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O Homem Como Cocação Politica

Por:   •  14/4/2018  •  2.242 Palavras (9 Páginas)  •  244 Visualizações

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Ora, essa postura revela uma contradição curiosa. Como melhorar a classe política, como aperfeiçoar nosso sistema representativo, se não temos pessoas preparadas Aliás, basta o individuo ter um pouco mais de preparação social para logo se dizer: Esse indivíduo estar com alguma pretensão camuflada. Vai ver ele quer ser político! O político às vezes é tão sujo quanto o eleitor que vende seu voto. E é nessa hora de votar que, poderiam fazer sua parte, contribuindo com a cidadania, mostrando que é um ser humano que se preocupa em contribuir como, cidadão. Por uma sociedade mais justa.

E o sistema onde um bando de quadrilha é legalmente empossado, através de um processo, onde os que dão legitimidade a tudo. Como é que se autoriza para administrar os interesses públicos, alguém não tem nem uma qualificação moral ou intelectual a esse cargo. Isso é um cumulo do absurdo! Pior ainda é que a ficha criminal de muitos é uma verdadeira lista telefônica. Além disso, eles ganham imunidade parlamentar para continuarem especializados em falcatruas. Na sociedade são vulneráveis. Essas demandas são interpretadas por aqueles que ocupam o poder, mas influenciadas por uma agenda que se cria na sociedade civil através da pressão e visam ampliar e efetivar direitos da cidadania, também gestados nas lutas sociais e que passam a ser reconhecidos institucionalmente.

Outras políticas objetivam promover o desenvolvimento, criando alternativas de geração de emprego e renda como forma compensatória dos ajustes criados por outras políticas de cunho mais estratégico (econômicas).

Ainda outras são necessárias para regulares conflitos entre os diversos atores sociais que, mesmo hegemônicos, têm contradições de interesses que não se resolvem por si mesmas ou pelo mercado e necessitam de mediação.

Os objetivos das políticas têm uma referência valorativa e exprimem as opções e visões de mundo daqueles que controlam o poder, mesmo que, para sua legitimação, necessitem contemplar certos interesses.

Weber discorre sobre o processo de formação do Estado Moderno (resultado da monopolização dos meios de gestão da violência), destacando como ele foi acompanhado com o surgimento de uma figura muito peculiar no Ocidente: O político profissional. “Ele diferencia dois tipos essenciais dos políticos;” Os que vivem “da” política e os que vivem “para” política.

O político que vive “da” política é aquele que não possui recursos materiais para a sua subsistência para além dos recursos provindos da própria atividade política. Sua atuação pública se confunde com uma luta não apenas por ideais comuns ou interesses de classes, mas também pela conquista de meios de conseguir renda, o que de alguma forma prejudica a capacidade de distanciamento para a análise racional dos problemas de seu cotidiano enquanto profissional da política. Já o político que vive “para” a política representaria o tipo ideal no âmbito de atributos do político vocacionado, pois sua independência diante da remuneração própria da atividade política significa, também, uma independência de seus objetivos no decorrer da vida pública. Sua conduta pode esta voltada para a busca de prestígio, honra, ideais, ou até mesmo do “poder pelo poder”, mas não tomaria como prioridade a busca por recompensas financeiras em decorrência da profissão política, pois já disporia de recursos materiais suficientes.

Max Weber (1864-1920) apresenta um pensamento que integra diversas correntes no seu discurso sobre os aspectos éticos. Weber constata que qualquer ação eticamente orientada pode ajustar-se a duas máximas que diferem entre si: pode orientar-se de acordo com a ética da convicção ou de acordo com a ética da responsabilidade.

Regula-se por normas e valores já estabelecidos que pretenda aplicar na prática, independentemente das circunstâncias ou das consequências daí resultantes. Trata-se, portanto, de uma ética do dever, atendendo que os seus princípios se traduzem em obrigações ou imperativos aos quais se deve obedecer. É uma ética do absoluto, sem dúvidas, formal, na qual os seus princípios se traduzem em imperativos incondicionais. O que define o bem ou o mal mais não é do que a tradução ou concordância de valores ou princípios em práticas adequadas. Ela se refere às ações morais individuais, praticadas independentemente dos resultados a serem alcançados.

Ética da responsabilidade é a moral de grupo, das decisões tomadas pelo governante para o bem-estar geral de caráter teleológico, apresenta um pendor mais utilitarista atendendo que orienta a sua ação a partir da análise das consequências daí resultantes. Esta análise levará em linha de conta o bem que pode ser feito a um número maior de pessoas assim como evitar o maior mal possível. Espera-se, portanto que uma ação se traduza na maior felicidade possível para o maior número de pessoas possível. A ética da responsabilidade pode apresentar também um vertente que difere do utilitarismo e que se prende com a finalidade, ou seja, a bondade dos fins apresenta-se como justificativa para que se tomem as medidas necessárias à sua realização. Trata-se, assim, de uma ética centrada na eficácia de resultados, na análise dos riscos, na eficiência dos meios e procura conciliar uma postura pragmática com o altruísmo. Ao contrário da ética da convicção não é uma ética de certezas, intemporal e formal, é uma ética contextualizada, situacional, que pondera várias possibilidades de ação, apoiada em certezas provisionais, sujeita ao dinamismo dos costumes e do conhecimento. Na ética da responsabilidade, o que valida um ato é o resultado, e não a intenção.

Diante disso, podemos afirmar que a ética da responsabilidade corresponde às decisões tomadas por aqueles que, investidos no poder, tudo fazem para manter a harmonia social.

A raiz da “vocação” está intimamente ligada do tipo de dominação carismática. A este tipo de dominação que Weber se dedica no decorrer do texto. Os homens não obedecem ao líder carismático em virtude da tradição ou da lei, mas porque acreditam nele. Há três qualidades que fazem o político vocacionado:

Paixão: dedicação apaixonada a uma causa. Isso não significa um sentimento movido por uma excitação estéril, mas pela clareza e conduta responsável em torno de ideais e utopias;

Senso de responsabilidade: como guia de ação;

Senso de proporções: capacidade de deixar que as coisas atuem sobre, mantendo-se com uma calma íntima.

Weber

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