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Projeto integrato 4 periodo

Por:   •  18/1/2018  •  25.407 Palavras (102 Páginas)  •  242 Visualizações

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o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em que se solidariza o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao mundo a ser transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um ato de depositar ideias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se simples troca da, ideias a serem consumidas pelos permutantes (FREIRE, 1987, p.45).

Sendo assim, o docente é desafiado a compreender essas mudanças e reinventar as práticas pedagógicas inovando, formulando problemas e articulando possíveis soluções através da troca de experiências e de conteúdos que se interligam e associam-se. Preparando assim os alunos a compor uma rede ampla de aprendizagem formativa, crítica e multicultural.

A Pluralidade Cultural enfatiza tendências culturais que convivem com a população oferecendo informações, alternativas e formando novas mentalidades. Porém se faz necessário enfatizar ao docente que impedindo que o aluno tenha bens materiais e culturais produzidos na sociedade, excluindo-o da participação coletiva, possivelmente formaremos cidadãos preconceituosos e discriminadores.

Para que de fato aconteça a Pluralidade Cultural, é necessário que o docente saiba discutir a diversidade cultural a partir das próprias diferenças dos alunos, é um modo de conduzir o tema da forma mais próxima da realidade na qual estão inseridos, contextualizando a abordagem para qualquer assunto.

A questão da desigualdade social e da exclusão são discutidas dentro da pluralidade cultural, indicando possíveis soluções. Tais questões segundo os PCNs são produzidas na relação de dominação e exploração socioeconômica e política, salientando que grandes movimentos culturais e sociais foram organizados por consequência de discriminação ou violação dos direitos.

Por meio de pesquisas recentes, foram constatados que no ambiente escolar que se intensificam os mais diversos tipos de preconceitos enraizados e infundados. Porém há uma dificuldade da escola e do professor observar, identificar e combater essas manifestações, visto que as posturas preconceituosas estão presentes em nosso cotidiano, algumas vezes não explicitas, mas enrustidas em nossa própria concepção. A sociedade e a escola muitas vezes preocupam-se apenas com manifestações explícitas, ignorando sua própria concepção preconceituosa e conivente com discriminações enraizadas historicamente.

Para desenvolver a sensibilidade para um olhar compreensivo e individualizado valorizando as diferenças de cada pessoa, é de fundamental importância o trabalho com projetos, porém de acordo com Machado:

Nada pode ser mais deletério para um estudante, por exemplo, do que uma convivência promíscua entre um discurso elaborado sobre a tolerância e uma prática opressiva nos processos escolares de avaliação. Nada parece menos íntegro do que o reconhecimento de que tal ou qual lei é injusta, mas, uma vez que ela nos favorece, procuramos tirar proveito dela (MACHADO, 2004, p.55).

Segundo concepções do autor, o maior desafio, consiste em estabelecer o equilíbrio entre o que se projeta e os valores que são necessários manter no processo de obtenção do “novo”, pois ao idealizar um projeto, o mesmo deve ser autêntico, articulando individualidade e coletivos entre si, harmonizando a transição entre aquilo que adquiriu um valor em si para a educação e o que se pretende realizar de novo.

Diante desse cenário é preciso mais que conscientização e boa vontade, é preciso pensar e repensar currículo e práticas, permitir ao professor personalizar cada vez mais a forma de abordar conteúdos através de projetos interdisciplinares que envolva recursos tecnológicos, trabalhando os vários segmentos curriculares a história do Brasil e a influência das raízes africanas e indígena na formação da cultura brasileira e a importância. Conforme o que sugere a Lei Federal 10.639/2003.

A questão racial é conteúdo obrigatório no currículo escolar. A Lei 10.639, de 2003, decretou a inclusão do ensino da História e da cultura afro-brasileiras no Ensino Fundamental e Médio. E a lei passou a valer para todos os níveis da Educação Básica com a instituição das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais.

Como profissionais da educação devemos abordar esta temática em sala de aula, propiciando o desenvolvendo estudos e projetos que desmistifique que os povos negros e pardos são dotados de menor capacidade cognitiva e que a sua cultura é inferior as dos povos brancos, afinal o Brasil é uma mixigenação desses povos e é preciso exaltar a importância dessas mixigenação na formação do povo brasileiro e da cultura do nosso país. Além de conhecer a influência africana na formação cultural brasileira, eles receberam informações sobre a questão racial na Educação Infantil, principalmente no que diz respeito à identidade racial.

Ao abordar o tema “Racismo no Brasil”, não podemos apenas em perder o foco em denunciar ou não o preconceito, mas que traz uma discussão sobre um certo limite ideológico que será entendido como uma harmonia de que na verdade o racismo não exista por ser um país em harmonia, mas na verdade o Brasil é um país de uma democracia racial. O preconceito racial se potencializa com a desigualdade racial, por isso se faz necessário trabalhar o processo de inclusão, tolerância e respeito com o outro.

Na disciplina de Língua Portuguesa, abordará o preconceito e a intolerância “de uma certa visão o racismo”, através da abordagens, nas quais podemos destacar: Aprofundamento nas causas e consequências da dispersão dos africanos pelo mundo e abordar a história da África antes da escravidão; enfoque nas contribuições dos africanos para o desenvolvimento da humanidade e as figuras ilustres que se destacaram nas lutas em favor do povo negro; a questão racial e o sistema de cotas a universidades e concursos públicos; reconhecimento e a existência do racismo no Brasil e a necessidade de valorização e respeito aos negros e à cultura africana.

Na disciplina de Educação Física, o docente irá trabalhar com a pesquisa voltada para o esporte e músicas afro, dando enfoque para a linguagem corporal, na qual podemos destacar através de danças africanas, músicas como samba e maracatu; jogos como mandala e a prática de esporte como capoeira.

Na disciplina de arte, o docente irá abordar a pesquisa com curiosidades do continente africano até chegar à arte, trabalhando com a produção de máscaras religiosas, através da utilização de papelão, tinta e cola, rendendo modelos coloridos e divertidos para afastar os maus

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