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Serviço social e a questão social

Por:   •  25/5/2018  •  662 Palavras (3 Páginas)  •  365 Visualizações

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Todavia, apesar do período dos governos Lula e Dilma serem caracterizados pelo rompimento com o neoliberalismo e o retorno à intervenção do Estado na economia, cumprindo seu papel redistributivo, cabe salientar que este Novo Desenvolvimentismo não coloca em questão aspectos clássicos relativos às condições de trabalho e qualidade de vida dos trabalhadores. Assim, o crescimento econômico e aumento dos níveis de emprego não garantem ao trabalhador satisfação em seu cotidiano, sobretudo quando se considera que o Brasil compete com as “economias emergentes” de países como a China e a Índia, que dispõem de uma força de trabalho muito maior e disposta a trabalhar sob condições precárias de super exploração.

Nesses termos é importante perceber que o recente crescimento econômico vivenciado pelo Brasil no início do século XXI, que o projetou de um país subdesenvolvido para um país “emergente” e participante do clube dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), não significa necessariamente que as nossas políticas sociais tenham progredido em uma direção que contesta o atual modelo de acumulação capitalista. Pelo contrário, várias pesquisas empíricas indicam que essa atual fase de crescimento veio acompanhada de uma exploração cada vez mais intensa de nossa força de trabalho.

Esta é, portanto, uma dimensão oculta da precarização do trabalho no Brasil. Apesar dos inegáveis méritos nas políticas distributivistas para as camadas pobres da população brasileira, o novo desenvolvimentismo como novo choque de capitalismo na terceira modernidade brasileira, promoveu a precarização existencial que, em si e para si, como precarização do trabalho, é o lado perverso da precarização do sujeito humano como sujeito capaz de práxis histórica.

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