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Projeto Bulling

Por:   •  13/4/2018  •  2.247 Palavras (9 Páginas)  •  361 Visualizações

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gangues de bairro. O fenômeno, típico das escolas americanas, se tornou uma realidade no Brasil a partir da década de 90 no ensino privado. A prática, considerada por muitos diretores de escola como “briguinha de criança” expõe a crueldade precoce dos menores e a omissão dos dirigentes da instituição, professores e pais no trato com o problema. A escola finge não ver para preservar a imagem dos alunos, das famílias ou o nome do colégio. A falta de informação colabora com a perpetu ação das “pequenas” crueldades. Normalmente, os pais são os últimos, a saber, que o filho está sendo agredido na escola, local onde ele deveria estar seguro.

Muitas escolas particulares abafam os casos por medo de perder clientes. Outro aspecto preocupante é que muitas instituições de classe, ao sugerir apoio psicológico, tentam reforçar a tese de que crianças agredidas podem ter uma propensão a isso – como se o problema estivesse na vítima e não na instituição. É um mecanismo sutil de os colégios se distanciarem do problema. “As escolas tendem transferir a culpa para a família e vice-versa. Não adianta os pais colocarem a culpa nas más companhias e o colégio dizer que é o aluno que não sabe se defender e que a culpa é dos pais”, pondera a psicopedagoga Maria Irene.

Mesmo que a prática seja coibida nas escolas, os danos podem ser irreversíveis à criança. “O trauma permanece e gera uma baixa autoestima no menor, que leva cerca de três anos para se recuperar. Algumas nem se recuperam”, alerta Maria Irene. Entre as consequências do pós-bullying, estão danos à capacidade de aprendizado, que pode se tornar superficial, dificuldades de concentração nas tarefas escolares – a criança pode ficar preocupada com a abordagem de agressores a qualquer momento – e um permanente complexo de perseguição, que pode se expandir para todas as áreas da sua vida. A omissão das escolas na solução dos problemas torna os casos cada vez mais graves. E, quando eles explodem, são erupções vulcânicas que causam um efeito perturbador em toda a instituição. Abalam as famílias das vítimas e também

dos agressores. Com as novas tecnologias, outra modalidade de bullying está se popularizando. Os agressores mandam torpedos e e-mails ofensivos para a vítima, fazem trotes, colocam vídeos no YouTube com imagens dela sendo espancada na escola e lançam calúnias no Orkut e em blogs. Como não é fácil serem identificados, os agressores se sentem livres para praticar a crueldade online. Em novembro do ano passado, o YouTube ganhou o Beatbullying, um canal de combate à prática. A página tem vídeos de celebridades, jovens e escolas que falam sobre o assunto. Nos Estados Unidos, um projeto de lei da Califórnia prevê a expulsão dos alunos que praticarem o cyberbullying contra os colegas. Assim como o bullying tradicional, o cyber também deve ser denunciado às autoridades nas delegacias tradicionais ou nas especializadas em crimes eletrônicos. Com autorização judicial, os agressores podem ser identificados. É preciso dar um basta para que os agressores juvenis de hoje não se tornem os criminosos de amanhã.

FONTE: RABELO, Carina. Bulliyng, um crime nas escolas. Isto é independente, n. 2026. set 2008.

Disponível em:

http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2026/imprime100431.htm. Acesso em: 20 ago set 2016.

ETAPA 4:

As questões abaixo devem ser respondidas por escrito no caderno:

- Explique, com suas palavras, o que é bullying.

- De acordo com o texto, o que a prática do bullying traz como consequência para as vítimas?

- Por que as escolas fingem não ver a prática do bullying? E no caso das escolas particulares?

- Releia a frase abaixo:

- "Mesmo que a prática seja coibida nas escolas, os danos podem ser irreversíveis à criança."

- Substitua o termo grifado por outro, sem alterar o sentido da frase. Se precisar, consulte um dicionário.

- Explique, com suas palavras, o que é cyberbullying.

- Como é o combate ao cyberbullying na Califórnia?

- Explique o que é e como funciona o Beatbullying.

- No último parágrafo, a autora defende sua opinião sobre o tema. Transcreva esse trecho.

- Segundo o texto, como o bullying e o cyberbullying devem ser combatidos?

ETAPA 5:

Leia o texto abaixo:

Brincadeira sem graça

Apelidos e implicâncias entre colegas fazem parte da vida escolar. O que preocupa os especialistas é quando esse tipo de atitude descamba para a agressão física e moral, com um bode expiatório definido e por longo período. A essa prática dá-se o nome de bullying, palavra importada do inglês que designa um fenômeno bastante presente em escolas dos Estados Unidos. No Brasil, a pesquisa mais recente sobre o assunto foi feita pela Abrapia – associação voltada para estudos sobre a infância e a adolescência – em escolas do Rio de Janeiro. O trabalho concluiu que 40% dos entrevistados praticam ou sofrem bullying no ambiente escolar. Entre os colégios ouvidos por VEJA, alguns já têm programas para enfrentar o problema. No Neo Planos, do Recife, os professores recebem treinamento para lidar com casos de bullying. No Colégio Porto Seguro, em São Paulo, pais e alunos participam de palestras informativas sobre o tema.

A especialista Cleo Fante, autora do livro Fenômeno Bullying, formulou um manual que reúne os sinais observados com maior frequência nas vítimas desse tipo de prática. Eis alguns:

- O estudante prefere ficar trancado no quarto a sair com os amigos.

- Ele raramente é convidado para uma festa da escola.

- Seu desempenho escolar apresenta piora.

- Pede aos pais que troquem de escola sem uma razão convincente.

- Antes de ir ao colégio, sua muito e tem dores de barriga ou de cabeça.

- Ele manifesta o desejo de mudar algo em sua aparência.

O cyberbullying

Esse

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