O USO DA INTERNET COMO FERRAMENTA DE ESTUDOS E SUAS IMPLICAÇÕES NA REALIDADE EDUCACIONAL
Por: Jose.Nascimento • 3/11/2018 • 2.728 Palavras (11 Páginas) • 407 Visualizações
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Para professores e coordenadores a quantidade de computadores na escola, geralmente em numero insuficiente, apesar de todas terem pelo menos um, revela uma importante limitação ao uso da tecnologia como ferramenta educacional pelos alunos. A baixa velocidade de conexão também é outra dificuldade apontada para o uso adequado da internet no processo pedagógico. Em 2011, 86% das escolas tinham computadores instalados nos laboratórios de informática, mas apenas 4% das escolas possuem computadores nas salas de aula, local onde se concentram as rotinas escolares.
INTERNET COMO APOIO PEDAGOGICO
Uma ação educacional pode ser perfeitamente consistente em seus objetivos e metodologias sem utilizar nenhum recurso tecnológico digital. A incorporação das inovações tecnológicas só tem sentido se contribuir para a qualidade do ensino. A simples presença de novas tecnologias na escola não é por si só, garantia de maior qualidade da educação, pois a aparente modernidade pode mascarar um ensino tradicional baseado na recepção e na memorização de informações (EDUCAREDE).
Por ser economicamente importante, a educação ainda parece ineficiente e estática em se tratando de tecnologia - é geralmente citada como a próxima indústria a sofrer uma grande "interrupção". Apesar do continuo crescimento do uso da internet pelos jovens, a educação publica não acompanhou esta evolução não houve alteração no currículo das escolas. (ORTEGA)
Segundo a EDUCAREDE, a introdução da Internet no cotidiano escolar é eficiente quando consegue promover atividades que façam sentido para o educador e o aluno, a partir de uma proposta que vai além da sala de aula, integrando outros espaços de aprendizagem que estejam dentro, como a sala de Informática, ou fora da escola como museus, parques, lugares históricos e etc.
A Internet pode ajudar o professor a preparar melhor a sua aula, a ampliar as formas de lecionar, a modificar o processo de avaliação e de comunicação com o aluno e com os seus colegas. Segundo MORAN, a educação pode tornar-se uma mistura de cursos, de sala de aula física e também de intercâmbio virtual. Há um processo de aproximação. Daqui a alguns anos falar de educação a distância e de educação presencial, não vai ter tanto sentido.
Segundo WEININGER,
A explosão de informações e conhecimentos humanos continua ocorrendo em ritmo cada vez mais acelerado: existem entre 100.000 e 300.000 revistas científicas e técnicas no mundo, o que equivale a 3 a 10 milhões de ensaios e artigos por ano. 2.000 livros são publicados a cada dia, um terço deles em inglês, alemão e francês (230.000 por ano). Só os pesquisadores publicam 7.000 trabalhos por dia. 800.000 patentes são registradas por ano.
Não são apenas produzidas quantidades imensas de informações, foi gerado também meios para sua estocagem numa memória global computadorizada acessível e interligada pela WEB, a rede mundial de computadores. Todo este conteúdo está ao alcance de um click em poucos segundos através de buscas estruturadas quer seja apenas parte da informação ou sua integra diretamente para o usuário conectado (WEININGER)
O desafio é integrar as tecnologias em projetos pedagógicos, inovadores e participativos, nunca tivemos tanta informação disponível, tantas tecnologias, mas nunca tivemos também tanta dificuldade de comunicação. Comunicar significa interagir de verdade, todos nós que estamos envolvidos no processo. A expectativa é de que as tecnologias realmente vão mudar as coisas na educação, serão estabelecidas pontes entre o presencial e o virtual onde o processo de ensino aprendizagem seja facilitado através de uma comunicação eficaz e efetiva (MORAN).
MÃO NA MASSA
A educação tradicional não sobreviveria tanto tempo se não fosse eficiente, é necessário aliá-la à modernidade e esta não chega se a escola não dispuser de instalações e equipamentos necessários, pessoas preparadas para utilizá-los e principalmente a visão critica do professor para discernir quais informações serão veiculadas em sala de aula.
Ensinar com as novas mídias será uma revolução se mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos. Caso contrário, conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no essencial. A internet é um novo meio de comunicação, ainda incipiente, mas que pode nos ajudar a rever, a ampliar e a modificar muitas das formas atuais de ensinar e de aprender’ (MORAN apud OLIVEIRA)
Ao professor cabe mediar o uso das informações de forma democrática, mais progressista e incorporadas de modo que seja possível desvendar os seus códigos, suas possibilidades e possíveis manipulações. Mas o que se espera do aluno, principal objetivo de toda esta reflexão? Segundo a EDUCAREDE, com as novas possibilidades abertas pela internet, o ideal é que o estudante use a utilize de acordo com as seguintes competências:
Pesquisar na Internet:
- buscar e selecionar a informação;
- analisar uma informação encontrada e/ou recebida;
- fazer download de arquivos de texto e imagem;
- imprimir material.
Comunicar-se em meio digital:
- criar contas de correio eletrônico;
- enviar e receber mensagens de correio eletrônico;
- enviar e responder a mensagens no fórum de discussão;
- conversar on line sobre o tema;
- enviar, receber, abrir e salvar anexos;
- trocar URLs sobre o tema.
Publicar conteúdos:
- preencher formulários de inscrição;
- copiar, colar, guardar, tratar e inserir imagens;
- guardar e organizar os trabalhos em meio digital (registro);
- fazer upload de imagens e textos;
- divulgar os trabalhos efetuados.
Um ensino de qualidade pressupõe alunos ativos na construção do conhecimento, com autonomia, liberdade e capacidade de ação
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