Deliamento da Pesquisa Social
Por: Rodrigo.Claudino • 18/10/2017 • 2.094 Palavras (9 Páginas) • 574 Visualizações
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de primeira mão que não receberam qualquer ajuste ou tratamento analítico, tais como documentos oficiais, reportagens de jornal, cartas, contratos, diário, filmes, fotografias, gravações etc. De outro lado, existem documentos de segunda mão, que e alguma maneira já foram analisados, como relatórios de pesquisas, relatórios de empresas, tabelas estatísticas (GIL, 2011, p. 51).
1.5 Pesquisa Experimental:
Geralmente, o experimento simboliza o melhor exemplo de pesquisa científica. Fundamentalmente, o delineamento da pesquisa experimental incide em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que poderiam influenciá-lo, explicar as formas de controle e de observação das implicações que a variável produz no objeto. Segundo GIL (2011, p. 51) o esquema básico da experimentação pode ser assim descrito: Seja Z o fenômeno estudado, que em condições não experimentais se apresenta perante os fatores, A, B, C, e D. A primeira prova consiste em controlar cada um desses fatores, anulando sua influência, para observar o que ocorre com os restantes. Seja o exemplo: A, B e C produzem Z A, B e D não produzem Z B, C e D produzem Z. Com relação aos objetos em curso, entidades físicas, tais como porções de líquidos, bactérias ou ratos, não se identificam expressivas limitações quanto a possibilidade experimentação. No entanto, quando cabe experimentar com objetos sociais, como pessoas, grupos ou instituições, as limitações já ficam evidentes, pois considerações éticas e humanas impossibilitam que a experimentação se concretize eficientemente nas ciências sociais (GIL, 2011, p. 52).
1.6 Pesquisa Genuinamente Experimental:
Para o reconhecimento de um estudo considerado genuinamente experimental, se faz necessário que o mesmo apresente algumas distinções. Primordialmente, é indispensável que os indivíduos que participam do experimento encontrem-se inseridos em dois grupos: o experimental e o de controle. A inserção num ou noutro grupo deverá ser realizada por meio de um procedimento randômico. A finalidade desta casualização é constituir dois grupos com distinções semelhantes. Os indivíduos do grupo experimental serão submetidos a algum tipo de incitação de influência, em outras palavras, a ação da variável independente. Podem ser detectados diferentes tipos de delineamento experimental.
• Pesquisa pré-experimental: Diante de alguns estudos, mesmo designados por seus autores como experimentais, não podem ser considerados como tal. Um desses tipos de estudo refere-se a aquele em que um só grupo é estudado apenas uma vez, em seguida a algum agente ou tratamento presumivelmente capaz de causar algum tipo de transformação. Delineamentos realizados com um só grupo, sem qualquer controle anterior ao experimento e sem nenhum nível de comparação são considerados vulneráveis.
• Pesquisa quase-experimental: Salienta-se que existem pesquisas que mesmo não oferecendo distribuição randomizada dos indivíduos nem dos grupos de controle, são desenvolvidas com bastante rigor metodológico e aproximam-se bastante das pesquisas experimentais, podendo ser consideradas quase-experimentais. Assim, a comparação entre as condições de tratamento e não tratamento pode ser realizada com grupos não equivalentes ou com os mesmos sujeitos antes do tratamento. Porém, perde-se a envergadura de controlar rigorosamente o que acontece a quem. No entanto, é praticável observar o que acontece, quando acontece, a quem acontece, tornando-se possível de alguma maneira analisar as relações causa-efeito.
• Pesquisa ex-post-facto: Em se tratando de pesquisa social, nem sempre se consegue manter o total controle dos estímulos experimentais, pois em algumas situações a distribuição randômica dos participantes da pesquisa e o controle de laboratório são completamente inviáveis. Porém, pode-se, em determinado número de situações, adotar um tipo de delineamento que dispõe de certa similaridade com o experimental: o chamado delineamento ex-post-facto. Pode-se revelar que a pesquisa ex-post-facto é como uma investigação sistemática e empírica, na qual o pesquisador não possui domínio sobre as variáveis independentes, porque já aconteceram suas manifestações ou porque são intrinsicamente não adulteráveis. Nesse caso são procedidas interposições sobre a relação entre variáveis sem observação direta, a partir da variação concomitante entre as variáveis independentes e dependentes. Gil (2011, p. 54) afirma que na pesquisa ex-post-facto a manipulação da variável independente é impossível. Elas chegam ao pesquisador já tendo exercido os seus efeitos. Também não é possível designar aleatoriamente sujeitos e tratamentos a grupos experimentais. A pesquisa ex-post-facto lida com variáveis que, por sua natureza não são manipuláveis, como: sexo, classe, nível intelectual, preconceito, autoritarismo etc. Mesmo diante das limitações da pesquisa ex-post-facto não significa que esta deva ser descartada como científica, já que alguns problemas nas ciências sociais são considerados problemas ex-post-facto e demanda a utilização da pesquisa ex-post-facto, porque são variáveis independentes e não manipuláveis. (GIL, 2011).
• Levantamento de campo: Pesquisas desta natureza se conjecturam pela interrogação direta dos indivíduos, cujo comportamento se quer conhecer. Basicamente realiza-se o pedido de informações a um grupo significativo de indivíduos acerca do problema estudado para, em seguida, de acordo com análise quantitativa, obter as conclusões relacionadas aos dados coletados. Gil (2011, p. 55) considera que quando o levantamento recolhe informações de todos os integrantes do universo pesquisado, tem-se um censo. Pelas dificuldades materiais que envolvem sua realização, os censos só podem ser desenvolvidos pelos governos ou por instituições de amplos recursos. São extremamente úteis, pois proporcionam informações gerais acerca das populações, que são indispensáveis em boa parte das investigações sociais. Em grande parte dos levantamentos todos os integrantes do público-alvo estudado não são pesquisados, tem-se um censo. Preliminarmente escolhe-se mediante procedimentos estatísticos uma amostra significativa de todo o universo, que é concebida como objeto da investigação. As conclusões conseguidas mediante as amostras são projetadas para a totalidade do universo, considerando a margem de erro, que é obtida por meio de cálculos estatísticos.
• Estudo de campo: O estudo de campo demonstra similaridade com os levantamentos, diferenciando-se, porém, sob duas vertentes: primeiramente, os levantamentos buscam ser representativos de um universo preciso e os resultados
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