PSICOMOTRICIDADE E BRINCADEIRA DE RUA
Por: Jose.Nascimento • 25/4/2018 • 3.202 Palavras (13 Páginas) • 394 Visualizações
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- PIAGET E VYGOTSKY E A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR
Para Piaget (1973), a brincadeira e o jogo são essenciais para contribuir no processo de aprendizagem. Por isso afirma que os programas lúdicos na escola são berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, pois estas transformam a realidade. Sendo assim, essas atividades se tornam indispensáveis a prática educativa, pois contribuem e enriquecem o aprendizado.
Focado no que os pequenos pensam sobre tempo, espaço e movimento, estudou como diferem as características do brincar de acordo com as faixas etárias. Observou que, enquanto os menores fazem descobertas com experimentações e atividades repetitivas, os maiores lidam com o desafio de compreender o outro e traçar regras comuns para as brincadeiras (PIAGET, 1973).
As pesquisas de Vygotsky apontaram que a produção de cultura depende de processos interpessoais. Ou seja, não cabe apenas ao desenvolvimento de um indivíduo, mas às relações dentro de um grupo. Por isso, destacou a importância do professor como mediador e responsável por ampliar o repertório cultural das crianças. Consciente de que elas se comunicam pelo brincar, Vygotsky considerou uma intervenção positiva a apresentação de novas brincadeiras e de instrumentos para enriquecê-las. Afirmava que um dos importantes papéis da escola é desenvolver a autonomia da turma. E, para ele, esse processo depende de intervenções que coloquem elementos desafiadores nas atividades, possibilitando aos pequenos desenvolver essa habilidade (VYGOTSKY, 1991).
3.1. A escola: Relação da inclusão social e psicomotricidade aspectos a ser discutidos desde a infância
A discussão sobre políticas inclusivas costuma centrar-se nos eixos da organização sócio-política necessária a viabilizá-Ia e dos direitos individuais do público a que se destina. Os importantes avanços produzidos pela democratização da sociedade, em muito alavancada pelos movimentos de direitos humanos, apontam a emergência da construção de espaços sociais menos excludentes e de alternativas para o convívio na diversidade. A capacidade que uma cultura tem de lidar com as heterogeneidades que a compõe tornou-se uma espécie de critério de avaliação de seu estágio evolutivo, especialmente em tempos de fundamentalismos e intolerâncias de todas as ordens como este em que vivemos (CANIZA, 2001).
Nessa perspectiva, a inclusão social deixa de ser uma preocupação a ser dividida entre governantes, especialistas e um grupo delimitado de cidadãos com alguma diferença e passa a ser uma questão fundamental da sociedade. A questão se torna complexa quando nos deparamos com a realidade de uma mesma sociedade, que demanda soluções de sustentação e viabilidade para sua própria pluralidade, não é uma sociedade inclusiva. Longe disto, sabemos o quanto instituições criadas para regrar o convívio entre os homens tendem a reforçar a discriminação e a criar territórios que classificam e hierarquizam os cidadãos justamente a partir de suas diferenças. As pessoas com deficiência, com síndromes, são historicamente identificadas como páreas sociais em função de um conjunto de igualdades mais ou menos constantes que acabam por definir seu lugar na sociedade: lugar de exclusão. Nesse contexto a escola não se constitui de maneira diferente (CANIZA, 2001).
Segundo a Associação Brasileira de Psicomotricidade, a psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas.É sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o afeto.
“A Psicomotricidade baseia-se em uma concepção unificada da pessoa, que inclui as interações cognitivas, sensoriomotoras e psíquicas na compreensão das capacidades de ser e de expressar-se, a partir do movimento, em um contexto psicossocial. Ela se constitui por um conjunto de conhecimentos psicológicos, fisiológicos, antropológicos e relacionais que permitem, utilizando o corpo como mediador, abordar o ato motor humano com o intento de favorecer a integração deste sujeito consigo e com o mundo dos objetos e outros sujeitos.” (Costa, 2002).
Como território institucional expressivo da cultura em que se insere, a escola tem papel fundamental para acompanhar os novos tempos e lidar melhor com a diversidade do público que deve atender. Na infância deve ser iniciado um trabalho que garanta a integração do diferente na sociedade. Fazendo da escola um dos espaços em que o exercício de uma política inclusiva contribua com a construção de uma sociedade mais justa (BRASIL, 2001).
A educação infantil é a grande colaboradora neste processo por se tratar de um período de maior desenvolvimento e as experiências iniciais são primordiais, propiciando através do lúdico a base para que a criança desenvolva sua autonomia corporal e maturidade sócio-emocional. Para tanto, devem ser estimuladas e consideradas as funções básicas e as funções relacionais da psicomotricidade visando o desenvolvimento pleno da criança e, os jogos e exercícios corporais propiciados de uma maneira integradora e harmoniosa contribuem para a aquisição da coordenação psicomotora, a conscientização e domínio do corpo, ajustamento dos gestos e movimentos, apropriação do esquema corporal, aumento das discriminações perceptivas, integração de espaço e noção de tempo pessoal sendo coadjuvantes neste processo (LIMA, 2007).
- Deficiência visual: Conceitos básicos
Refere-se a uma situação irreversível de diminuição da resposta visual, em virtude de causas congênitas ou hereditárias, mesmo após tratamento clínico e/ou cirúrgico e uso de óculos convencionais (GARCIA, 1984).
A pessoa com deficiência visual é uma pessoa normal que não enxerga ou possui visão reduzida. Ou seja, nenhuma outra defasagem lhe é naturalmente inerente. Contudo, em função da diminuição de suas possibilidades de experimentação, de um relacionamento familiar e/ou social inadequado e de intervenções educacionais não apropriadas, poderá apresentar defasagens no desenvolvimento social, afetivo, cognitivo e psicomotor, quando comparadas a indivíduos com visão normal da mesma faixa etária (MEC/SESM, 2004)
- Pular corda e seus benefícios no desenvolvimento humano
Há muito tempo o pular corda vem sendo executado pelas pessoas, por crianças em suas brincadeiras ou por atletas
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