BARROCO COLONIAL MINEIRO - INTERIORES

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A água suja escoava para o quintal ou era lançada nas ruas.

Peças de banheiro ou instalações sanitárias não se encontram. A higiene se faz de peças móveis como urinóis, bacias de folha, louça ou prata e jarros. Há também as cadeiras ou poltronas com assentos perfuradas e fechadas por baixo para conforto do mais velhos.

5. MOBILIÁRIO

Sua beleza se dava pelo uso de madeiras adequadas, dos torneados e gravuras em madeira. O numero de moveis sempre foi relativamente pequeno, baseando-se em cadeiras, camas, bufete (móvel para bebidas e louças), espelhos e mesas.

Cabides cobertos por tabuas de onde pendem cortinas funcionam como armários, caixas e arcas suprem a falta de cômodas.

Nichos com prateleiras embutidas nas paredes, guardam objetos menores, os santos de devoção e são enfeitados com jarros de flores. Esconderijos nas papeleiras, arcas e mesas guardam os objetos de valor.

Bancos no largo do vão das janelas completam os assentos domésticos, facilitando o descanso e a conversação entre os moradores. Com a moda das salas de visitas, cadeiras se alinham formando o largo sofá e a mesinha de centro.

Muitas das camas envolvem-se por cortinados isolando o seu ocupante dos ares maléficos que por acaso, vençam a já exagerada confinação das alcovas, dada a precária vedação dos vãos ou a ausência dos forros. Cortinas e sobrecéus adornam portas e janelas.

Frequentemente o conforto domestico se completa com prataria e boa louça contrastando com a modéstia das habitações.

6. ILUMINAÇÃO

A iluminação primitiva vale-se de candeias de barro e depois de ferro ou latão, alimentadas a óleo ou velas, fixadas aos castiçais, pendentes nos tetos ou presas as portas e paredes.

Lustres de madeira suportam as velas nas salas de recepção e nas grandes festas, luminárias se acendem nas fachadas. Mais tarde, lampiões a gás substituem as chamas de óleo e velas até que a eletricidade os tornem também obsoletos.