Resenha do Livro Educação, Convivência e Ética Audácia e Esperança
Por: Sara • 26/6/2018 • 1.686 Palavras (7 Páginas) • 1.435 Visualizações
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Nos capítulos oito e nove se foca muito na relação família e escola para que se alcance uma boa formação para o indivíduo. No primeiro, o ponto central refletido consiste em formar indivíduos autônomos, os quais possam perceber que sempre que agem estão de alguma forma atingindo o coletivo, portanto, preciso compreender que nem tudo que quero posso, pois não sou uma pessoa isolada e sim, alguém que vive em uma comunidade. Ao trazer este assunto para o âmbito educacional, o autor de forma excepcional, consegue ilustrar o que nós, professores, presenciamos em diversos momentos de nossa vida profissional, ele descreve alunos violentos, os quais pensam que são autônomos, entretanto, são autoritários e acabam desorganizando um espaço coletivo. Neste momento, é importante que a escola se una a família para intervenções na vida deste sujeito, entretanto, é necessário que ambas as partes não se culpem ou culpem as outras para que dê certo.
Já o segundo ponto envolvendo família e escola, tratado no nono capítulo, está relacionado em como mostrar a essa criança que tudo na vida é adquirida por esforço, e por mais que os pais queriam, o esforço deles, muitas vezes, não será o bastante para que seus filhos aprendam isso. Portanto, é preciso que se construa esse valor do esforço e da dedicação com nossas crianças, e quando o autor fala disso, está se referindo a pequenos atos no nosso cotidiano como: merecer ganhar algo, valorizar o que ganhou e principalmente, cuidar do que lhe foi dado, pois, infelizmente, o que vemos hoje são crianças, adolescentes e até adultos que não atribuem o que tem com o valor devido. Por isso, para que se construa esses dois valores nas nossas crianças, faz-se necessário mostrá-las o quanto é difícil, e como todos que possuem algo, têm por merecimento, ou seja, esforço e dedicação.
O décimo capítulo vem discutindo um problema recorrente nas escolas: o descaso com os problemas enfrentados em sala de aula pelos colegas, ou seja, quando tenho um aluno com dificuldades, ou se tenho um aluno incluso o qual necessita de adaptações, propostas diferenciadas, ou até mesmo quando minhas aulas não estão atingindo os meus alunos, e preciso de ajuda para solucionar essas questões não posso contar corpo docente para expor ideias e opiniões que auxiliem, ou com a equipe pedagógica e com a família, pois a frase que ouvimos é “Isso é problema seu!”.
Para ilustrar melhor essa situação, o autor citou uma fala, adequadíssima, de uma recém-formada no Curso de Pedagogia que se espantou ao entrar em uma sala de aula e perceber todos os problemas que iria enfrentar. Esse exemplo, demonstra o que todo professor já passou no início da carreira, com o tempo, todos vão crescendo e percebendo o que devem mudar, mas se tivessem suporte e a ideia de unidade na escola, onde o que é seu problema também é problema meu, partiríamos do pressuposto em que todos se ajudariam e assim, toda a escola funcionaria melhor.
Além desse aspecto, outro tema discutido neste último capítulo é a questão dos alunos com problemas de aprendizado, como o próprio autor disse, é necessário que esse modelo de escola atual consiga fazer com que os que estão com mais dificuldades consigam saná-las com trabalhos paralelos e diversificados. E que todos os profissionais compreendam que isso é um problema de todos e não só do professor regente da turma deste aluno, também é preciso que mesmo laudado e medicado não se tenha “pena” desse aluno e não o estimule ou o instigue a querer mais, pois ele é o “coitadinho”, devemos parar com essas desculpas e assumir nossas responsabilidades como escola.
Na conclusão do livro, Cortella, usa sábias palavras e descreve uma síntese de um filme que nos faz refletir sobre a nossa prática pedagógica e também sobre nossa vida, além disso, listou ideias para sustentar e deixar cada vez mais coisas positivas no mundo. Portanto, cabe a nós educadores de hoje sustentar e providencias positividades e formar sujeitos éticos para o futuro. Neste capítulo, o autor nos faz refletir sobre a esperança que há em nós para que o futuro seja também esperançoso.
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