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Os desafios contemporâneos da concepção marxista na profissão do Serviço Social

Por:   •  20/5/2018  •  1.260 Palavras (6 Páginas)  •  293 Visualizações

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No ano seguinte o golpe de Estado, traz a necessidade da atuação do profissional do Serviço Social diante das demandas da época. E no ano de 1938 o Serviço Social foi instituido como serviço público, porém, se institui como uma prática de clientelismo político. Os primeiros atendimentos realizados foram aos soldados da Segunda Guerra Mundial e após isso estendeu-se a toda população pobre voltada como ajuda financeira e material.

Com a implantação do Código de Ética em 1947, a profissão passa a ser tratada como algo hegemônico e a ação profissional tida como compromisso religioso, escondendo os elementos iniciais da “questão social” colaborando para a reprodução, percebendo as desigualdades de uma maneira moralizante.

As décadas seguintes são marcadas por reestruturação e intensificação no controle sobre o trabalho com a finalidade de reduzir custos e elevar a lucratividade, há uma atualização da posição conservadora em que processos de individualização das relações sociais estão presentes. Diante do contexto rebelde dos anos 1960 vivenciados pela sociedade, em 1965 houve uma reformulação do primeiro código de ética.

Assim a partir dos anos 70 há um posicionamento crítico dos profissionais, é nesse período que eles assumem suas aflições e questionamentos, decorrentes do processo do capitalismo mundial que trouxe consigo um desenvolvimento marcado por uma

revisão nos níveis teóricos, metodológicos, operacionais e políticos, é nesse periodo que surge também um comprometimento com o projeto voltado as classes subordinadas, e portanto a assimilação da teoria social de Marx, desvinculando-se da perspectiva positivista.

Há nessa década um processo de reconceituação profissional, em que os mesmos reconhecem sua prática de forma crítica e política, compreendendo que suas ações são direcionadas a fins sociais que ocupam posições distintas e contrárias na sociedade.

Ao profissional foi possibilitado a capacidade de intervir de forma qualitativa na garantia do projeto ético-político

profissional. E é principalmente com o código de ética profissional criado em 1993, que

se torna possível decodificar o compromisso com os valores éticos e políticos

emancipadores, para conquista da liberdade em defesa da classe trabalhadora.

Com o Movimento de Renovação do Serviço Social se apresentou a oportunidade de um aprofundamento teórico-metodológico, sobretudo quando ocorreu uma maior aproximação dos assistentes sociais com a tradição marxista o que potencializou o rompimento com as bases conservadoras que sustentavam o Serviço Social. Entretanto, é preciso sempre buscar alternativas que ampliem o debate da profissão com a teoria marxista, na tentativa de romper com partes conservadores que ainda existem no interior da categoria que inclusive acreditam que na “prática” a “teoria” é outra. A ética profissional é um modo reservado de objetivação da vida ética. Suas

características se inscrevem na relação entre o conjunto complexo de necessidades que autenticam a profissão na divisão sóciotécnica do trabalho.

CONCLUSÃO

O presente artigo nos fez compreender que os profissionais de Serviço Social, são convidados a trabalhar em uma totalidade contraditória, onde é necessário conhecer o funcionamento da instituição e as demandas do território, e os limites encontrados nesses espaços. A percepção da teoria social de Marx e sua mediação com o conteúdo prático do trabalho profissional não se esgotam em si mesmas; é preciso pensá-las e situá-las na dinâmica da sociedade capitalista, desvendando seus limites e suas possibilidades e idealizando como se constrói a introdução do assistente social nesta área de conflitos, que reitifica a vida e atribui um processo de produção da vida social.

Mesmo sendo um instrumento básico da profissão, há desafios em trabalhar diante das questões que são apresentadas a todo o momento. Assim, é preciso sempre buscar alternativas que ampliem o debate da profissão com a teoria marxista, na tentativa de romper com partes conservadores que ainda existem no interior da categoria que inclusive acreditam que na “prática” a “teoria” é outra.

REFERENCIAS

IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional.

Marxismo impenitente: contribuição à história das ideias marxistas. São Paulo: Cortez, 2004.

SANTOS, S. N. Serviço Social: Apropriação da Teoria Social Marxista e Formação Profissional Crítica. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

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