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RELATÓRIO DE PESQUISA SEMINÁRIO SOBRE CURRÍCULO TECNOLÓGICO E JÚRI SIMULADO DE ARTIGO PERTENCENTE ÀS ORIENTAÇÕES DE PORTFÓLIO DA INSTITUIÇÃO

Por:   •  21/12/2018  •  4.451 Palavras (18 Páginas)  •  326 Visualizações

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Num segundo momento apresentaremos a análise do artigo de THIESEN, J. S. que leva título: CURRÍCULO E GESTÃO ESCOLAR: territórios de autonomia colocados sob a mira dos standards educacionais; onde elencaremos os pontos positivos apresentados pelo autor, assim como os negativos que nós, futuras pedagogas vislumbramos no decorrer de nossas leituras e debates pertinentes entre o grupo. Com isso será realizado nas imediações do polo um júri simulado[1] onde haverá pessoas que defenderão as ideias trazidas pelo autor (defesa), e pessoas que levantarão acusações sobre o artigo (promotoria); teremos também os jurados que darão a sentença após ambas as falas, acusação e defesa, definindo assim qual foi mais enfática e convincente em sua fala.

Todo o decorrer do processo, desde a leitura e apontamentos, tanto contra como a favor, até o veredicto serão relatados por nós na segunda parte deste trabalho. Portanto temos como objetivo geral, compreendermos a função do currículo na escola e sua contextualização com o que a sociedade precisa, sem deixar de preparar o aluno para todas as instâncias do viver em sociedade, sem deixarmos de nos atentar à dominação da elite que procura perpetuar seu poderio através do currículo; e como nós, futuras pedagogas podemos nos por frente à este empasse com intuito de proporcionar ao nosso aluno a oportunidade de emancipar-se.

I CURRÍCULO TECNOLÓGICO

A tecnologia tem quebrado paradigmas existentes no processo educativo desde a atuação do professor até a participação do aluno, assim também como a nova sala de aula deve funcionar e de que maneira deve ser escolhida a avaliação e a metodologia de ensino. Essas ações favorecem as demandas de uma sociedade onde o aluno- futuro cidadão desta sociedade- saiba fazer e transforma as coisas pela tecnologia visando o bom andamento das relações sociais.

Em diversas partes do mundo a partir dos anos 60 uma série de movimentos sócio/culturais de diversas naturezas começam a acontecer, pois em meio à contestação do “status quo”[2], críticas estavam sendo direcionadas ao sistema de ensino/aprendizagem e aos currículos tecnicistas baseados na administração científica, destacam-se os trabalhos de Bourdieu e Passeron, Baudelet e Establet na França. Porém abordaremos os principais defensores, e não críticos dessa concepção curricular.

Para Lima at al (2012), a escola tecnicista visa à aprendizagem de capacidades específicas, excluindo aqueles alunos que não estão aptos para desempenhar funções produtivas. Esse modelo fundamentado por Ralph Tyler para a disciplina Educação de uma universidade,foi, posteriormente publicado sob o título: Basic Principles of Curriculum and Instruction, onde os objetivos a respeito de seus princípios eram concebidos como modestos, mas, com o correr do tempo, sua proposta de como elaborar racionalmente um currículo se tornou alvo de muitas críticas.

Os princípios de Tyler, de acordo com Kliebard (2011, p.2) tinham como norte quatro perguntas centrais que eram considerado por este essenciais para o processo de elaboração de um currículo, temos então:

1 Que objetivos educacionais deve a escola procurar atingir? 2. Que experiências educacionais podem ser oferecidas que possibilitem a consecução desses objetivos? 3. Como podem essas experiências educacionais ser organizadas de modo eficiente? 4. Como podemos determinar se esses objetivos estão sendo alcançados? Essas perguntas podem ser formuladas no processo de quatro fases através do qual o currículo é elaborado: enunciar objetivos, selecionar ―experiências‖, organizar ―experiências e avaliar.

Estes quatro princípios são em suma, uma elaboração e explicitação dessas fases. A fase considerada mais crítica é, obviamente, a primeira já que todas as demais decorrem e se fundamentam no enunciado dos objetivos. Segundo ele, se formos estudar um programa educacional sistemático e inteligentemente devemos primeiro ter absoluta segurança quanto aos objetivos educacionais a serem atingidos.

Avaliação, na concepção tecnicista deTyler, é um processo através do qual o indivíduo tem comparada as expectativas iniciais, norteado os objetivos comportamentais, com relação aos resultados tidos ao final. Tal concepção faz certo apelo ao bom-senso e, especialmente, quando reforçada por modelos aproveitados da indústria e da análise de sistemas, parece ser um meio extremamente sensato e prático de avaliar o êxito de um empreendimento.

A ideia de conceber a avaliação de um currículo como uma espécie de controle mercantil já fora apresentado por Bobbitt (1922 in LIMA at al 2012), mas o controle de produção quando aplicado ao currículo faz emergir alguns problemas. Dentre eles o de natureza de um propósito ou objetivo, ou seja, se ele representa o término de uma atividade no sentido de que os princípios de Tyler implicam, seria então necessário o questionamento: seria o objetivo o final ou o ponto de mudança?

Currículo sob a perspectiva tecnológica, segundo McNeil (2001) aborda que a educação consiste na passagem de conhecimentos, comportamentos éticos, práticas sociais e habilidades que oportunizem o controle social. Deste modo, o currículo tecnológico tem sua base solidamente assentadas sob tendência tecnicista/mercantil, que visa o controle de grandes massas, no caso o proletariado.

O comportamento/aprendizado são moldados e padronizados externamente, ou seja, ao professor, detentor do conhecimento (técnico), planeja, programas de ensino e controla o processo educativo; e o aluno por sua vez, agente passivo, apenas absorve as habilidades técnicas, atingindo os objetivos propostos.

O currículo tecnológico esta assentado fundamentalmente no método, tem, como função, identificar meios eficientes, programas e materiais com a finalidade de alcançar resultados pré-determinados. É concebido por variadas formas desde levantamento de necessidades, plano escolar sob o enfoque sistêmico, instrução programada, sequências instrucionais, ensino prescritivo individualmente até avaliação por desempenho. O desenvolvimento do sistema ensino-aprendizagem segundo hierarquia de tarefas constitui o foco do planejamento do ensino, proposto em termos de uma linguagem objetiva, esquematizadora e concisa.

O conteúdo é organizado de modo a permitir ao aluno vivenciar situações, que propiciem a construção ao conceito cada vez mais abrangente, nos anos iniciais, o professor trabalha com os ensinos das disciplinas: língua portuguesa, matemática, geografia, história e ciências. Permitindo assim ao aluno a vivencia do conhecimento dos anos

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