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O Artigo de Dislexia

Por:   •  28/8/2018  •  2.451 Palavras (10 Páginas)  •  279 Visualizações

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As pesquisas confirmam que o distúrbio é uma disfunção neurológica, uma alteração cromossômica hereditária, pois as crianças com dificuldades de aprendizagem têm sempre um parente próximo com o mesmo problema. Não é uma doença. Por ser uma alteração na área do cérebro responsável pelos sons da linguagem e do sistema que transforma o som em escrita, geralmente é percebida quando a criança está sendo alfabetizada, pois a informação faz um caminho mais longo e demora um pouco mais para ser processada. Os sinais de dislexia na sua grande maioria não são notados inicialmente, as vezes a criança tem uma demora na fala que pode ser um sinal do distúrbio, no entanto a família atribui esse atraso a uma característica pessoal.

O estudo da dislexia não é recente, durante muito tempo os psicólogos e estudiosos procuraram compreender os processos de dificuldade específica de leitura, sendo que o termo dislexia foi criado em 1887 por Rudolf Berlin, um oftalmologista também alemão de Stuttgart que definiu de dyslexia para se referir a um jovem que apresentava grande dificuldade no aprendizado da leitura e escrita ao mesmo tempo em que apresentava habilidades intelectuais normais em todos os outros aspectos. (SELIKOWITZ, 2001, p. 8).

Em 1925 o neurologista Samuel T. Orton apresentou, pela primeira vez uma definição para a dislexia:

É uma dificuldade que ocorre no processo de leitura, escrita, soletração e ortografia. Não é uma doença, mas um distúrbio com uma série de características. Torna-se evidente na época da alfabetização, embora alguns sintomas já estejam presentes em fases anteriores. Apesar de instrução convencional, adequada inteligência e oportunidade sociocultural e ausência de distúrbios cognitivos fundamentais, a criança falha no processo de aquisição de linguagem. A dislexia independe de causas intelectuais, emocionais ou culturais. É hereditária e a maior incidência é em meninos na proporção de três para um (ou seja, a cada três meninos que nascem com dislexia, apenas uma menina nasce disléxica. Orton (1925 apud IANHEZ e NICO, 2002, p. 21)

Segundo Drauzio Varella:

Dislexia é um transtorno genético e hereditário da linguagem, de origem neurobiológica, que se caracteriza pela dificuldade de decodificar o estímulo escrito ou o símbolo gráfico. A dislexia compromete a capacidade de aprender a ler e escrever com correção e fluência e de compreender um texto. Em diferentes graus, os portadores desse defeito congênito não conseguem estabelecer a memória fonêmica, isto é, associar os fonemas às letras.

Diante dessas definições, percebe-se, que a dislexia é um distúrbio de grande complexidade, que necessita de um olhar atencioso pelos professores em especial professores de alfabetização e escola precisa contar com uma equipe multidisciplinar para poder diagnosticar com precisão.

DESENVOLVIMENTO

Para realização deste artigo, utilizou como metodologia revisão bibliográfica considerando que os referenciais teóricos de que a literatura dispõe é bastante amplo, e através de estudo aprofundado sobre o assunto em questão, permitiu analisar sistematicamente a história da dislexia, dificuldades de definições e diagnósticos bem como os distúrbios relacionadas linguagem e embasar teoricamente este documento. A pesquisa bibliográfica realizada propiciou compreensão do distúrbio de dislexia para elaboração deste documento, que poderá ser utilizado por profissionais da educação para auxiliar no ensino aprendizagem de alunos disléxicos, possibilitando amenizar a problemática cotidiana da vida de milhares de crianças que sofrem com o distúrbio da dislexia.

Características das pessoas com Dislexia

Autores tem desenvolvidos estudos a fim de descrever as características da dislexia e facilitar o diagnóstico precoce, para então ajudar as crianças que sofrem desse distúrbio, pois reconhecer as características é o primeiro passo para que possam evitar anos de dificuldades e sofrimentos.

A dislexia apresenta graus de intensidade variados, indo desde quadros leves e quase imperceptíveis, até distúrbios tão intensos que impede a alfabetização. O nível de dificuldade e os sintomas variam de indivíduo a indivíduo. Em alguns predominam dificuldade de soletração, em outra na compreensão dos textos ou na escrita, com inversões de números e letras.

Segundo IANHEZ a dislexia apresenta como sintomas mais comuns: desempenho inconstante, atraso na aquisição da leitura e da escrita, lentidão nas tarefas de leitura e escrita, mas não nas orais, dificuldade com o som das palavras e, em conseqüência com a sua soletração, escrita deficiente (com trocas, omissões, junção e aglutinação de fonemas), dificuldade na associação de um som ao símbolo, dificuldade com a rima e aliterações, dificuldades em estabelecer relações, dificuldades para a organização sequencial, dificuldade em nomear (objetos, tarefas, etc.), dificuldade em organizar-se (no tempo, espaço e direção), dificuldade em organizar suas tarefas, dificuldade em cálculos mentais, dificuldade de memorização (de mensagens, número de telefone), dificuldade de efetuar anotações ou efetuar tarefa que sobrecarregue a memória imediata, desconforto ao tomar notas e/ou relutância para escrever, persistência no mesmo erro, mesmo com ajuda profissional.

Para a Associação Brasileira de Dislexia, as características das pessoas com Dislexia apresenta em três fases de desenvolvimento sendo elas: 1- Na Pré-Escola as características são: Imaturidade no trato com outras crianças, Fraco desenvolvimento da atenção, Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem, Atraso no desenvolvimento visual, Dificuldade em aprender rimas e canções, Fraco desenvolvimento da coordenação motora, Dificuldade com quebra-cabeça, Falta de interesse por livros e impressos; 2- Na Idade Escolar a criança apresenta dificuldade na aquisição e automação da leitura e escrita, Pobre conhecimento de rima e aliteração, Desatenção e dispersão, Dificuldade em copiar de livros ou da lousa, Dificuldade na coordenação motora fina e/ou grosso, Desorganização geral, Dificuldades visuais, Confusão entre direita e esquerda, Dificuldade em manusear mapas, dicionários e listas telefônicas, Vocabulário pobre com sentenças curtas e imaturas ou sentenças longas vagas, Dificuldade na memória de curto prazo, como instruções, recados, Dificuldades em decorar sequência como meses do ano, alfabeto, Dificuldade na matemática e desenho geométrico, Problema de conduta como:

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