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Gestao social e comunicaçao do serviço social

Por:   •  14/11/2018  •  2.330 Palavras (10 Páginas)  •  390 Visualizações

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Para Carvalho (1999, p.19) gestão social refere-se a gestão das ações sociais públicas. A gestão do social é, em realidade, a gestão das demandas e necessidades dos cidadãos. A política social, os programas sociais, os projetos são canais a estas respostas a estas necessidades e demandas.

Colaborando com autor citado acima, é essencial a eficiência e eficácia na gestão pública como condutor de desenvolvimento social que afeta diretamente a sociedade como um todo contribuindo para melhoria dos serviços públicos prestados a sociedade. Entretanto a eficácia e a eficiência são consideradas fundamentais a qualquer organização pública ou privada. Ambas são básicas para o planejamento, contribuindo para alcançar os objetivos e atingi-los da maneira correta.

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PRINCIPIO DA GESTAO SOCIAL: DESCENTRALIZAÇÃO, PARTICIPAÇÃO SOCIAL E INTERSETORIALIDADE.

A Gestão Publica descentralizada consiste em democrática, participativa, possui uma valorização da cultura institucional, preza a transparência, tem s responsabilização dos governos pela formulação, a implementação e gestão de políticas, envolve também a participação das classes subalternas nos processos decisórios obtendo assim a expansão da cidadania, a defesa da equidade e justiça.

A participação promove e desenvolve as próprias qualidades que lhes são necessárias, já que, conforme Pateman (1992, p. 61), “quanto mais os cidadãos participam melhor capacitados eles se tornam para fazê-lo”. Ou seja, a participação dos cidadãos na vida pública torna-lhes aptos para intervir nos processos de discussão e deliberação de seus interesses, sendo, então, uma condição necessária à democratização da gestão pública.

Na participação cidadã, segundo Gohn (idem, p. 57), “a categoria central deixa de ser a comunidade ou o povo e passa a ser a sociedade”. A participação popular direciona a administração pública, amparado na Constituição Federal. O cidadão tem colaborado no processo de elaboração, gestão e avaliação das políticas públicas, que engloba todas as atividades que contam com o envolvimento da sociedade. Podem também participar de consultas públicas para a criação de novas legislações, conferências temáticas que debatem políticas públicas, acompanharem o plano diretor municipal e até mesmo aprimorar os movimentos sociais com a criação ou participação dos conselhos setoriais.

A intersetorialidade consiste na conjugação e compartilhamento de saberes e experiências, que articula pessoas, órgãos, departamentos, organizações haja vista que tais saberes se mostram fragmentados. De outro lado, a ideia de intersetorialidade pressupõe uma ação em rede, compreendida como um arranjo entre

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essas pessoas, órgãos, departamentos e organizações. (CKAGNAZAROFF; MOTA, 2003, p. 38)

É de total importância o trabalho articulado em rede para a efetivação da garantia dos direitos do indivíduo/família, pois há ações de modo integral e intersetorial, promovendo a garantia de acesso ao atendimento digno, de caráter universal, de resolutividade e de qualidade. A intersetorialidade, ou seja, a articulação entre as políticas deve ocorrer de modo não fragmentado evitando assim superposição de ações. São os encaminhamentos conjuntos que vão garantir a necessidade da população em sua integralidade a partir da articulação dos programas e projetos já existentes, assim como a inclusão de novos. Neste aspecto vale ressaltar que a participação da população e da sociedade civil organizada também é importante. Intersetorialidade compreende dois campos: o do conhecimento e o da ação. No sentido do conhecimento temos a articulação com a realidade local e visão do território, que supõe uma produção de informações que fortalecem os encaminhamentos devidos para atender à necessidade daqueles que procuram a assistência social. E no campo da ação temos a intersetorialidade como articulação, o movimento em rede que potencializa resultados.

O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL ENQUANTO GESTOR.

O Assistente Social enquanto gestor possui uma responsabilidade de trabalho que consiste desenvolver capacidade de planejar e organizar construção de propostas que possam sempre representar ganhos. A ação profissional se torna instrumento de grande importância na formulação de propostas de enfrentamento aos desafios postos ao profissional de Serviço Social. Isto porque, a necessidade de uma ação previamente planejada em fundamentos teóricos e práticos, faz-se necessária perante as complexidades apresentadas pelas diversas expressões da questão social, emergentes do conjunto de desigualdades deliberadas pelo capitalismo contemporâneo. Neste sentido, a atual conjuntura que envolve o trabalho do assistente social exige do profissional uma prática propositiva, embasada em estratégias de enfrentamento consistentes, que seja capaz de se opor as desigualdades disseminadas pela materialidade da sociedade capitalista.

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[...] “o fundamento da gestão ou da administração é a noção de racionalidade, isto é, o uso da inteligência, da razão, para encontrar os meios mais adequados com vista à realização de resultados. Estes são definidos como objetivos a alcançar, ao passo que os meios dizem respeito às pessoas, aos modos e aos recursos que garantem a conquista dos objetivos “(NOGUEIRA, 2007:31). Sendo assim, os gestores deverão ser lideranças capazes de atuar na gestão pública como agentes potencializadores na adesão do projeto democrático de sociedade e de gestão que se pretende [...] ‘’o gestor público deve ter competência teórico-metodológica, ético-política e técnico-operacional tanto para analisar os movimentos da economia, da política, da sociedade e de seus grupos e indivíduos” (FILHO, 2013:225).

O desempenho da gestão é fundamental para que o Serviço Social para que se impulsione e amplie o movimento que se organiza em torno da defesa, garantia e universalização de direitos, propondo novas estratégias para o enfrentamento das demandas sociais, no interior do aparato institucional aonde os assistentes sociais são cada vez mais requisitados a transcender funções operacionais para desempenhar papéis de formulação e gestão de políticas e programas sociais.

Assim, tanto na formulação como na gestão é essencial que sejam construídas estratégias de participação e discussão das políticas, dos programas

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