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RESENHA CRÍTICA DO CAPÍTULO 1 DO LIVRO “ESTADO E DEMOCRACIA” Dermeval Saviani

Por:   •  25/12/2018  •  1.263 Palavras (6 Páginas)  •  637 Visualizações

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CRÍTICA

No decurso do texto, Saviani deixa evidente a sua corrente historiográfica, o marxismo com ênfase no materialismo histórico, e vai expondo de forma brilhante a veia do problema, primeiro ao estudar a teoria do “ensino enquanto violência simbólica” o ensino é uma forma da classe burguesa dominar a classe proletariada, mantendo seu poder e as desigualdades, reverberando no conflito continuo. Ao estudar a teoria do “ensino enquanto aparelho ideológico do estado” mostra que o papel principal da escola como de outras instituições como igrejas e família é um ambiente de reprodução da classe dominante, e por fim ao estudar a teoria da escola dualista, mostra a escola dividida em atender a burguesia ou proletariados, ou como tentar conciliar ambos.

Saviani coloca que a educação mesmo em instituições controlada pela elite é ainda o caminho e o lugar para buscar romper com a estrutura atual, no entanto limita-se apenas lançando luzes sem buscar de forma pragmática, apresentar uma solução, penso talvez pela complexidade do tema e por não ter uma reposta pronta.

Sobre as “luzes” lançadas por Saviani gostaria de ratificar, a importância do papel da escola como instrumento de mudança social e sobre o seu estudo ao identificar o problema, corroborando para que propostas de transformação sejam apresentadas. Nisto vejo com bons olhos as escolas que mesmo sobre a égide deste sistema, mais que adote métodos que leve o aluno a se tornar um cidadão, contraponto o ensino tecnicista que vista criar apenas trabalhadores para o sistema, e um dos pensadores sobre tema, da escola mini laboratório da reprodução da sociedade e o pensador Jonh Dewey que busca unir a teoria da prática, ou seja levar o problemas da sociedade para dentro da escola, estimulando na prática este alunos a se tornar um cidadão ativo na sociedade.

Este método inovador para época e ainda um desafio para a nossa atualidade foi adotado pelo nosso ilustre Anísio Teixeira ao implantar aqui na Bahia a Escola Parque, esta forma de ensino obviamente está ligado a Escola Nova que tenda dar uma resposta ao velho ensino tradicionalista que faz do aluno um depósito de conhecimento desconexo da realidade, como se o aluno fosse um ser isolado do seu meio sociocultural, enfim da realidade que ele está inserido.

Por outro lado, pensar em superação da marginalização é pensar filosoficamente se existe uma sociedade que der conta de ser justa e igualitária para todos, onde o desejo do individualismo pode ser superada pela necessidade do coletivismo pacificamente e ainda mais se a formação da mentalidade coletiva ocorrerá por meio do próprio individuo ou por meio ainda do Estado, que continuará reproduzindo um ensino alienante.

Penso que a Educação nunca deixará de ser alienante, porém, com rupturas ao sistema atual, podemos chegar a um sociedade onde a marginalidade será de um nível pífio, a ponto de não será mais o nosso problema de estudo e problematizarão no futuro.

E para caminharmos rumo a este horizonte, deixo como sugestão as reflexões do Professor Josias Benevides, que no seu livro o “Elo da Gestão Democrática” (SILVA, Josias Benevides da.O elo da gestão democrática. Salvador. EDUNEB. 2013.) ele fala que o caminho para uma educação transformadora além de outras questões é à aproximação da sociedade com a escola por meio da participação ativa. Se a população participa, fiscaliza, reivindica e apresenta proposta da sua vivência para a educação, vamos está nos trilhos certo da mudança da nossa sociedade.

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