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Desigualdade Social e Capitalismo Estudos Disciplinares III

Por:   •  8/12/2018  •  1.363 Palavras (6 Páginas)  •  326 Visualizações

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A maior parte da economia nacional é do setor primário, ou seja, voltada à exploração de recursos naturais. O Brasil, dada sua dimensão territorial e terras férteis, leva as grandes empresas e indústrias visarem lucro neste segmento. Embora haja o crescimento da economia, ainda há muita desigualdade social, ainda não tivemos um governo que tenha conseguido amenizar de forma expressiva estas desigualdades.

Segundo Costa (1998, p. 258) “Sendo responsável pela política econômica nacional, pelos programas sociais, pelas relações internas e externas, tornou-se o responsável pelas condições de vida dos seus cidadãos[...]”.

As respostas a boa parte das questões que deveriam ser de responsabilidade do Estado, como alimentação, educação e saúde, passaram a ser assumidas por empresas hoje em dia na hora de oferecer o emprego, acenando com benefícios como plano de saúde, cesta básica, creche, previdência privada, bolsa de estudos e projetos sociais custeados por organizações privadas.

Há também um fator crucial na sociedade brasileira, o “ônus” biológico e de origens. Os brasileiros ainda guardam ressentimento pelos seus colonizadores portugueses, de origem indígena e africana; como resultado, é comum haver preconceito de etnia entre cidadãos do mesmo país, o que pode também contribuir para desigualdade social, em vista do estado de carência de determinados grupos sociais.

O ensino do Trabalho é fundamental para qualquer indivíduo inserido no sistema capitalista que visa a produtividade em troca de salário para se manter. De acordo com Ianni (1989, p. 151), “É tudo trabalho. Não como Castigo, nem redenção de culpas que lhe não caibam. Mas como condição primeira de saúde e de vida”.

Para muitos Trabalho continua sendo um termo de sacrifício e servidão para a sobrevivência, boa parcela da população brasileira anseia enriquecer sem o trabalho, como se algo espiritual, um elemento divino, viesse a se manufestar em suas vidas, e ainda acredita que o Estado é responsável por mantê-lo, mesmo que ele se isente de oferecer contribuições para a sociedade que o abriga.

Os países desenvolvidos têm como base a filosofia de Adam Smith que visava a liberdade individual e o livre mercado, na qual o pensamento do Negócio (que etimologicamente significa “negar a inatividade, tempo livre”) é válido para que o Eu (a própria pessoa) possa ser desenvolvido e alcançar seus objetivos em virtude de seu esforço de trabalho.

Intrigante de certa forma como a modernização econômica evolui e encontra meios para expandir o capital com parcerias nacionais e estrangeiras enquanto o processo de uma sociedade modernizada é lento, já que leva tempo para que aconteça mudança da forma de pensar das pessoas. Ainda de acordo com Ianni (1989, p.154) “Em outros termos, a mesma sociedade que fabrica a prosperidade econômica fabrica as desigualdades que constituem a questão social”.

Conclusão

Conclui-se que Desigualdade Social e Capitalismo constituem aspectos entrelaçados no sistema de governo em que estamos inseridos, o termo Igualdade ainda é uma realidade para poucos, poucos estes que se encontram em países desenvolvidos, sendo que, quase sempre, para que um pais desenvolvido tenha sucesso em sua existência, acaba dependendo de algum tipo de exploração de países subdesenvolvidos. Esse processo cria um ciclo vicioso entre nações mais ricas e as mais pobres (subdesenvolvidas). Desigualdade Social faz parte de nossa história e nosso cotidiano por diversas assuntos envolvendo a vida da população, como gênero, etnia, nacionalidade e religião.

Há diversos movimentos que buscam compreender a causa e o porquê das questões sociais, na maior parte julgando o Estado por priorizar interesses econômicos e deixando a sociedade à precária mercê de suas necessidades básicas; em contrapartida, parece-nos muito importante a reflexão das pessoas de verem Trabalho como algo enriquecedor para suas vidas em relação a mudança de si mesmas, entendendo o seu real valor, e não assumindo apenas o papel de simples empregados que ali estão a troco de remuneração mensal.

Estamos em processo constante de modernização, em que estamos sujeitos a transformações a todo tempo, quebrando paradigmas e nos renovando a cada dia. Embora o capitalismo esteja no momento se confirmando com um regime econômico dominante, está longe de ser entendido como um modelo de redução de desigualdade social.

Cabe-nos apontar como alternativa o desenvolvimento de um capitalismo com consciência social, que por um lado favoreça e estimule competitividade, inovação e conhecimento, mas que por outro, destine parte dos lucros para melhorias sociais. Desiguais, sempre seremos; miseráveis, não é mais preciso e nem recomendável sê-lo.

Referências Bibliográficas

Costa, C. (1998). SOCIOLOGIA: Introdução à ciência da sociedade. São Paulo: Editora

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