ANALISE CRITICA DE LIVRO DIDATICO DE HISTÓRIA
Por: Evandro.2016 • 17/12/2017 • 3.480 Palavras (14 Páginas) • 490 Visualizações
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O tema que trabalharemos nesta analise encontra-se na primeira unidade respectivamente no capitulo 5 :a crise de 1929 e o nazi- fascismo, com os tópicos: o ideário nazifascista, o fascismo italiano, o nazismo alemão.
No livro História Geral e do Brasil, os autores partem da premissa e explicam o respectivo assunto a partir da conjuntura econômica e política, onde o nazifascimo caracterizou-se por ser um movimento essencialmente nacionalista, antidemocrático, antioperário, antiliberal e antissocialista, tento seu contexto relacionado a situação econômica crítica da Europa devido a crise de 1929 e os efeitos da primeira guerra. Apontando Adolf Hitler e Benedito Mussolini como principais responsáveis pela difusão desses regimes totalitários.
Neste livro, a parte reservada ao fascismo se concentra na ascensão do Mussolini graças às condições em que se encontrava a Itália no período posterior a I Guerra Mundial. Os autores também trabalham com a fundamentação doutrinaria fascista e como foi organizado a governo de Mussolini até 1939. Ressaltando também a questão no período da II Guerra Mundial, onde autores abordam a expansão italiana na Etiópia em 1935 e Albânia em 1939 e ao longo do capítulo a temática da situação política na Itália e do nascimento de um novo partido, o Partido Fascista Italiano e da célebre Marcha sobre Roma. Em seguida apontam a violência presente dentro da ditadura fascista e da intervenção do estado na economia, assim como a questão da Concordata de Latrão. No mesmo capítulo os autores abordar a influência que o fascismo teve em Portugal e na Espanha. Seguindo no capitulo fala-se também do nazismo alemão traçando a mesma temática de conjuntura econômica, e colocando a figura de Hitler em destaque, mesmo apontando alguns pontos como o nacionalismo, totalitarismo, anticomunismo mostrando assim como a relação do fascismo com esta é secundaria sendo tratada de forma bastante superficial, onde na maioria do capitulo as abordagens levantadas pelos autores sejam muitas das vezes só citadas em textos bem resumidos e não problematizados.
A tentativa de inclusão de outros sujeitos históricos além daqueles que compõem a esfera política se torna mais visível nas fontes históricas selecionadas para compor o capítulo analisado. Uma das imagens contidas na obra dos autores retrata um grande aglomerado de pessoas em uma manifestação fascista no caso um comício com Mussolini e outra com Adolf Hitler na sua visita a Alemanha. Em segundo plano abordado nota-se alguns cartazes de propaganda, de uma criança enquanto faz a saudação romana saudando o Duce e de outra que retrata uma multidão durante uma manifestação fascista representando o grupo líder Balilla. Entretanto, essas imagens não são problematizadas e aparecem desarticuladas com a narrativa proposta.
E visivelmente notório as limitações do tema discorrido no presente capítulo, pois poderia se aprofundar em vários outros aspectos que foram poucos explorados.
Para Francisco Carlos Teixeira o fascismo converteu-se novamente em um movimento de massas, e denominado fascismo ou fascismo, o conjunto de movimentos e regimes de extrema direita que dominou um grande número de países europeus desde o início dos anos 20 áte 1945.
O autor com consonância na historiografia atual sobre o tema, na unidade básica do fascismo insere-se na preocupação de apresentar uma teoria explicativa geral desse tipo de movimento político, superando as análises fragmentadas em diversas narrativas descritas e históricas, onde o fascismo, aparece como uma etapa da história da Alemanha.
Foi dessa forma que a historiografia sobre o fascismo entrou na guerra fria e consolidaram-se alguns mitos. O confronto baseava-se na questão: de um lado, os esforços de identificar fascistas e seus aliados e de outro, preocupação crescente em estabelecer o mais rápido possível o esquecimento sobre a extensão do fenômeno fascista. Assim, o fascismo, para muitos, ficou circunscrito ao nazismo (variante alemã) e associado (o que é correto ) exclusivamente ( o que é correto ) a história da Alemanha. [1]
Outro ponto principal não muito abordado no livro didático e a questão da participação das massas nos regimes fascistas, onde as massas estão tendo um objetivo de instrumento das políticas fascistas fazendo parte do jogo ideológico sendo elas regidas pelos princípios de eugenia e superioridade entre outros elementos, não sendo um fenômeno isolado mito menos esquecido na história.
O elemento de singularidades de cada fascismo não sendo apenas uma característica e sim um traço comum.
O elemento sangue por exemplo junto com o nacionalismo acerbado, cria o elemento de ligação entre os indivíduos (o corpus e o elemento principal sendo a base e formando um consenso. O fascismo passa de fenômeno para método e posteriormente passa a construir um modelo, segundo Francisco Carlos Teixeira, as massas:
“São descritas como elemento passivo, manipulável e capazes de furores coletivos. táis condições especificas de massas é que propiciariam o domínio totalitário”. (Teixeira, 2005, p.120).
Sendo assim o fascismo forma um estado totalitário baseado nas lideranças carismáticas conduzindo as massas a vontade do líder, construindo um estado orgânico, dando unidade a elas, fazendo com todos tenham o mesmo objetivo e fazendo com todos pensem da mesma forma forjando um bloco coeso, individualizando a vontade pela figura do líder que representa o estado sendo o princípio fundamental do fascismo dando as massas segurança embasadas em leis legitimando assim esse este estado.
Em outros termos, o historiador distinguia, no plano dessa adesão, uma forma de fascistização passiva, que consistia em fazer dos italianos “bons cidadãos”, de uma dascitização ativa, que consistia em formar “verdadeiros fascistas”, que, em todos os níveis da vida contribuíram para garantir a progressão do regime.[2]
Outro fator rege esse regime embasado no “terror” que proporciona o movimento do estado autoritário e sem esse elemento dificilmente este se consolidaria, liberando através da força os espaços para ideias divergentes, massificando as massas através da justificativas na história e na natureza conotando as mazelas de outros regimes antecessores.
Tendo o fator ideológico como elemento agregador como “argamassa” uma pedagogia através do medo, onde os espaços são preenchidos com essas ideologias uni uma só massa e constrói um estado a partir de uma lógica cientifica pautada na história e na natureza.
Essa ideologia vai fazer com que
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