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Trabalho Sobre Moradores de Rua

Por:   •  2/3/2018  •  1.529 Palavras (7 Páginas)  •  332 Visualizações

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Diante da temática da questão social em termos de exclusão, quais os fatores que levaram estas pessoas a habitarem as ruas e, num segundo momento, de serem acolhidas pelos abrigos? É importante entender as relações neste cotidiano em particular, para que sejam oferecidos subsídios na discussão de políticas públicas de proteção social que possam ser realmente efetivas, buscando suprir as redes de pertencimento destes atores no combate ao crescente processo de exclusão, que é reproduzido a cada dia.

Estes abrigados seriam os excluídos de nossa sociedade, pela incapacidade de serem absorvidos no mercado de trabalho conforme o modelo de produção atualmente imposto na sociedade, tendo como agravante a “globalização” deste sistema produtivo e a concentração de riquezas por uma minoria, levando a um quadro grave de desemprego, que gera por conseqüência a ruptura de vínculos familiares e comunitários, sem que haja uma perspectiva de transformação desta realidade.

Em contrapartida, tais instituições buscariam reinserir através de políticas públicas esses excluídos ao convívio social e ao mercado de trabalho.

- CRESCIMENTO DE MORADORES DE RUA NO PAíS

Pode-se afirmar que a aparição da população em situação de rua é um dos reflexos da exclusão social, que a cada dia atinge cada vez mais as pessoas que não se enquadram no atual economia do pais, cobrando do trabalhador uma qualificação profissional, de pouco acesso à maioria da população.

Não tem como ignorar que a cada ano mais pessoas utilizam as ruas como moradia, gerando assim diversas situações como ausência de vínculos familiares, desemprego, violência, perda da auto-estima, alcoolismo, uso de drogas, doença mental, etc.

Foi realizado pelo O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome entre os anos de 2007 e 2008 uma pesquisa em 71 cidades do Brasil com população superior a 300 mil habitantes. Segundo essa pesquisa, dados divulgados em 2008, existiam na época mais de 31.922 indivíduos que utilizam as ruas como moradia, hoje com certeza esses números devem ter aumentado, pois cidades importantes não foram incluíram na pesquisa da época.

Portanto, esse desinteresse do Estado influencia diretamente no comportamento da sociedade, sendo que os moradores de rua são tratados ás vezes com dó, e outras vezes com rejeição, preconceito, indiferença e violência.

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- O QUE LEVA UMA PESSOA A SE TORNAR MORADOR DE RUA?

Um estudo inédito coordenado pelo doutor em Sociologia Lindomar Boneti, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), revela que são três as principais causas: conflitos familiares, desemprego e fracasso escolar.

O senso comum aponta as drogas como um fator preponderante para que parte da população decida viver na rua, mas os especialistas afirmam que o vício é a conseqüência e não causa.

Soluções encontradas para essa situação estão nos albergue da FAS os quais tem capacidade para até 350 pessoas e elas podem ficar lá o tempo que for necessário – desde que respeitem horários de alimentação e não usem bebidas alcoólicas e drogas.

- MORADOR DE RUA E POLÍTICAS PÚBLICAS

Em nosso país o morador de rua é visto como um lixo da sociedade, estar de lado no convívio social é uma realidade vista pela população que vive na rua. É necessário ser realizado uma avaliação profunda das características, histórias, valores, saúde física e mental, táticas de sobrevivência entre outras condições que fundamentem a compreensão dos motivos que levaram essa população a procurar na rua seu refúgio.

Considerando este momento político econômico atual do Brasil, que reflete as forças produtivas que vigoram na sociedade e a forma de interpretação dessa população acerca do processo saúde-doença pouco ainda tem sido feito.

Dessa forma as condições de vulnerabilidade vivenciadas pela população em situação de rua, associadas às questões psicossociais geradoras de sofrimentos físicos e emocionais, potencializam os riscos de saúde desse grupo o que contextualiza um desafio para as políticas públicas de saúde vigentes.

- SERVIÇO SOCIAL

Segundo informações prestadas pela Assistente Social, suas funções no abrigo são importantes para orientar os usuários quanto aos seus direitos garantidos constitucionalmente, fornecendo informações e discutindo possibilidades. As conseqüências dos atos apresentadas por cada “indivíduos” e suas limitações, são seus objetos de análise, buscando através de recursos viabilizarem a reintegração do morador de rua, encaminhando-o aos programas de assistência disponíveis no município.

Para Castel (1997), na prática, esta expectativa estaria fora de cogitação. Ele diz:

A forma de inserção ideal que seria a integração num emprego estável é geralmente impossível devido, ao mesmo tempo, à situação do mercado de trabalho e às capacidades de muitos dos beneficiários, os quais freqüentemente são distanciados há muito tempo ou mesmo desde sempre, das obrigações de ordem produtiva. (CASTEL, 1997, p.37)

Vale ressaltar que existem as possibilidades reais que morador de rua tem para concretizar seus objetivos, todos eles aliados à expectativa do recebimento de pensão por aposentadoria do Governo, sendo um deles por doença. A idade já avançada somada a uma precariedade de emprego e em alguns casos, de saúde também, justifica a busca deste benefício. É interessante perceber que Castel chama atenção que na França “foi incontestavelmente o seguro social que permitiu controlar parte importante da zona de vulnerabilidade alimentada pela precariedade do trabalho.” (CASTEL, 1997, p.27).

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- CONCLUSÃO

Analisa-se nessa pesquisa as diversas formas de exclusão e as esperanças para a reinserção social dos moradores de rua é visível o afastamento de suas relações pessoais, comunitárias e de trabalho, e diante de um governo que cria assistencialismo e cuidados sociais direcionados a essas pessoas, e como podemos presenciar hoje não tem sido muito eficaz. Utiliza-se como teoria a aprofundamento do autor Robert Castel que propõe em seus estudos, que se classifica

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