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Projeto Entre Nós

Por:   •  17/11/2018  •  1.582 Palavras (7 Páginas)  •  198 Visualizações

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São abrangidos pela noção de indisciplina todos os comportamentos que reflictam o propósito de perturbar os processos de aprendizagem que decorrem na escola, dificultando o exercício da função docente e, todos que perturbem a convivência da comunidade escolar no seu todo.

O presente projecto vai ao encontro do lema definido no Projecto Educativo desta escola, “ Por uma Educação de Qualidade”, visando contribuir para a melhoria do ambiente da escola, que passa necessariamente pela existência de uma coordenação para a prevenção e combate à indisciplina.

“ É também muito importante nunca deixar que se esqueça que a escola nunca poderá ser um “paraíso”, enquanto a sociedade for um “inferno”; nunca poderá ser uma ilha de felicidade num mundo infeliz; um oásis de paz num deserto de violência.”

In, Para Combater a Indisciplina nas Escolas - Parecer nº1/2002, do Conselho Nacional de Educação.

RESUMO DO PROJECTO

O presente projecto tem como finalidade a criação da figura de Mediador que implementará um conjunto de medidas que visam optimizar a disciplina na sala de aula e nos espaços comuns, aumentando deste modo a participação da comunidade educativa na manutenção de uma cultura de paz, de cidadania e de sã convivialidade.

O projecto visa analisar a indisciplina numa perspectiva de diagnóstico, de prevenção e de superação dos conflitos, através do diálogo, em que um terceiro, o mediador, neutro e imparcial, auxilia os indivíduos a comunicar, a negociar e a alcançar compromissos mutuamente satisfatórios.

A Escola pode encontrar na Mediação uma abordagem para a transformação criativa dos conflitos, aceitando aproveitá-los como uma oportunidade de crescimento e de mudança, um potencial educativo e de formação pessoal para a resolução dos problemas da vida, actuais e futuros.

A mediação apresenta-se como uma ferramenta educativa que prepara os alunos para a imparcialidade, a escuta activa, a empatia, gerir a informação, atender aos interesses e necessidades, acolher as emoções e os sentimentos, tão importantes para o bom funcionamento interpessoal e profissional na Escola.

Paralelamente, propõe-se a criação de uma equipa de co-mediadores, alunos mais velhos, que se possam constituir como referenciais, que irão acompanhar alunos que revelem comportamentos preocupantes.

O professor mediador e os alunos co-mediadores actuam segundo dois pressupostos: imparcialidade e confidencialidade, de modo a assegurar às partes a tranquilidade necessária para que apresentem os seus conflitos sem que o mundo exterior se constitua como uma das partes.

A mediação contribuirá para uma escola mais democrática e pró-activa mas exigente ao nível da responsabilidade e do cumprimento das regras básicas de vivência em sociedade.

A coordenação para a prevenção e combate à indisciplina, implica um trabalho colaborativo entre os diferentes agentes da comunidade educativa: a Directora Executiva, o mediador, os co-mediadores, os agentes operacionais, os directores de turma, a psicóloga escolar, os professores em geral e logicamente os Encarregados de Educação. Estes últimos, segundo a nossa constituição, têm um papel insubstituível na educação dos jovens, uma vez que estes são sujeitos de direitos e de deveres, os quais, enquanto sociais e civilizacionais, devem ser interpretados, explicitados e sistematicamente reiterados pelos adultos em todos os contextos de interacção social, neste caso particular na plena consensualização das regras de conduta na comunidade educativa.

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PLANO DE ACÇÃO

1- Competência a desenvolver pelo mediador

- Analisar a indisciplina na escola na perspectiva de diagnóstico e de resolução de problemas;

- Monitorizar o fenómeno de indisciplina;

- Proceder ao levantamento e sinalização de casos de alunos que evidenciem comportamentos de indisciplina;

- Organizar uma base de dados relativa aos casos sinalizados;

- Apoiar os directores de turma na despistagem de situações, que, eventualmente, poderão estar na origem de casos de indisciplina;

- Resolver situações de conflito de forma sustentável e duradoura;

- Diagnosticar situações de violência escolar e apoiar as pessoas envolvidas através do diálogo;

- Promover a comunicação e compreensão mútua entre os elementos da comunidade educativa;

- Elaborar com o director de turma e encarregado de educação, sempre que se justifique, um Plano de Intervenção,

- Promover o envolvimento parental no percurso escolar do aluno;

- Ajudar o aluno a reflectir e a tomar consciência dos seus comportamentos;

- Definir metas exequíveis e gradativas a atingir com o aluno;

- Seleccionar os alunos co mediadores;

- Criação do”Marco do Correio”, tendo em vista o estabelecimento de uma relação de maior proximidade entre mediador/co mediadores/alunos;

- Planificar sessões de trabalho com turmas problemáticas maximizando o desenvolvimento bio-psico-social;

- Estabelecer, sempre que se justifique, articulação com instituições e estruturas locais (Projecto Rosto; polícia Segura; Instituto de Reinserção Social; C.P.C.J);

- Elaborar relatórios periódicos.

2- Competência a desenvolver pelos co mediadores

Os alunos co mediadores devem ser de preferência alunos do 11º e/ou 12º anos cujo perfil possa servir de referência aos alunos tutorados, prestando um auxílio directo aos alunos com comportamento desajustado e/ou em risco de desorganização escolar.

No âmbito da sua acção, os alunos co mediadores irão desenvolver com os alunos tutorados as seguintes competências:

- Acompanhar individualmente alunos que manifestem comportamentos de indisciplina;

- Ajudar os colegas na resolução dos seus principais problemas;

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