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Bulling Projeto de Intervenção

Por:   •  15/3/2018  •  2.854 Palavras (12 Páginas)  •  292 Visualizações

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A partir dessa reflexão, considerou-se o número elevado de casos de estudantes que agrediam e que se viam agredidos por colegas no contexto escolar, seja por suas características físicas, psicológicas, por seu pertencimento às diferentes tribos que constituem o mundo jovem atual. Tais comportamentos acabam por gerar o que se nomeia generalizadamente por Indisciplina e delinqüência juvenil, a ponto de embaraçar as certezas dos estudantes, dos professores e da própria equipe gestora no trato com as relações interpessoais produzidas.

Como questão candente, a violência no cenário escolar – explícita ou simbólica – deixa marcas significativas nas pessoas e as vítimas, em geral, minadas em sua resistência passa a se sentir frustrada, fracassada, humilhada, e, nesse sentido, a ação produz outro tipo de fracasso escolar: o abandono à escola – contribuindo negativamente para vitimar o processo pedagógico também.

Dessa maneira, a partir do segundo semestre de 2008, analisados os temas previstos na Proposta Curricular, diagnosticou-se que, em Língua Inglesa, uma das propostas era a focalização do tema organizador Cinema and prejudice. Assim pensando, o grande tema propiciaria aos alunos desenvolverem na prática algumas habilidades ao discutirem sobre estereótipos sociais e preconceitos, com vistas a pode avançar os estudos na reflexão sobre o “fenômeno bullying”.

Com isso, o apoio das mídias e demais manifestações de linguagens, seria um amplo campo de trabalho para que os atores do projeto pudessem realizar um estudo do fenômeno, e, dessa maneira, mobilizar o conhecimento de mundo com relação a estereótipo e preconceito, a partir de várias leituras, seja do filme, do texto, do artigo científico, bem como das observações pessoais de cada um, em seu cotidiano.

Um levantamento dos filmes produzidos que focalizam tais situações foram apontados como sugestões de atividades aos alunos, a saber Shrek (2001), Beauty and the Beast (1991), The Stepford Wives (2004), além de todo o conhecimento prévio que movimenta os saberes dos quais os alunos são portadores.

O primeiro contato com os alunos foi estabelecer uma busca referencial a respeito do tema, tendo-se, como medida inicial compreender o significado real da palavra, originária da Língua Inglesa que, de acordo com Silva (2008), tem por definição:

A palavra bullying é derivada do verbo inglês bully que significa usar a superioridade física para intimidar alguém. Também adota aspecto de adjetivo, referindo-se a “valentão”, “tirano”. Como verbo ou como adjetivo, a terminologia bullying tem sido adotada em vários países como designação para explicar todo tipo de comportamento agressivo, cruel, intencional e repetitivo inerente às relações interpessoais. As vítimas são os indivíduos considerados mais fracos e frágeis dessa relação, transformados em objeto de diversão e prazer por meio de “brincadeiras” maldosas e intimidadoras. (Silva, 2008)

Estabeleceu-se, então, o ponto de partida para deflagrar um estudo aprofundado à candente questão que povoa os ambientes escolares como um todo, dado o ajuntamento de pessoas, sejam elas de que núcleo social seja.

Os alunos tiveram acesso a textos em inglês e em português sobre o tema: pesquisaram, juntaram estudos de casos, partiram para o campo a fim de investigar o fenômeno e suas razões no contexto escolar.

Com câmeras nas mãos e idéias na cabeça, os alunos passaram a registrar depoimentos de professores, funcionários, direção de escola, colegas sobre as formas como o bullying é visto e, de fato, acontece, no meio acadêmico, captando-o por diferentes olhares.

Os estudantes, após todas as pesquisas, produziram cartazes de diferentes formatos, a saber: recorte-colagem, montagem, desenhos em ambientes midiáticos, confeccionaram banners, imprimiram folhetos explicativos para distribuição a todos os alunos, o que ocorreu por meio de apoio cultural de empresas locais, numa verdadeira ação de protagonismo juvenil, fator preponderante para uma escola de jovem, dentre tantos outros benefícios que trazem afastar a perversidade de atitudes que fragilizam e distratam, a ponto de negar, direitos básicos do cidadão.

Nas aulas dos demais componentes curriculares, a temática foi utilizada também de modo ativo, por meio de estudos de textos, artigos de opinião, sempre com o objetivo de produzir novos textos e novos estudos, a partir das reações e sensações dos alunos em prática refletida.

Como etapa de socialização, todas as classes da unidade escolar puderam assistir aos vídeos produzidos, debater com os atores do processo as questões que o fenômeno produz o que, efetivamente, proporcionou momentos importantes para a reflexão dos alunos da unidade escolar sobre o que é, de fato, direito de ir e vir nesse mundo, o que aponta para o artigo 6º da Declaração Universal dos Direitos Humanos: “Todo homem tem direito a ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei”.

O que, de imediato, se avalia é que os impactos provocaram inquietações nos alunos sobre o que nem sempre é considerada “zoeira” ou simples brincadeira entre crianças, adolescentes e jovens e podem, conseqüentemente, produzir perdas e danos irreparáveis em relação ao outro.

V. EMBASAMENTO TEÓRICO QUE ORIENTOU O TRABALHO

O documento básico que norteou o trabalho foi a Proposta Curricular paulista (São Paulo, 2008), da disciplina de Língua Estrangeira Moderna – Inglês, para o terceiro bimestre letivo de 2008.

Artigos e textos diversos também foram considerados, a saber o estudo de VEIGA (2004), que focaliza um resultado de pesquisa que comprova que apelidos, provocações e outras formas de violência verbal e física entre crianças deixam marcas profundas.

Um artigo de FARIA (2006) foi mote para as discussões dos alunos, em que o autor coloca o problema do bullying como questão: inocência ou delinqüência?, situação em que provoca o leitor a refletir sobre casos semelhantes acontecidos no país e no exterior e que toma, também, a Internet como o grande ambiente de migração para as provocações que se dão entre adolescentes, nos sites de relacionamento, a saber o Orkut e o MSN.

Alguns fragmentos de filmes sugeridos na proposta também foram utilizados como referência e fator de mobilização dos saberes, no sentido de aguçar o olhar do aluno sobre a arte, bem como, pela estética da recepção, gerar nele sensações e sentimentos que levassem à reflexão. Os filmes utilizados na etapa de sensibilização, como estimuladores foram: Dead

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