Eleição de 1989 e Brasil neoliberalista
Por: Juliana2017 • 17/2/2018 • 2.377 Palavras (10 Páginas) • 295 Visualizações
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Em 31 de março de 1964, as operações das tropas rebeldes foram iniciadas. Goulart fugiu para o Uruguai em 1 de abril. Apesar das promessas iniciais, a ditadura militar durou 21 anos. Além disso, o novo governo pôs em prática vários atos Institucionais, culminando com o AI-5, de 1968, que vigorou até 1978. A Constituição de 1946 foi substituída pela Constituição de 1967, e, ao mesmo tempo, ocorreram à dissolução do Congresso Brasileiro, a supressão de liberdades individuais e a criação de um código de processo penal militar que permitiu que o Exército brasileiro e a polícia militar do Brasil pudessem prender e encarcerar pessoas consideradas suspeitas, além de impossibilitar qualquer revisão judicial. O novo regime adotou uma diretriz nacionalista, desenvolvimentista e de oposição ao comunismo. A ditadura atingiu o auge de sua popularidade na década de 1970, com o "milagre brasileiro", no mesmo momento em que o regime censurava todos os meios de comunicação, torturava e exilava dissidentes. Na década de 1980, assim como outros regimes militares latino-americanos, a ditadura brasileira entrou em decadência e o governo não conseguia mais estimular a economia e diminuir a inflação crônica, o que deu impulso ao movimento pró-democracia. O governo aprovou uma Lei de Anistia para os crimes políticos cometidos pelo e contra o regime, as restrições às liberdades civis foram relaxadas e, então, eleições presidenciais foram realizadas em 1984, com candidatos civis.
1984 – Diretas já!
Neste período político, houve grande agitação política em prol do movimento Diretas Já, numa ação popular que mobilizou os jovens e pregava as eleições diretas para presidente. Porém, com a derrota da emenda Dante de Oliveira, que instituía as eleições diretas para presidente da República em 1984, Tancredo foi o nome escolhido para representar uma coligação de partidos de oposição reunidos na Aliança Democrática.
Em 1984, Tancredo aceitou o desafio de se candidatar à Presidência da República, com o apoio de Ulysses Guimarães. Em 15 de janeiro de 1985 foi eleito presidente do Brasil pelo voto indireto de um colégio eleitoral, encerrando a ditadura militar no país. Mas adoeceu gravemente, em 14 de março do mesmo ano, véspera da posse, morrendo 39 dias depois, sem ter sido empossado, tendo sido vítima, oficialmente, de diverticulite. E quem assume o cargo é José Sarney, seu vice. Sarney é visto com suspeita pela população, pois faz parte de uma dissidência da Aliança Renovadora Nacional (rebatizada de Partido Democrático Social em 1980), o partido dos militares, que mais tarde formaria o Partido da Frente Liberal (atual Democratas). Isso sem contar que havia dúvidas constitucionais sobre se era Sarney ou o então presidente da Câmara dos Deputados, Ulysses Guimarães, quem deveria assumir o cargo; foi decisivo o apoio do general Leônidas Pires Gonçalves, indicado por Neves como ministro do Exército, para que a posse de Sarney se concretizasse. Entretanto, conforme prometido, o governo Sarney redemocratizou o país e, em 1986, ocorreram eleições para formar a Assembléia Nacional Constituinte, que promulgou uma nova constituição em 5 de outubro de 1988. A Constituição determinava a realização de eleições diretas para presidente no ano seguinte. Durante o governo Sarney, partidos até então clandestinos como o PSB, o PCB e o PCdoB foram legalizados.
Eleição Presidencial Brasileira de 1989
A eleição presidencial brasileira de 1989 foi realizada em 15 de novembro, sendo a 25ª eleição presidencial do Brasil. No total, 22 chapas de candidatos a Presidente e Vice-presidente do Brasil concorreram na eleição. Os principais candidatos foram Fernando Collor de Mello para Presidente e Itamar Franco para Vice-presidente (ambos do PRN - atual PTC) e Luís Inácio Lula da Silva do PT para Presidente e José Paulo Bisol, do PSB, para Vice-presidente.
Assim sendo, as eleições de 1989 foram as primeiras desde 1960 em que os cidadãos brasileiros aptos a votar escolheram seu presidente da república. Por serem relativamente novos, os partidos políticos estavam pouco mobilizados e vinte e duas candidaturas à presidência foram lançadas. Essa quantidade expressiva de candidatos mantém o recorde de eleição presidencial com mais candidatos - número que passaria a 23 caso o ex-presidente Jânio Quadros, cujo nome foi cogitado para a disputa, não abdicasse de sua pré-candidatura em decorrência de seus problemas de saúde. Foi também a primeira eleição na qual uma mulher disputou o posto mais elevado da República – Lívia Maria, do Partido Nacionalista (PN). Como nenhum candidato obteve a maioria absoluta dos votos válidos, isto é, excluídos os brancos e nulos, a eleição foi realizada em dois turnos, conforme a então nova lei previa. O primeiro foi realizado em 15 de novembro de 1989, data que marcava o centésimo aniversário da proclamação da República, e o segundo em 17 de dezembro do mesmo ano. Foram para o segundo turno os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva, da coligação encabeçada pelo Partido dos Trabalhadores, e Fernando Collor de Mello, da coligação encabeçada pelo hoje extinto PRN.
Diversos veículos de imprensa noticiaram forte favorecimento por parte da Rede Globo no debate presidencial do segundo turno a Collor. Com a ajuda das mídias de comunicação, Collor venceu Lula nas urnas e é eleito o Presidente do Brasil.
O Governo de Fernando Collor de Mello
Com 40 anos foi o presidente mais jovem a assumir o governo, foi o precursor do neoliberalismo no Brasil. Seu governo ficou marcado por uma série de escândalos e suspeitas de corrupção. As denúncias ganharam força em abril de 1992, quando seu irmão Pedro Collor, revelou a existência do "esquema PC" de tráfico de influência e irregularidades financeiras, organizado por Paulo César Faria ex-tesoureiro da campanha.
Collor foi afastado temporariamente da presidência no dia 2 de outubro de 1992, por causa da abertura de impeachment na Câmara dos Deputados, renunciando o cargo de presidente em 29 de dezembro de 1992, horas antes de ser condenado pelo Senado por crime de responsabilidade. Collor teve seus direitos políticos cassados, tornando-se inelegível por oito anos. Em seu lugar, assumiu o então vice-presidente, Itamar Franco.
Capitulo 2
O que é o neoliberalismo
O neoliberalismo, na política, é um conjunto de idéias políticas e econômicas capitalistas, defendendo que o estado não deverá participar da economia,
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