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AUTOCONSTRUÇÃO OU DESCONSTRUÇÃO? A TRANSFORMAÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS NO CENÁRIO CONTEMPORÂNEO DA CLASSE PROLETARIA

Por:   •  14/5/2018  •  2.379 Palavras (10 Páginas)  •  309 Visualizações

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É, portanto, através do trabalho que o homem se transforma, se (re) conhece como sujeito e se constroem como seres diferentes da natureza, surgindo assim às reproduções sociais, onde se relacionam entre os complexos sociais e o trabalho.

Com o passar dos anos o sentido do trabalho foi modificando-se e criando novas relações e divisões sociais do trabalho, na correlação homem x trabalho, na exploração do homem pelo homem e a alienação do trabalho surge nesta contradição entre as classes na sociedade capitalista que reproduz a desumanidade de alienação pelo próprio homem, explorando o homem na produção de valor de uso e de troca de mercadorias, nesta perspectiva, vários teóricos surgem explicando esse processo estudando o capitalismo e a sua relação trabalho e exploração dentre eles citaremos Marx.

- O TRABALHO E SUA RELAÇÃO COM O MODO DE PRODUÇÃO NA TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE CAPITALISTA.

Trataremos nesta segunda parte a vida em Sociedade e seus mais diversos modos de produção, para melhor entendimento de como as sociedades se gestavam e se organizavam socioeconomicamente, dentro destes processos façamos uma breve explanação dos modos de produções existentes.

Temos o modo de produção primitivo onde sua principal atividade produtiva era a coleta do que a natureza oferecia, ou seja, o trabalho ontológico onde o homem transforma a natureza e transforma a si mesmo, diferindo-se dos demais animais pela sua capacidade de raciocinar, onde o trabalho teleológico era sua principal ferramenta a partir das observações feitas na natureza e da necessidade que o acompanhava deste a sua criação, seja necessidade básica da linguagem, de se relacionar como o outro e com a própria natureza. Viviam em pequenos bandos eram nômades , caçavam, pescavam e tudo que era produzido era dividido em comum, neste modelo primitivo de produção, a pobreza existia por conta da escassez das coisas como a matéria prima, o fogo, a água não havendo aqui a desigualdade de classe, pois tudo era socializado para o bem comum de sobrevivência, no entanto o homem percebe a mulher como procriadora. Construído seu habitar, e a mulher no seio do lar para a reprodução, o homem tem seu próprio exército de trabalhadores, quanto mais mão de obra, mais poderia produzir e desbravar novas terras transformando assim a sua produção em excedente econômico.

Com os avanços e as conquistas o homem, evolui e com ele também a sociedade, temos um novo tempo moldado agora sob o modelo de sistema escravocrata, onde as classes dividiam-se entre dominantes e dominados, nobres e escravos, ou seja, o homem escravizando o próprio homem. Para se fortalecerem economicamente os senhores aumentavam a força escrava que possuíam, e com este aumento da força escrava surgia à necessidade de criar mecanismos de repressão especiais para que pudessem se proteger de possíveis revoltas por parte dos escravos.

A partir da criação desses mecanismos de repressão contra prováveis revoltosos para estabelecer a manutenção da ordem, tais estratégias acabaram se tornando muito obsoletas para os senhores, pois começaram a perder lucro a ponto de não poderem mais mantê-los, com a falta de recursos, aos poucos estas ferramentas deixavam de ser de interesse para os senhores levando o novo sistema a entrar em crise que se prolongou por séculos, ocasionando a falência por motivos financeiros desse modo de produção.

Durante cerca de III séculos o modo de produção feudal foi o sistema onde de fato houve a divisão de classes, caracterizou-se pela produção auto-suficiente nos feudos tendo como base o trabalho dos servos onde o senhor feudal era responsável pelos trabalhadores que agiam sob um regime de servidão, eram obrigados a permanecerem nas terras, não podendo abandoná-las, neste modo de produção eles não eram considerados escravos, pois recebiam proteção de seus senhores.

Era uma sociedade formada por estamentos básicos, e a condição social era irreversível os indivíduos que nasciam servos morriam servos, valendo também para as famílias dos senhores feudais. Marcado pela organização social e política e caracterizado pela economia de consumo e troca. Surgem com final do feudalismo os Burgos que eram camponeses advindos dos campos que se instalavam nas cidades antes detinham algum poder aquisitivo e com as migrações vinham buscar novos meios de subsistência nas áreas urbanas, foram os pioneiros no comércio, revolucionaram a economia extinguindo o modo de produção feudal, abrindo o comércio mundial tornaram-se a Burguesia , neste contexto da sociedade houve o surgimento das duas classes fundantes da sociedade burguesa “ O proletariado e a Burguesia”, “explorados e exploradores”.

Por burguesia compreende-se a classe dos capitalistas modernos proprietários dos meios de produção social, que empregam o trabalho assalariado. Por proletários compreende-se a classe dos trabalhadores assalariados modernos, que privados dos meios de produção próprios, se vêem obrigados a vender sua força de trabalho para poder existir. (MARX e ENGELS, 1998,p4)

A nova Classe vence a Aristocracia e implanta o modo de produção Capitalista que perpassa por momentos históricos distintos, dos quais podem ser citados: Pré-Capitalista[5], Capitalismo Concorrencial[6], Capitalismo Industrial[7], Capitalismo Monopolista[8] e Financeiro[9]. O capitalismo caracterizado pela necessidade de acumulação de capital crescente produz efeitos sobre a classe trabalhadora, a partir de uma produção em larga escala e da valorização do capital a riqueza é apropriada por uma pequena parcela da população com isto cresce exacerbadamente a fome, miséria e o desemprego. No modo de produção capitalista - MPC diferentemente de todos acima citados vai ocorrer uma subsunção real e formal ao capital, ou seja, o trabalhador vai precisar vender sua força de trabalho para os grandes capitalistas, pois o único produto para trocar por dinheiro é a sua força de trabalho, obtendo assim uma relação de exploração entre capital e trabalho. No capitalismo estes conjuntos de mazelas da sociedade eram socialmente produzidos, pois o mesmo só visa lucro e prioritariamente o acumulo de riqueza.

Marx em sua teoria social critica dialética faz uma critica radical a ordem burguesa, com a luta de classes desenvolve sua pesquisa entre 1843 a 1858, com uma analise concreta da sociedade moderna, que surge nas ruínas do feudalismo estabelecido na Europa.

Com o modo de produção capitalista desenvolve a teoria da ordem burguesa, reproduzindo o plano do seu movimento. Com a Lei geral de acumulação do capitalismo explica a produção de riquezas

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