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A Responsabilidade Social x Capitalismo

Por:   •  19/7/2018  •  1.937 Palavras (8 Páginas)  •  276 Visualizações

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demonstrar seu poder/competência no sentido de promover a coesão social em torno de ideais descoladas do paradigma modernista – que prioriza apenas aspectos econômicos, de produtividade, de mercado e de consumo, relegando a segundo plano a essência das relações sociais, que consideram conceitos como ética, respeito, justiça social e equilíbrio. A comunicação organizacional será efetiva quando seus atores tiverem escuta para o discurso do outro, modificando-o e sendo por ele modificados; quando os agentes do discurso reconhecerem que comunicar é mais do que informar, quando estes mesmos agentes/atores/sujeitos se reconhecerem em vez de dissimularem.

Milhões de brasileiros são vítimas da pobreza, de doenças, da fome, da falta de água potável, e de saneamento básico. Essa tendência estará exacerbada, a manter-se a taxa de crescimento populacional que estamos tendo. A insustentabilidade escancarada nas sociedades contemporâneas capitalistas fomentou, principalmente nos anos 70 do século XX, a organização de movimentos sociais que passam a contestar as mazelas sociais, econômicas, políticas e ecológicas. Assim, organizações, Estado e sociedade civil são mutuamente convocados a buscar o desenvolvimento que contemple aspectos sociais por meio de ações embasadas na sustentabilidade, o que significa contemplar atitudes/decisões/ações de respeito ao meio ambiente. Qualquer perspectiva em longo prazo exige, assim, uma mudança total do modo de agir da maioria do empresariado, uma mudança de paradigma, que abandone o lucro pelo lucro, e que diminua o abismo social entre exploradores e explorados, além de o desrespeito ao ambiente natural.

Priorizar a ação social pode garantir posição de destaque a qualquer empresa na sociedade onde ela atua e este é um fator importante para o empreendedor. Tendo bons resultados nos projetos sociais por ela financiados ou implantados a empresa torna-se mais conhecida, tendo maior aceitação e, consequentemente, maior faturamento. Funcionários orgulhos e motivados, fornecedores e clientes satisfeitos, maior proximidade com o governo e a sociedade civil, respeito dos concorrentes, essas são algumas razões que a empresa tem para investir na sociedade a qual faz parte. A cultura e prática de projetos de responsabilidade social como ferramenta de importância para qualquer organização não se trata de um modismo ou prática de marketing, mas uma conscientização importante que deve estar vinculada à administração estratégica e fazer parte dos objetivos corporativos como um tópico irreversível e continuo. É importante que antes de decidir algum tipo de intervenção social, a empresa faça um minucioso levantamento sobre as reais necessidades da comunidade, fazendo um diagnóstico das demandas, criando laços importantes com o público alvo. É importante, também, que os governos não vejam as empresas que investem no campo social como concorrentes, mas sim como parceiras e colaboradoras, pois, nesses casos, trabalhar em conjunto é essencial para que se possa alcançar o sucesso desejado.

O Brasil ainda está engatinhando em relação às leis a respeito da responsabilidade social empresarial, isso tem feito com que haja um descompasso entre as obrigações das empresas e o que as comunidades e governos cobram das organizações. Sendo assim fica claro a falta de sintonia entre as empresas, governos e comunidades referente ao fortalecimento do trabalho social empresarial no Brasil. A produção de bens e serviços à procura de um mercado consumidor atualmente ultrapassa a mera preocupação com o crescimento econômico, o planejamento empresarial idôneo vai além da mera função do número de consumidores e usuários em potencial, passa pela empresa trabalhar, quando for o caso, ativamente nas suas obrigações sociais na comunidade que está inserida. Apesar de ser muito tímida, existe uma legislação vigente e é muito importante cumpri-la, pois isso trará ganhos importantes, tanto para a empresa quanto para a comunidade envolvida.

A procura por investimentos socialmente responsáveis, por parte dos investidores, nos mercados financeiros tem determinado a criação de índices de ações, para identificar as empresas que incorporem esses conceitos em diversos países. Pois os próprios investidores já perceberam que as empresas sustentáveis geram valor para os acionistas a longo prazo, pois estão mais preparadas para enfrentar riscos econômicos, sociais e ambientais. Recentemente a Bovespa em parceria com outras instituições criou o “Índice de Sustentabilidade Empresarial”, composta por empresas comprometidas com a causa social e conceitos mais éticos em sua administração de negócios, divulgando resultados e, consequentemente, promovendo essas práticas no meio empresarial.

Tais práticas têm causado mudanças, gradativas, de hábitos e consciência de consumidores e investidores. A preocupação com o desenvolvimento não sustentável deixou de ser um monopólio dos ambientalistas e, felizmente, passou a ser preocupação da sociedade chamada consumidores sustentáveis que cresce a cada dia.

O conceito de desenvolvimento sustentável vem se aprimorando em um processo de reavaliação da sociedade em relação ao crescimento econômico e meio ambiente. Ele deve se basear sempre nos anseios da própria sociedade, refletindo seu contexto socioeconômico e cultural. É evidente que o segmento corporativo vai buscar o equilíbrio entre a ação a ser feita e o que foi socialmente desejado.

A preocupação com o meio ambiente pela sociedade civil e por habitantes da região do empreendimento vem sendo cada vez maior, assim podemos entender esse tipo de atitude voluntária da empresa até como obrigação moral. Outro entendimento sobre alastramento da responsabilidade social, já comentado anteriormente, deve-se aos efeitos positivos de sua própria imagem diante aos consumidores cada vez mais conscientes e investidores cada vez mais exigente.

Entre muitas dificuldades encontradas para se praticar a responsabilidade social no Brasil está a relação, muitas vezes conturbada, governo e comunidade e, principalmente, entre os dirigentes de empresas e os acionistas, pois a maioria dos investidores, com comportamento totalmente capitalista, pensam no lucro rápido, não se importando com questões de cunho social e ambiental. Neste cenário é importante a negociação envolvendo todos personagens em questão.

1 CONCLUSÃO

Vimos

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