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A visão da sociedade sobre o crack

Por:   •  2/8/2018  •  2.809 Palavras (12 Páginas)  •  290 Visualizações

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e físicos.

O crack é uma droga que tem sua base química a partir da mistura de cocaína (uma droga altamente viciante) + bicabornato de sódio + amônia, possui uma forma sólida o que a permite ser apenas fumada, com a ajuda de cigarros de papel ou cachimbos, após a primeira tragada essa droga leva cerca de 12 segundos para chegar ao cérebro causando seus efeitos de euforia, alegria e confiança, mas passados cerca de 5 a 7 minutos, quando seu efeito acaba, o usuário mergulha em um terrível quadro de depressão, o que o faz pensar que está na hora de buscar outra pedra para suprir aquele vazio.

O uso e abuso de substâncias transformou-se em um grave problema de saúde pública em praticamente todos os países do mundo. Está altamente associado com comportamentos violentos e criminais, como acidentes de trânsito e violência familiar, principalmente entre indivíduos com histórico de agressividade e com complicações médicas e psiquiátricas, elevando drasticamente os índices de morbidade e mortalidade (Chalub & Telles, 2006; Kolling, Silva, Carvalho, Cunha & Kristensen, 2007; Nassif, 2004).

3.1 A VISÃO DA SOCIEDADE SOBRE O CRACK.

O uso de drogas cresce cada dia mais no Brasil. Uma situação que hoje está praticamente fora de controle, e que assusta a sociedade por seu poder destrutivo dentro das famílias, ninguém quer ter em casa um usuário, pois sabe das barbáries que ele é capaz de fazer para ter acesso à droga, e ela não está restrita apenas as grandes metrópoles, o crack representa um grave problema social e necessita de grande empenho por parte dos nossos governantes e nossa sociedade, que deve investir em profissionais qualificados para acompanhar as famílias que possuem usuários dando apoio e ensinando-as a lidar com essa situação, já que é a minoria que tem interesse em ajudar. A população muitas vezes tenta tapar os olhos, ignorando essa realidade ou não querendo se envolver por saber que esse mundo das drogas é cruel e violento. A presença do crack no Brasil deu início na década de 90, estudos sobre esse assunto são recentes e muito escassos. Por ser uma droga de fácil acesso e preço baixo, já que não depende de mão-de-obra qualificada para seu preparo, causa aos usuários, de forma progressiva, a dependência e danos físicos, atingindo todas as classes sociais, principalmente indivíduos em situações mais vulneráveis como os de rua, crianças e adolescentes, mas essa situação está sendo deixada para trás, hoje existem jovens e adultos de classe média-alta envolvidos com drogas ilícitas, inclusive com o crack.

O crack não deve ser encarado como um problema dos outros apenas, pois temos familiares e amigos e ninguém está totalmente imune a esse problema, qualquer pessoa em um momento de fraqueza pode ser seduzido pela falsa ilusão de esquecer os problemas profissionais ou familiares e ficar relaxado e feliz, mal sabendo que acabou de encontrar mais problemas e dificuldades.

O assunto das drogas lícitas (álcool, cigarros, etc) e ilícitas (drogas em geral) deve ser tratado de maneira especial dentro da escola e desde que os estudantes são pré-adolescentes, para que eles possam aprender cedo o quanto essas drogas fazem mal, levando até a morte como seu último estágio, causando a destruição de famílias, devido a seus efeitos sociais agressivos.

3.1.1 TOXICODEPENDÊNCIA OU DROGADIÇÃO.

O uso do crack, nem de demais drogas ilícitas devem ser vistos como caso de polícia. A toxicodependência é a dependência de um ser humano sobre alguma substância química, o usuário não é visto como traficante, para ser caso de polícia, ele é caso de Gestão Pública, Política e Social.

Vê-se diariamente nas redes sociais ou nos noticiários, matérias sobre conflitos armados entre traficantes e policiais, em especial nas grandes favelas dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, inclusive neste último estado tem uma praça que se tornou ponto dos usuários de crack, chamada de Cracolândia, um lugar miserável, que ninguém queria ir por medo de assaltos e também por desinteresse social por parte de nossos líderes políticos, somente os usuários da pedra frequentavam aquele local e até moravam lá, mas com o aumento populacional da cidade os interesses mudaram, o centro histórico de São Paulo passou a ser visto como um local de investimentos imobiliários, só que este local é onde os usuários fazem uso do crack, a luz do dia, sem medo de repreensões, muitas vezes esperando uma maior sensibilidade de nossos governantes para liberar recursos que possam ser usados na construção de clínicas especializadas na recuperação destes, porém nossos governantes queriam eram colocar eles para correr de lá e tentar ganhar dinheiro com novos imóveis construídos naquela região, como condôminos, dentre outros residenciais e empresariais e nada de auxílio para eles.

Muitos perderam tudo na vida, gostariam de recuperar, mas lhe falta a oportunidade, pois esse vício é uma doença e deve ser tratada como tal, com especialistas e medicação, acompanhamentos nos momentos de crise devido a abstinência da droga, o que deixa a pessoa agressiva e difícil de conviver, não querer apenas dispersá-los, pois eles apenas mudariam de endereço, e achariam um outro local para perambularem e sofrerem os efeitos de um vício maltratado em suas vidas.

Quando o usuário é abandonado pela família, por desistir de ajuda-lo (isso realmente acontece), os familiares acham que já fizeram de tudo, e nada resolveu, a situação só piora, nesse ponto a revolta toma conta, as drogas e às ruas parecem ser o único caminho a seguir, essas substâncias químicas causam além da dependência do usuário, dor e sofrimento em sua família, porque parece que nada que eles façam ajuda e chega a um ponto que não pode mais ser suportado e alguma atitude radical deve ser tomada para ajudar seu familiar.

É difícil para uma família lidar com essa situação, mas não impossível, muitos dos que estão na Cracolândia foram abandonados por suas famílias, mas não pense que são só eles que sofrem, quantas vezes os familiares relembraram momentos em família, antes das drogas. Acho que passar a mão na cabeça, aguentar tudo e dizer que está tudo bem e que vai ficar tudo bem, não é o certo, mas a partir do momento em que percebo algo diferente com um amigo ou familiar, devo conversar com ele e oferecer ajuda, o que muitos não aceitam de imediato por acharem que tem a situação sob controle e que isso vai passar, até o dia em que se vem roubando ou vendendo suas próprias vestimentas para sustentar seu vício.

Mas o crack não está infiltrado somente nas favela do Rio

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