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O Welfare State e a estruturação da Política Social no desenvolvimento do capitalismo

Por:   •  18/11/2018  •  1.249 Palavras (5 Páginas)  •  291 Visualizações

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padrões de qualidade, garantindo aos trabalhadores a plena participação na qualidade dos direitos desfrutados pelos mais ricos, assim os trabalhadores braçais podem desfrutar dos mesmos direitos aos dos funcionários públicos ou do chamado “colarinho-branco”. Esse modelo constrói uma solidariedade em favor da política, fazendo com que haja um pensamento coletivo de que se todos se beneficiam e são dependentes, todos têm a obrigação de pagar. Esse regime de socialdemocracia é predominante em alguns países da Escandinávia.

Esse a política de bem-estar social está se tornando decadente em alguns países por diversos motivos, como ele é predominante na região da Europa, podemos usá-la como exemplo. A crise do sistema está se dando devido a diminuição da taxa de natalidade somada ao aumento da expectativa de vida da população, sendo assim, os países não têm como sustentar a economia para a efetivação das políticas de bem-estar social. Podemos acrescentar a esse cenário, o crescente aumento na taxa de desemprego na maioria dos países da União Europeia e da Zona do Euro, chegando na média de 9,7% e 10,8%, respectivamente, após a crise econômica de 2008 quem ainda hoje tem rebatimentos negativos na economia da Europa e dos Estados Unidos, que vêm enfrentando um aumento na taxa de pobreza e desigualdade social, tendo famílias que, após a última crise, ficaram sem suas casas, como mostrado no documentário “Capitalismo: Uma História de Amor” de Michel Moore. Situação essa, citada em “ O Futuro do Welfare State na Nova Ordem Mundial” quando diz que

O desemprego crônico na Europa, assim como a pobreza e a desigualdade crescentes na América do Norte são sintomas daquilo que muitos acreditam ser o dilema subjacente às economias abertas de hoje: um trade-off básico entre o crescimento do emprego e uma seguridade social generosa e igualitária. Contribuições sociais e impostos pesados, salários altos e inflexíveis e direitos trabalhistas amplos tornam a contratação de mais trabalhadores excessivamente custosa, e o mercado de trabalho muito inflexível. (Esping-Andersen, 1994, p.74).

Levando em consideração os pontos destacados, o welfare state, está caminhando para a privatização de alguns recursos, como a previdência social e a saúde, fato que já ocorreram em alguns países, isso está se dando pela dificuldade que o Estado tem enfrentado em lidar com o aumento da inflação, após a crise de 2008, perdendo o objetivo de proteção à classe trabalhadora, aumentando a idade mínima de aposentadoria. O primeiro local onde começaram as reformas foi na Grã-Bretanha, no governo de Margareth Thatcher, que reformou o Sistema Nacional de Saúde (NHS), induzindo regras de concorrência entre os hospitais públicos.

Nos países escandinavos, a reforma da saúde descentralizou os serviços de saúde, transferindo as responsabilidades, aos municípios para diminuir os custos, e consequentemente, diminuiu a qualidade do mesmo. Um exemplo é o sistema de saúde da Suécia, que era reconhecido como um dos melhores do mundo, foi atingido pelo ajuste fiscal na década de 1990, reduzindo em 45% o número de leitos em hospitais.

E é de extrema importância relembrar, o modo com que esses direitos foram conquistados. Eles são fruto da luta da classe trabalhadora, e não pode se dar dessa forma, uma resposta à crise do sistema capitalista.

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