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Oralidade e escrita nas séries iniciais

Por:   •  17/4/2018  •  2.121 Palavras (9 Páginas)  •  295 Visualizações

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A linguagem falada apresenta grande variedade de entendimento sobre um mesmo vocabulário, podendo ser mais próxima da língua padrão ou da língua coloquial. Porém, quando se trata da linguagem escrita, nota-se que há predominância da língua padrão, pois se assim não fosse, haveria diversas variações da língua escrita, assim como ocorre na linguagem falada.

Na linguagem falada fica evidente a presença do interlocutor, que se utiliza de recursos não verbais, como a gesticulação e diferentes entonações para expressar o que está falando. O interlocutor também pode se valer das frases curtas dentro da linguagem falada, já que o fator de memorização é uma limitação humana. O que acaba permitindo a abordagem de vários temas ao mesmo tempo sem que a comunicação torne-se redundante, já que a utilização dos artifícios dentro da fala possibilitam a compreensão da fala um do outro sem que o fator raciocínio seja afetado.

Mas quando se fala na linguagem escrita, o interlocutor não se mostra presente, e ele precisa valer-se de recursos linguísticos como, pontuação e acentuação gráfica para tentar reproduzir e representar artificialmente o que quer expressar, baseando dessa maneira nos conteúdos da Língua Portuguesa. O que faz com que as frases utilizadas por ele dentro da sua linguagem tornem-se longas e bem elaboradas, com a finalidade de que o texto não fique com palavras soltas impossibilitando assim a sua compreensão. Isso faz com que o texto fique resumido ao essencial, tratando do mesmo tema do início ao fim, com a finalidade da não afetação à sequência do texto.

- PRODUÇÃO TEXTUAL ESCRITA

Os alunos nos anos iniciais já são capazes de criar textos. E para isto é necessário que eles aprendam o sistema da escrita, através da alfabetização. Assim como é de fundamental importância que eles entendam para que serve a escrita, o que representa e como funciona. Isso só será possível quando interagirem com os diferentes gêneros de textos presentes em seu cotidiano como cartazes, placas, anúncios, rótulos, embalagens, além dos livros de literatura.

É necessário lembrar que nesse processo inicial da escrita cada criança apresenta o seu ritmo de construção do conhecimento, com características e reflexões próprias. Por isso, no momento da escrita, é necessário que haja a valorização de cada tentativa do escrever, independentemente do resultado. É preciso ter cuidado para não valorizar somente a escrita desvalorizando a fala da criança. Pois a comunicação se dá através das duas formas, embora na escola haja uma valorização maior da escrita em relação à fala, mas é importante saber contemplar e transmitir às crianças as duas formas de expressão a “Oralidade e a Escrita”.

A criança deve ser orientada durante a sua produção textual pela intervenção preventiva, onde o seu “erro” será observado por ela mesma e assim a própria irá corrigi-lo pela compreensão do processo e o uso de regras gramaticais, possibilitando a ela uma autorreflexão para escrever corretamente. Assim a experiência do sucesso aumenta a autoestima e garante a continuidade do esforço por parte da criança, além de que a ensina a reconhecer os “erros”, o que é uma etapa de extrema importância no processo de aprendizagem.

Mostram-se importantes também as oportunidades para o uso da escrita funcional (individual, em dupla ou em grupo), possibilitando as crianças o ato de escreverem cartas, bilhetes, recados, convites para um leitor real e não apenas a obrigação de cumprirem uma tarefa escolar.

- PRODUÇÃO TEXTUAL ORAL

A oralidade tem sua importância como prática linguística no processo de aquisição do sistema escrito da língua, e principalmente comunicativa, pois, como diz Chomsky (2006) já nascemos com capacidade de comunicação, onde esta se dá pela fala. Então, é necessário considerar que as crianças dentro do ambiente escolar possam encontrar e desenvolver sua expressão oral, em mecanismos de aprendizagem criadas especialmente para essa finalidade, pois segundo BRASIL(1997, P.38):

Expressar-se oralmente é algo que requer confiança em si mesmo. Isso se conquista em ambientes favoráveis à manifestação do que se pensa, do que se sente, do que se é. Assim, o desenvolvimento da capacidade de expressão oral do aluno depende consideravelmente de a escola constituir-se num ambiente que respeite e acolha a vez e a voz, a diferença e a diversidade. Mas, sobretudo, depende de a escola ensinar-lhe os usos da língua adequados a diferentes situações comunicativas. De nada adianta aceitar o aluno como ele é, mas não lhe oferecer instrumentos para enfrentar situações em que não será aceito se reproduzir as formas de expressão próprias de sua comunidade. É preciso, portanto, ensinar-lhe a utilizar adequadamente a linguagem em instâncias públicas, a fazer o uso da língua oral de forma cada vez mais competente.

É necessário, para isso, que as características específicas da oralidade sejam consideradas, fazendo a relação com o desenvolvimento de habilidades, propiciando a interação da criança e proporcionando a ela a possibilidade de reelaboração e organização de suas representações sociais, bem como adequar a fala nas diferentes formas de comunicação. Assim, segundo GUSSO, FINAU( 2003, P. 232-233):

[...] as questões propostas em livros didáticos, com o objetivo de realizar práticas com a língua oral, devem ser elaboradas para desenvolver a competência linguística para o emprego adequado dessa modalidade de língua às mais diversas situações sociais, ideológicas e culturais. Por conseguinte, para a realização de tais práticas há que se considerar e promover a (re)elaboração das características específicas da oralidade como: coerência e coesão, estratégias convencionais, contexto e situação partilhados (formalidade X informalidade), planejamento do discurso, papéis dos participantes e suas intenções, canal utilizado para o processo conversacional.

- METODOLOGIA

O estudo textual utilizado foi a tira, aonde os meios de circulação desse gênero geralmente são encontrados em revistas e jornais. Esse gênero foi o escolhido para o estudo em questão pois apresenta a integração da linguagem verbal (textos escritos) com a linguagem não verbal (imagens – desenhos feitos em quadros sequenciais).

- Primeiro momento metodológico

Foram apresentadas às crianças duas tiras diferentes. A primeira sendo “A turma do Xaxado” e a segunda “A turma da Mônica”.

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