O Projeto de Intervenção
Por: Sara • 18/4/2018 • 2.094 Palavras (9 Páginas) • 279 Visualizações
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- CARACTERIZAÇÃO DO PÚBLICO ALVO
Companheiras (os) e esposas dos internos com idades acima de 18 anos participantes do grupo de acolhimento à família nas quintas-feiras.
- OBJETIVOS
3.1 Geral
- Promover a prevenção das DSTs entre companheiras (os) e internos do Presídio Salvador.
- Específicos
- Incentivar as companheiras (os) de internos quanto ao uso de preservativos como forma de prevenção.
- Sensibilizar quanto ao diagnóstico precoce, tratamentos e acompanhamentos das DSTs.
- Alertar sobre riscos, sintomas, gravidade e consequências das DSTs.
4. METAS
- Estimular 100% das companheiras (os) e esposas dos internos participantes do grupo de acolhimento à família ao uso continuo de preservativos em 2 meses.
- Conscientizar 100% das companheiras (os) e esposas dos internos participantes do grupo de acolhimento à família em 2 meses sobre a importância do cuidado com o corpo e saúde sexual para a diminuição da proliferação de DSTs.
- Esclarecer a 100% das companheiras (os) e esposas em 2 meses sobre as políticas de saúde existentes e a importância de exames de saúde periódicos.
5. PRESSUPOSTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
O direito penal, até o século XVIII, era exercido através de penas desumanas, com açoites e todos os tipos de humilhações, porém não havia privação de liberdade. Ainda no século XVIII, houve certos avanços em relação à modificação dessas penas cruéis, e a privação de liberdade passa a ser pena. No início deste século surge o que seriam os primeiros ensaios das penitenciárias. (ENGBRUCH, 2012).
Subsequente à criação destas penitenciárias houve vários sistemas criados que seriam seguidos pelos presídios, sistema como: Filadélfia, Aubum e etc. Estes possuíam características extremamente rígidas e de estrema vigilância, os detentos não podiam se comunicar nem trocar olhares. Após estes, surgiram mais sistemas como o Norfolk, Montesinos e etc. Estes tinham caráter regenerativo, ou seja, eram dadas certas liberdades para quem trabalhasse e tivesse uma parte de sua pena cumprida. (ENGBRUCH, 2012).
No Brasil até 1830 não tinha seu Código Penal próprio por ser colônia portuguesa, este era submetido às ordenações das Filipinas. Faziam parte das penas os açoites, mutilações, queimaduras, todos em público. Em 1824 este cenário é modificado, as mutilações corporais foram banidas e cada detento passa a ficar separado de acordo com as circunstâncias e origem de suas infrações. (ENGBRUCH, 2012).
E só a partir da promulgação da Lei da Execução Penal, em 1984, que a visita passa a ser regulamentada. Existe a defesa de que essas visitas contribuem para a conexão do detento com o mundo exterior, mantendo seu laço com suas companheiras e, consequentemente, quando para fora do presídio, com suas famílias. Outra justificativa é a de que a castidade forçada não faz parte da pena, portanto, não deve ser restringida. (MARTINS, 2012).
Em contrapartida, tem sido crescente o número de detentos e companheiras infectados com vários tipos de DSTs, dentre eles a AIDS. Esta proliferação em massa se deve ao ambiente que as penitenciárias apresentam em seus espaços fechados e também através do uso de seringas compartilhadas pelos detentos. (MARTINS, 2012).
As relações sexuais ocorrem nas prisões não somente nas visitas íntimas, mas, também, no cotidiano da vida prisional, aumentando o risco da transmissão do HIV e de outras DSTs, sendo indispensável à distribuição sistemática de preservativos como forma de prevenção. Destaca-se que não existem notificações de problemas de segurança ou quaisquer consequências negativas associadas à distribuição de preservativos nas prisões. (MARTINS, 2012).
Dentro desse contexto o Assistente Social tem como objetivo pesquisar, elaborar, executar políticas sociais, planos, programas e projetos assistenciais, terapêuticos, promocionais, educativos e preventivos junto a uma rede de relações que constituem a vida prisional. (MARQUES, 2011).
No cotidiano profissional do Assistente Social existem intervenções que possibilitam ao preso e sua família acessarem os recursos e Serviços Sociais, Nessa perspectiva, o profissional deve estar atento quanto a situação vivenciada pelo sujeito e seus familiares, é o que ocorre com as DSTs no Presidio Salvador, devido ao elevado índice de contagio entre companheiras e internos, é necessário que haja intervenção do Serviço Social, pois este profissional deve estar atento as dificuldades enfrentadas pelos internos em várias questões, inclusive na saúde, pois, tudo repercute no seu fazer profissional. Nos atendimentos diários, com seus aparatos técnicos é possível identificar situações graves que devem ser encaminhadas e acompanhadas até a sua resolutividade.
Por fim é relevante entendermos que, em grande maioria, são os detentos que passam estes vírus para as suas companheiras, este projeto tem o objetivo ainda de elucidar acerca das doenças sexualmente transmissíveis através da proteção, evitando assim, que mais pessoas sejam infectadas. Dessa forma este projeto tem o foco de trazer informação para uma maior prevenção.
- PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
O projeto será aplicado com as companheiras (os) e esposas dos internos que participam do grupo de acolhimento à família no Presídio Salvador, terá inicio em janeiro de 2015 a fevereiro de 2015. Usando ações que visem entreter- lás de maneira não cansativa. Será realizado as quintas-feiras pela tarde, as palestras serão iniciadas pelas assistentes sociais e logo em seguida o enfermeiro dará continuidade usando linguagem simples com informações sobre as DSTs e seus tratamentos e frisar nas doenças de maior incidência no presídio. Serão exibidos filmes ou documentários sobre a prevenção de DSTs. Para as atividades temáticas será necessário o uso de material como cadeiras, papel A4, canetas e folders.
Haverá no início em Janeiro de 2015, uma reunião com os técnicos para esclarecer como será aplicado o projeto, qual finalidade do mesmo para que haja qualificação das ações de prevenção, boa interação para se conseguir os resultados
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