A PRODUÇÃO CAPITALISTA É PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS DE PRODUÇÃO
Por: Salezio.Francisco • 20/2/2018 • 5.737 Palavras (23 Páginas) • 316 Visualizações
...
A condição história para o início do K é a existência no mercado da FT como mercadoria. A FT pertence ao kst que a comprou e que a emprega produtivamente durante um certo período de tempo, esse pertencimento ocorre do mesmo modo que os MP lhe pertencem. O kst, portanto, controla o seu trabalho, através de direcionamentos e vigilância, por motivos óbvios de maior exploração possível do trabalho e também para evitar disperdícios, o que significaria menos lucro.
O trabalho e o seu produto são propriedades do capitalista que o compra, o processo de trabalho fica, portanto, com uma sensação de ser entre coisas compradas por aquele que detém os MP, relações de coisas que são dessa pessoa. Isso significa dizer que uma vez consumida, a força de trabalho não pertence mais ao próprio indivíduo, mas ao capitalista que a comprou temporariamente mediante um contrato de trabalho. (TCC PARA EXPLICAR REIFICAÇÃO - RELAÇÃO ENTRE COISAS PAG. 47)
Essa mercadoria tem seu valor de uso como fonte de valor superior ao seu preço se ela criar um objeto, portanto, o seu valor na circulação é distinto da imensidão que se pode ser criado na esfera da produção, já que ela gera um aumento de valor: a mais-valia. Sendo de interesse do capitalista sempre procurar por uma maneira de aumentar o seu lucro e o mais valor, através do tempo socialmente necessário, seja aumentando a jornada de trabalho, ou aumentando a forma de produtividade, para obter o maior trabalho possível, pois toda intensificação significa mais valor. Os valores apenas se conservam a partir da absorção do trabalho vivo, que é o meio de valorização de todo capital.
No MDC, o processo de trabalho é um meio de processo de valorização do capital, tendo em vista que o objetivo real da produção não é a satisfação das necessidades sociais, mas sim a produção de mais-valia, que se caracteriza por ser a valorização do próprio K. Levando em consideração que o K se expressa através de mercadorias, elas devem ser vendidas e então transformadas em dinheiro para que o valor circule e reinicie o ciclo produtivo. O Kst com isso pode transformar o valor gasto inicialmentw e a mais-valia adquirida em novas condições de produção.
3. AS RELAÇÕES SOCIAIS MISTIFICADAS E O CICLO DO K:
O ponto de partida do MDC é a separação da FT e dos MP, esses monopolizados pela classe Kst, o trabalhador não é mais fonte pessoal da própria produção e riqueza, agora realiza riqueza para os outros. Não há outra saída para o trabalhador a não ser vender parte de si, a sua FT, pois isso é sua condição de sobrevivência e de sua família, já que seus meios de vida estão monopolizados pelos ksts. O trabalhador, em troca de salário, entrega o valor de uso de sua FT, cria um novo valor materializado em M, que também são pertencentes do kst e vendidas por ele no mercado.
"A continuidade do processo de produção capitalista é um processo de produção e reprodução de classes sociais" (IAMAMOTO & Raul de CARVALHO, 2012, p. 54) , já que ao ser trabalhador e produzir para terceiros usufruirem de seu trabalho, através de meios de produção dos mesmos, vai sempre ocorrer uma reafirmação dos papéis na sociedade. USADO TCC
O que é vendido não é o T, mas a FT, e na medida em que o T começa a ser colocado em ação, já deixa de pertencer ao trabalhador e não se pode vender o que não pertence a si. A FT em realização é um processo de valorização e de criação de novo valor e o seu rendimento depende da sua duração. O trabalhador, portanto, não produz apenas para subsistência, mas também um valor excedente.
O kst que detém a FT através de sua compra, prolonga o tempo de trabalho que seria necessário para apenas produzir seu próprio preço equivalente ao seu salário, para obter o trabalho excedente, pois sem ele, não existiria o mais valor, o seu objetivo real. A forma salário encobre o que é trabalho necessário e excedente, aparecendo como se fosse tudo pago. A classe trabalhadora é paga com o produto de seu próprio trabalho. Com isso, o kst possui vantagens não apenas daquilo que extrai da classe tra, como também do que não entrega a ela sob o salário.
" A renovação constante desta relação de compra e venda não faz mais que mediar a continuidade da relação específica de dependência e lhe confere a aparência falaciosa de uma transação, de um contrato de possuidores de mercadoria, dotados de iguais direitos e que se contrapõem de maneira igualmente livres." (pag. 57)
O que o kst devolve ao tr como salário, é usado na compra dos seus meios de vida e o seu consumo individual de mercadorias, reproduz o próprio tr como tr assalariado. Isso é possível de ocorrer devido alguns fatores como a troca de patrões, a troca de companheiros de trabalho, pelo preço da FT, etc, e o próprio processo cria aparências para que não ocorram revoltas que afetariam o processo produtivo.
O que da o caráter de capital é o fato de que as condições e os MP, juntamente com seu meio de subsistência, estejam alienados ao tr, que exerce seu t como não proprietário e as condições do mesmo aparecem como uma força estranha e personificada pelos detentores.
TCC PAREI AQUI , USAR ISSO MAIS PRA FRENTE:
Uma vez que o t criador de riqueza pertence ao k e a única coisa pertencente ao tr é o seu esforço individual, o desenvolvimento tanto das FP quanto das condições de trabalho aparecem como fruto do k e não do t. Essa é a forma alienada necessária ao ksm, é representada na consciência e no ideário dos homens e trabalhadores como se a riqueza viesse do k e não fruto do trabalho dessa outra classe. Isso significa dizer que o que, na realidade, é produto do trabalho, aparente para os homens como produto do capital, e é esse exatamente o processo de mistificação do k (sobre mistificação do k. Marx. El k. Libro I. Capitulo VI, op.cit., p.93-101. Em que o tr não produz apenas mercadorias, como também o próprio k(TCC PAGINA 61, PARA EXPLICAR ALIENAÇÃO NA SOCIEDADE KST)
A alienação do trabalhador não é expressada apenas na sua relação com os produtos do t, mas também no ato da produção, no momento do t. Esse mesmo que aparece como algo externo ao tr, que não "dignifica o homem", não o afirma, mas causa angústia, negação. O trabalho, que era pra ser um ato de liberdade, nessa sociedade causa o extremo oposto, só se sente liberto quando deixa de trabalhar. (TCC , PEGAR CITAÇÃO PAG 62 MARX *47)
Nesse sistema há uma sensação de transposição de que as relações sociais são convertidas
...