Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

Os Movimentos sociais e as transformações sociais

Por:   •  25/7/2018  •  1.374 Palavras (6 Páginas)  •  242 Visualizações

Página 1 de 6

...

da autoria de Friedrich Hayek (O Caminho da Servidão, 1944), neste documento o autor critica a ausência de liberdade dos cidadãos quando existe um Estado providencial e de "bem-estar", que aniquilava também a concorrência e os seus aspetos positivos no desenvolvimento econômico e social. Hayek demonstra mesmo a sua crença na desigualdade como um valor a ser preservado, no que ia contra a corrente geral do pensamento político da época.

A partir da década de 1960 o nome passou a significar algo diferente e é esta acepção que usamos até hoje. O termo "neoliberal" é usado para identificar a doutrina econômica que defende a absoluta liberdade de mercado e uma restrição à intervenção estatal sobre a economia, que só deve ocorrer em setores imprescindíveis e mesmo assim minimamente.

Assim, ganha corpo o ideário do neoliberalismo, que tem como ponto forte a diminuição do Estado (o "Estado mínimo"), promotor de liberdades individuais através da manutenção da lei e da ordem, fomentando a liberdade e competitividade de mercados. A justiça social é algo que está na natureza dos próprios mercados e não deve ser promovida ou regulada pelo intervencionismo de Estado. O mercado renova-se e reorganiza-se por si mesmo sempre que necessário, evitando o Estado. Há, no neoliberalismo, um individualismo radical, em detrimento dos valores de solidariedade social promovidos pelo Estado. Para o neoliberalismo, de fato, a desigualdade social é encarada como natural e própria à liberdade humana, sendo aquela mesmo considerada justa, porque desejada: amenizá-las é que gera injustiça, sugerem os teóricos do neoliberalismo.

Não deixa de haver a defesa de um Estado forte, mas na sua capacidade de controlar os capitais e em esvaziar o poder dos sindicatos, mas também um Estado poupado no que concerne a gastos sociais e a intervenções ou orientações de caráter econômico. O estado só deverá intervir onde a iniciativa privada não demonstre interesse ou capacidade de investimento, como os setores da saúde ligados às classes mais empobrecidas da sociedade, assistência social a deficientes, idosos, desamparados ou excluídos, prisões, etc. Interferência mínima do estado, não intervenção, mas nunca em cenários de política social, o que só deverá fazer eventual ou esporadicamente, quando não setorialmente.

Os movimentos sociais e as transformações sociais

Os movimentos sociais vêm acompanhando os passos democráticos de diversas nações, inclusive do Brasil, nas últimas décadas, presentes constantemente em acontecimentos históricos relevantes, principalmente no âmbito das conquistas sociais e muitas e políticas. Na verdade, consistem num mecanismo que os cidadãos utilizam para reivindicar e ver reconhecidos seus interesses e anseios coletivos.

Avritzer (1994, p.189-190) afirma que “os movimentos sociais constituem aquela parte da realidade social na qual as relações sociais ainda não estão cristalizadas em estruturas sociais, onde a ação é a portadora imediata da tessitura relacional da sociedade e do seu sentido”. Eles não constituem um simples objeto social e sim uma lente por intermédio dos quais problemas mais gerais podem ser abordados. A influência dos movimentos sociais vai muito além dos efeitos políticos produzidos por eles, pois suas ações determinam a modificação de comportamentos e de regras por parte do sistema político. E, além do mais, há uma dimensão simbólica muito mais complexa sobre a qual os movimentos sociais exercem grande impacto que é a transformação social. Hoje, a partir dessas novas mobilizações, os cidadãos e as sociedades conjugam a gramática da igualdade de gênero, preocupações ecológicas, conservação do meio ambiente, direitos dos nascituros, impensáveis antes da emergência de movimentos sociais com essas novas agendas.

Concluindo:

A Constituição de 1988, considerada “cidadã”, foi um marco histórico para a sociedade, principalmente no que diz respeito aos direitos sociais, pois estávamos saindo do regime de Ditadura, no qual a sociedade não poderia revindicar seus direitos sem ser oprimida, e iniciando a Democracia e direito a liberdade.

Contudo, ao adotar uma política Neoliberalista para ampliação da economia, exigiu-se mais do governo para resolver a demanda social, pois com a livre concorrência e a necessidade de uma mão de obra cada vez mais técnica e qualificada, muitos trabalhadores ficaram vulneráveis, o desemprego aumentou e por consequência natural vemos a grande desigualdade social instaurada.

O movimento social é de vital importância para as transformações na sociedade. Eles mobilizam a população em grupos, entre seus iguais, e isso é um poder extremamente interessante que esses movimentos possuem muitas vezes as reivindicações nem são atendidas, porem, sem eles, não há como revindicar melhorias e expor o que a sociedade necessita e pensa.

REFERÊNCIAS

http://www.infopedia.pt/$transformacoes-sociais

http://www.uniesp.edu.br/revista/revista9/pdf/artigos/18.pdf

Como referenciar: in Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2015. [consult. 2015-05-26 01:21:18]. Disponível

...

Baixar como  txt (9.7 Kb)   pdf (130.9 Kb)   docx (14.9 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no Essays.club