Palavras (20 Páginas)  •  284 Visualizações

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Barreto: Aluno, fanático religioso.

Romulo: É o “Mestre Cook” pela paixão por comida.

CAPÍTULO I

“‘Vais encontrar o caminho do mundo’ disse meu pai, à porta do Ateneu. ‘Coragem para a luta’”

Assim se inicia o livro de Raul Pompeia, narrado em primeira pessoa. No capítulo inicial, conta-se a história de quando Sérgio, um garoto de onze anos, vai escolher o internato no qual irá estudar. Ele até então havia estudado em casa e em externatos, mas seus pais já o achavam maduro o suficiente para mantê-lo em um internato. Sérgio comenta sua rotina na escola Caminho Novo, onde estudava anteriormente, e então ele passou a ser ensinado em domicílio.

Sérgio passa então a detalhar sua despedida da família e de sua casa, comentando seus anseios e sentimentos, como pensava estar crescendo.

O narrador comenta sobre suas duas visitas ao Ateneu, o grande colégio da época. Dr. Aristarco, o diretor da escola, um homem com gestos calmos e soberanos, que prezava a educação moral, o apresentara a escola. Sérgio fica espantado com um discurso em que um professor aproxima o diretor a figura de Deus, em um tipo de fé cega.

Sérgio volta empolgado ao colégio na festa da ginástica, onde os alunos apresentavam suas habilidades físicas e nos esportes. Depois, de um baile cerimonial, o diretor Aristarco tem uma conversa com Sérgio, que conhece a esposa deste, D. Ema, uma bela mulher. Aristarco diz que Sérgio era forte, e esclarece que o Ateneu era um ambiente doméstico, com vigilância e cuidados semelhantes. Se ficassem doentes quem cuidaria era sua esposa.

CAPÍTULO II

Neste capítulo, Sérgio chega para o primeiro dia de escola acompanhado por seu pai. O diretor Aristarco apresenta a escola, e durante o passeio fala sobre suas lutas e sacrifícios da mocidade. Fala também sobre a imoralidade:

“ "Ah! Mas eu sou tremendo quando esta desgraça nos escandaliza. Não! Estejam tranquilos os pais! No Ateneu, a imoralidade não existe! Velo pela candura das crianças, como se fossem, não digo meus filhos: minhas próprias filhas! O Ateneu é um colégio moralizado! E eu aviso muito a tempo... “Eu tenho um código...” Neste ponto o diretor levantou-se de salto e mostrou um grande quadro à parede. "Aqui está o nosso código. Leiam! Todas as culpas são prevenidas, uma pena para cada hipótese: o caso da imoralidade não está lá. O parricídio não figurava na lei grega. Aqui não está a imoralidade. Se a desgraça ocorre, a justiça é o meu terror e a lei é o meu arbítrio! Briguem depois os senhores pais!...”. (Pompeia, 1888)

Sérgio foi então deixado pelo pai. Durante o recreio ele preferira ficar recluso, mas foi arrastado pelo inspetor, João Numa, para o pátio. Foi apresentado a dois garotos simpáticos. Ao tocar o sinal das aulas, Sérgio subiu para a sala do professor sob supervisão de Rabelo, um dos discípulos do professor Mânlio. Sérgio repara em alguns de seus cerca de vinte colegas de classe, alguns tímidos, outros simpáticos e outros em tanto quanto mal encarados.

O garoto começou a passar mal e quando deu por si estava na rouparia com Rebelo, que o acudia. Após este evento, durante um passeio, o garoto ouviu Rebelo falando dos colegas, e este dizia injúrias e maldições, dizendo para Sérgio manter-se afastado de alguns colegas. Rabelo diz que Sérgio deve ser forte, pois os fracos são tidos como submissos, impelidos ao sexo da fraqueza, dominados como meninas. Aconselha ao garoto para que não tenha protetores.

Sérgio, já irritado com as chacotas do colega Barbalho acabou por entrar numa briga com este. O garoto foi parar na ala hospitalar e passou a noite divagando sobre seu papel naquela escola.

CAPÍTULO III

Sérgio vai para a aula de natação e acaba por se afogar. É salvo então por Sanches, que lhe dá uma sensação de proteção. Começa então uma amizade entre os dois, Sanches o ajudava com os estudos, já que Sérgio não se esforçava muito. Sérgio narra seus estudos sobre diversas matérias escolares, seu empenho, suas expectativas e suas decepções. Sanches andava muito próximo do garoto, mas este não via nada além de traços de amizade:

“Tomávamos lugar no mesmo banco. Sanches foi-se aproximando. Encostava-se, depois, muito a mim. Fechava o livro dele e lia no meu, bafejando-me o rosto com uma respiração de cansaço. Para explicar alguma coisa, distanciava-se um pouco; tomava-me, então, os dedos e amassava-me até doer a mão, como se fosse argila, cravando-me olhares de raiva injustificada. Volvia nova" mente às expressões de afeto e a leitura prosseguia, passando-me ele o braço ao pescoço como um furioso amigo.

Eu deixava tudo, fingindo-me insensível, com um plano de rompimento em idéia, embargado, todavia, pela falta de coragem. Não havia mal naquelas maneiras amigas; achava-as, simplesmente, despropositadas e importunas, máxime não correspondendo à mais insignificante manifestação da minha parte.” (Pompeia, 1888)

Sérgio via-se sendo tratado como um bebê e decidiu afastar-se do amigo. Os dois ainda se falavam e voltaram a ser próximos, porém uns dias acabaram brigando e se afastando definitivamente. Sérgio, provavelmente distraído, falhou em um teste, ficando abaixo até dos piores alunos. Então encontra o diretor Aristarco, que lhe apresenta a “mão da providência”.

CAPÍTULO IV

O capítulo quatro se inicia com Sergio explicando como são dadas as notas e como elas são divulgadas de maneira humilhante e bruta na frente de todos os alunos do colégio e, conta também, como os mais queridos não passavam por tal humilhação.

No mesmo capítulo, Sergio conta sobre um episódio que aconteceu com Franco, Franco recebeu uma carta de seu pai, uma das poucas que recebia por ano, onde estava escrito que ele estava ansioso para visita-lo no fim do ano e encontrar seu filho, bom menino, educado, estudioso. Nela também dizia entre exclamações consternadas, que uma filha, a mais velha, desaparecera do colégio onde estava, em companhia de um professor de piano, homem casado, sendo encontrada três ou quatro dias depois, abandonada.

Isso fez com que Franco ficasse enfurecido e sedento de vingança. Para vingar-se, Franco foi com Sergio até o jardim florestal, onde, depois de algumas voltas, vasculhou em um monte de lixos com os pés e foi separando garrafas e

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