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A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA NAS SERIES INICIAIS

Por:   •  1/11/2018  •  4.453 Palavras (18 Páginas)  •  356 Visualizações

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Já os famosos bichos de pelúcia, entre eles, o adorado urso, podem ter surgido no século XIX. Por fim, os carrinhos surgiram da inspiração dos carros de verdade, no início do século XX e até hoje são inspirados nos modelos originais e feitos a sua semelhança, em tamanho reduzido.

Diante da variedade de brinquedos antigos e atuais, nada mais do que a bola. Ela reina absoluta quicando em quadras, corredores, jardins, quebrando janelas de crianças em todos os níveis sociais e intelectuais. Variam em cores, texturas, peso, mas são protagonistas na vida das crianças e adolescentes no mudo inteiro. No Japão, há mais de 6000 anos, elas eram feitas com fibras de bambu.

REFERENCIAL TEORICO

O brincar e o jogar são atos indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual e sempre estiveram presentes em qualquer povo desde o mais remoto tempo. Através deles, a criança desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor. O jogo, nas suas diversas formas, auxilia no processo ensino-aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, isto é, no desenvolvimento da motricidade fina e ampla, bem como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, o levantamento de hipóteses, a obtenção e organização de dados e a aplicação dos fatos e dos princípios a novas situações que, por sua vez, acontecem quando jogamos, quando obedecemos a regras, quando vivenciamos conflitos numa competição, etc. (CAMPOS)

A ciência descobriu agora o desenvolvimento do cérebro que se dá através das experiências que a criança faz no brincar. É ai que ela desenvolve as sinapses necessárias para, na escola, aprender a ler, escrever, calcular etc.(FRIEDMANN, 2005:9).

Sendo assim, fica claro que o jogo permite à criança buscar soluções além da sua maturidade para os problemas apresentados, e isso ela consegue por meio de imitação e das regras apresentadas nos jogos e brincadeiras, facilitando assim o desenvolvimento da aprendizagem. Além é claro, de trabalhar o desenvolvimento cognitivo, social, afetivo e outra expressão, isto é, o desenvolvimento psíquico e físico da criança. [...]

A arte do ‘’brincar’’ ela vai além da imaginação das crianças podendo assim acontecer de varias formas, como as brincadeiras antigas, cantigas de roda, ‘’passa anel’’, corre cotia, dança da carrapeta, cai no poço, ‘’batata quente’’e outras.

BRINCAR TAMBÉM É PENSAR MATEMÁTICA

As crianças brincam e jogam em situações variadas de suas vidas, muitas brincadeiras envolvem procedimentos de: contagem, medição, visualização de quantidades etc. Crianças pensam logicamente ante situações do cotidiano. Isso ocorre, por exemplo, quando eles praticam jogos com regras ou quando organizam coisas por atributos: coisas pessoais como roupas e brinquedos e coisas de casa como talheres, pratos e guardanapos. Ao se apropriarem de um modo de organização, mesmo que induzidos pelos adultos, eles estão aceitando e incorporando princípios de natureza lógica.

Crianças também gostam de contar, muitas vezes só pra dizer que sabem contar. Porém, em muitos casos, elas apenas cantam e não contam. Quando muito pequenas as crianças cantam ‘’um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove e dez.’’ mas isso pode ser apenas uma ‘’cantagem’’ e não uma contagem. Nas primeiras contagens as crianças estão apenas imitando os adultos, mas em algum momento elas têm de ir além e se apropriar dos princípios da numeração, suas relações e propriedades. E é aí que a escola desempenha papel importante, pois para adquirir o conceito de numero além de aprender a contar, devem aprender a seriar, fazer correspondências, classificar, nomear, simbolizar e agrupar. Algumas dessas ações podem aparecer espontaneamente em atividades ou brincadeiras, mas relacionar todas essas ações é algo que a escola deve se preocupar e propiciar as crianças. Quanto às operações, o que pais e professores devem ter atenção é em quais situações do universo da criança faz sentido somar ou subtrair dois números. Certamente um ensino baseado na prescrição de regras para fazer contas, como no tempo de nossos avôs, não é adequado e com muita probabilidade, pouco interessante, desafiador e significativo.

No cenário da escola do século XXI, para oferecer às crianças de nosso tempo oportunidades de aprender idéias matemáticas e desenvolverem competências para enfrentar problemas novos e fazerem descobertas por si, vale resgatar as idéias de Hans Freudenthal (1905-1990), criador das bases da Educação Matemática Realística, baseada na resolução de problemas reais, e significativos a partir de experiências cotidianas em lugar de regras de matemática abstratas e divorciadas de realidade vivencial ou cognitiva dos estudantes. Freudenthal sempre advogou que a ‘’matemática é uma atividade humana’’ e defendeu que a melhor forma de aprender uma atividade é praticá-la, por meio de atividades lúdicas e desafiadoras o que contribui para que os alunos se interessem pela matemática propriedade dita, adquirindo hábitos de pensar matematicamente diante de situações diversas e extra-escolares.

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Carta Fundamental- Julho/Agosto de 2014, p.36

A BRINCADEIRA TORNOU-SE UM MODO DE INICIAR NOVAS GERAÇÕES EM CONJUNTO DAS REGRAS SOCIAIS.

Brincar foi uma prática bastante presente entre os adultos até a revolução Industrial, ocasião em que as pessoas, controladas, confinadas, e com um tempo cada vez menor para descansar, viram-se obrigadas a abandonar essa prática cultural, que perdeu seu status e passou a ser vista como perda de tempo. Não por acaso, na mesma época, a infância foi tomada como fase preparatória e as crianças foram definitivamente segregadas das ocupações dos adultos.

Num primeiro momento esses significados circularam entre a burguesia urbana e, mais tarde, se estenderam aos demais setores da população. Obter o sustento por meio do trabalho tornou-se uma incumbência dos adultos, enquanto as crianças, restritas ao ambiente doméstico, passaram a brincar com objetos ou situações que simulavam as obrigações laborais. A brincadeira transformou-se em um modo de iniciar as novas gerações no conjunto de regras da sociedade mais ampla. As meninas recorriam a brincadeiras

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