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A Questão Social

Por:   •  12/7/2018  •  4.189 Palavras (17 Páginas)  •  258 Visualizações

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Diante dos fatos econômicos durante essa década, devemos ressaltar dois, que foram os mais importantes: os saques em estabelecimentos e as invasões em terras urbanas.

Em 1988 a Constituição Brasileira insere alguns tópicos que favorecem ainda mais a seguridade social, com objetivos de melhoria para a saúde, previdência e assistência social a população.

Vale ressaltar que mesmo hoje, dois séculos depois de tamanhas brigas e conquistas feitas pela sociedade desde em que o Brasil ainda era uma colônia, o país passa por mais uma crise, e se levarmos em consideração, vivemos hoje o que os proletários viveram na década de 20. Vemos que ainda hoje existe a burguesia e o proletariado, a escassez do mercado de trabalho, a fome, a miséria, a desigualdade ainda sim, após séculos, permanece, quem tem muito quer mais, e quem não tem nada, não tem oportunidade de progredir. O que nos remete a reviver os momentos em que o Brasil vivia anterior a nossa Primeira República.

Introdução:

Neste trabalho abordaremos a Questão social nas décadas de 1920, 1930 e 1980, porém, primeiramente, é necessário entender a Questão Social como o conjunto das demonstrações que definem as desigualdades da sociedade. As três décadas tratadas foram marcadas pela desigualdade social, a heterogeneidade era gritante, de um lado havia o proletariado explorado, e de outro a burguesia luxuosa.

Não poderíamos deixar de falar nesse trabalho das lutas operarias que resultaram nas leis que temos hoje, cada década teve uma conquista importante para os trabalhadores que aos poucos iam deixando a condição de explorados. Todas as leis trabalhistas que protegem os trabalhadores de hoje são “filhas” de uma luta operária incessante, que aos poucos ia ganhando credibilidade e voz em um País que protegia apenas interesses burgueses.

Discutiremos sempre envolvendo o âmbito do serviço social aos problemas sociais gerados pela questão social de cada época. Pois, é impossível desassociar uma da outra, já que o Serviço social nasce para conter os problemas causados pelo sistema capitalista.

É impossível discutir a questão social nessas três décadas, sem lembrar do trabalho feito pelas Assistentes Sociais (ou damas de caridade, como eram chamadas na época). É evidente que todo aquele contexto de trabalho gerou problemas que iam além do âmbito industrial, afetavam os operários e também sua família, a condição de precariedade ecoava não só nas condições de trabalho das fábricas, mas em toda a cidade. Não havia infraestrutura, saúde e educação de qualidade, o caos social em que o Brasil se encontrava era assustador.

Contra todos esses problemas a maior arma existente, na época além das reinvindicações era o trabalho assistencialista, que a princípio era realizado pela igreja. Aos pobres eram levados doações e conselhos, numa forma de contê-los e os ajudar a sobreviver em um Brasil que exalava desigualdade.

Portanto, neste trabalho será discutida a questão social das décadas de 20,30 e 80 ressaltando os principais acontecimentos envolvidos no contexto social, como por exemplo: A Primeira República e seus reflexos na questão social da década de 20, a Era Vargas, o cenário Social na década de 30, e os efeitos sociais da crise econômica da década de 80.

Metodologia:

O trabalho realizado pode ser classificado como revisão bibliográfica. A metodologia utilizou-se de artigos publicados em revistas especificas na área, dissertações e livros.

Com base nos manuscritos utilizados foi feita uma abordagem quanto à questão social nas décadas de 20, 30 e 80 e suas principais diferenças a respeito da desigualdade social. Dessa forma, os assuntos referidos pode dar uma visão dos acontecimentos que ocorreram e através do método de revisão pode-se ter uma maior abordagem do assunto tratado por diversos autores.

Questão social, uma definição básica de sua história e conceito:

A questão social nasce na Europa, no século XIX, com um cenário marcado pela industrialização e urbanização, com o objetivo de exigir uma nova organização politica, que olhasse para o proletariado. Assim, pode-se definir, basicamente, questão social como o conjunto das demonstrações que definem as desigualdades da sociedade.

Questão social na primeira República.

A questão social no Brasil nasce junto a Primeira República, a sociedade recém liberta da escravidão, passa a ser livre para vender sua força de trabalho. Assim, inicia-se um processo de formação de um mercado de trabalho inspirado no capitalismo.

A desigualdade era nítida, a Primeira República ainda guardava muitos traços do governo Imperialista, os operários viviam em condições lamentáveis, trabalhavam muito e recebiam pouco, não havia infraestrutura nas cidades, e as doenças se alastravam. De forma geral, pode-se dizer que a sociedade exalava heterogeneidade, se de um lado, a classe operária vivia em condições paupérrimas, de outro, a burguesia esbanjava luxo e soberba.

No meio de tanta exploração nascia na classe subalterna à indignação, fazendo com que os movimentos sindicais e greves começassem a aparecer deixando a burguesia ameaçada. A partir daí releva-se um momento em que a desigualdade social deixa de ser considerada uma questão de ser “a vontade de Deus” para tornar-se uma divisão clara entre burguesia e proletariado.

As diversas classes e frações das classes dominantes, o Estado e a Igreja são obrigados a posicionar-se em torno da “questão social”, que agora não aparecia apenas como uma contradição entre pobres e ricos, mas, entre burguesia e proletariado. A primeira mudança significativa no âmbito social ocorre em 1919 quando o custeio dos acidentes de trabalho seria, agora, responsabilidade das indústrias, e neste mesmo ano o Brasil participa oficialmente da Organização Internacional do Trabalho.

Em 1925 é criado o Conselho Nacional do Trabalho e em 1926 é parcialmente rompido à ortodoxia liberal da primeira Constituição republicana através de uma emenda em que a legislação do trabalho passa a alçada do Congresso Nacional, estabelecendo-se assim, o primeiro passo para a intervenção do Estado na regulamentação do mercado de trabalho. Mais tarde algumas leis de “proteção ao trabalho” são aprovadas, como a lei de férias e o seguro doença, mas, são mal aplicadas.

O Estado ainda se nega a reconhecer a existência da “questão social”, e os movimentos

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