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Serviço Social ao Contexto Urbano e Rural

Por:   •  22/3/2018  •  4.441 Palavras (18 Páginas)  •  443 Visualizações

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As terras desapropriadas pelo Governo são divididas em lotes e distribuídas às famílias que não possuem terras para plantar, onde é estimulada a produção de alimentos e métodos sustentáveis na produção, com obras de infraestrutura (redes de água, energia elétrica e estradas para escoar a produção), distribuição de sementes para o plantio, implantação de irrigação, financiamentos, assistência social e consultoria com técnicos multidisciplinares.

2.1 Comentários a respeito dos filmes indicados

Os filmes indicados relatam história das famílias que durante as décadas de 80 e 90 lutaram pela reforma agrária, essas lutas aconteceram em diversos lugares dos pais. Porem com o mesmo objetivo a garantia de direitos. As famílias envolvidas estavam em busca de direito a terra. Mostra-nos de fato como foi o construído o processo de garantia de direito a terra através da reforma agrária, onde houver muita luta e resistência de milhares de famílias Sem Terra que almejam conquistar um pedaço de chão para a sua sobrevivência. Esse processo foi muito lento e violento Com isso, o campo brasileiro se tornou palco de conflitos quase que cotidianos deixando centenas de vítimas no país nos últimos anos. Os episódios de violência no campo não estão no passado. Infelizmente, ainda é uma realidade em todas as regiões de nosso país, violações contra trabalhadores rurais, ameaças, despejos e mortes fazem parte da realidade do pequeno agricultor brasileiro. As conquistas das áreas de reforma agrária e a importância econômica, social e política da agricultura familiar é totalmente desprezada pela elite e, intencionalmente, mantida desconhecida para a sociedade urbana. A luta não e só pela reforma agrária, mas também pela gritante e imoral desigualdade social. Conforme o Estatuto da Terra, criado em 1964, o Estado tem a obrigação de garantir o direito ao acesso a terra para quem nela vive e trabalha. No entanto, esse estatuto não é posto em prática, visto que várias famílias camponesas são expulsas do campo, tendo suas propriedades adquiridas por grandes latifundiários.

No Brasil, historicamente há uma distribuição desigual de terras. Esse problema teve início em 1530, com a criação das capitanias hereditárias e do sistema de sesmarias (distribuição de terra pela Coroa portuguesa a quem tivesse condições de produzir, tendo que pagar para a Coroa um sexto da produção). Essa política de aquisição da terra formou vários latifúndios. Em 1822, com a independência do Brasil, a demarcação de imóveis rurais ocorreu através da lei do mais forte, resultando em grande violência e concentração de terras para poucos proprietários, sendo esse problema prolongado até os dias atuais.

2.2 A Charge Negociação

A Charge apresentada Negociação. Jean, 2008 nos mostra como é tratada a questão da reforma agrária em nosso país, a importância dada pelo governo aos líderes do movimento sem-terra que vão à busca dos seus direitos, o desrespeito dos políticos com esse movimento. Observa-se que a Reforma Agrária propriamente dita ainda não foi conquistado. No país apesar das pessoas que são inseridas nesse movimento passarem a ter acesso a terra e a alguns serviços, a qualidade de vida dessas populações e os assentados permanecem muitas vezes a mesma que era antes de terem sido assentadas.

3 MOVIMENTO DOS TRABALHADORES SEM TERRA

O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) é um dos movimentos sociais do Brasil, que luta pelas questões do trabalhador do campo, principalmente no que se refere à reforma agrária e a inclusão social, assegura os direitos dos trabalhadores do campo mantendo a dignidade. O processo de tomada da terra tinha duas fases: a ocupação e o assentamento ou consolidação. Os ocupantes tentavam resolver os problemas de negociação no dialogo, mas muitas vezes, recebidos à bala. Nasceu da articulação das lutas pela terra no final da década de 70, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, na região centro-sul do país. Sua gestação foi no período de 1979 a 1984, quando foi criado formalmente no 1º encontro nacional de trabalhadores sem terra, em janeiro de 1984 no estado do Paraná. Marcado pelo processo de modernização da agricultura. Sua organização de trabalho e produção foi o cooperativismo como forma superior de empreendimento agrícola, até entrar em crise, adotando a sustentabilidade para as transformações sociais.

Os acampamentos dos sem terras são formados por famílias de trabalhadores rurais, arrendatários, meeiros e bóias frias que querem ter suas próprias terras, para tirarem um sustento digno, moradia própria, educação, plantar e trabalhar, e dar saúde a seus familiares.

A reorganização da produção e do trabalho deu inicio a um novo processo, resgate de saber e prática agro-ecológico para uma nova realidade nos assentamentos rurais. Passando a preservar os recursos naturais.

Hoje se encontra organizado em 22 estados, com o mesmo objetivo: lutar pela terra pela reforma agrária e pela construção de uma sociedade mais justa, sem explorados nem exploradores. As ocupações se dão quase sempre da mesma forma, ocupam terras improdutivas, mas de boa qualidade para se plantada, que estão sem plantar, por trabalhadores que querem trabalhar e produzir. Estas ocupações se comprometem em produzir arroz, feijão, queijo, frutas, legumes e verduras, de forma coletiva gerando renda e aumentando o nível da qualidade de vida das assentadas.

Chama atenção por apresentar determinadas características de uma trajetória breve se comparamos com outros movimentos com menos tempo de vida. Com fama de promotor de invasões polemicas e a acusação de violento ao invadir propriedades e ter alguns militantes depredadores e incendiários. Isso depende muito da reação dos proprietários fazendeiros que contratam pistoleiros para protegerem suas terras, causando muitas vezes mortes nestes conflitos, e da posição dos governos estaduais na legalidade das desapropriações.

A principal forma de lutar pela terra é mobilizando sujeitos excluídos e transformando-os em lutadores. Lutas e trabalho cotidiano por questões relacionadas à produção, à educação, à saúde, à cultura, aos direitos humanos, direitos de uma humanidade plena. O MST utilizou da ação das mulheres nas ocupações de terras, alegando que a integração da família é de suma importância, já que as mulheres e crianças acompanham o homem nos trabalhos diários, garantindo formação profissional aos jovens. Com visão na totalidade da vida e da sociedade de forma integrada, faz com que haja

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