MOTIVAÇÃO E APÁTIA NOS ALUNOS DAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Por: Hugo.bassi • 16/3/2018 • 9.907 Palavras (40 Páginas) • 478 Visualizações
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CAPÍTULO IV – APRECIANDO E ENTENDENDO A MOTIVAÇÃO PARA UM NOVO CAMINHO .....................................................................................................................32
CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................38
REFERÊNCIAS.............................................................................................................40
INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa, em última análise, apontar caminhos, sugerir princípios e ações que possam orientar a prática do docente no tocante à motivação dos alunos. Queremos contribuir para que o professor ou professores encontrem soluções para a apatia, muitas vezes constatada, inclusive nas crianças das séries iniciais.
Uma queixa que ocorre na maioria dos encontros de professores é: “os alunos não têm interesse em aprender o que queremos ensinar”. Esse fato afeta diretamente professores e alunos em função das áreas de estudo, dos níveis do sistema educacional e das características socioculturais de quem aprende.
Neste estudo objetivamos investigar e analisar o problema que os professores enfrentam em sala de aula com mais frequência: a falta de motivação dos alunos.
Para que os professores consiga atingir os objetivos de aprendizagem, deverá propor tarefas, responder às demandas dos alunos, avaliar a aprendizagem e exercer o controle e a autoridade, criando ambientes que afetam a motivação e aprendizagem.
Para criar ambientes facilitadores da motivação para aprender, os professores devem adotar alguns métodos que podem ajudar e melhorar a aprendizagem. No começo de aula, como condição necessária para motivar seus alunos e aprender, o professor deve atrair sua atenção despertando sua curiosidade e interesse, mostrando a importância do que vão aprender.
Quando deparamos com alunos pouco motivados, tendemos a pensar que talvez não lhes interesse o que ensinamos porque não entendem. Procurei mostrar nesse trabalho a importância de se preparar os alunos para que desenvolvam uma autossuficiência, sejam mais participativos e, assim, tenham uma aprendizagem significativa, para atuar ativamente na sociedade, sem exclusão.
A motivação consiste em apresentar a alguém estímulos e incentivos que lhe favoreçam determinado tipo de conduta. Em sentido didático, consiste em oferecer ao aluno os estímulos e incentivos apropriados para tornar a aprendizagem mais eficaz.
Com relação ao professor, convém lembrar que ele atua não só pelo que diz e faz, mas pelo que ele é como um todo. O ato pedagógico não pode ser simplesmente o ato de uma incitação intelectual ao conhecimento; é também uma forte relação afetiva entre professor e os alunos, relação afetiva que deve ser vivida com todas as dificuldades que pressupõe. A criança vive uma ansiedade, uma angústia muito profunda na busca do desenvolvimento, do seu desabrochamento e, se a classe não lhe proporciona uma segurança, um encorajamento, uma confiança, se torna para ela o lugar de projeção das dificuldades familiares, em vez de ser o lugar de educação pelo menos parcial ou de compensação, a comunicação não se estabelece, o que traduzirá um malogro para a cultura.
Para a educação realmente acontecer, professores e alunos precisam querer, ter vontade, pois a vontade impulsiona a ação. Quando se quer aprender, e se quer ensinar, esse processo ocorre com mais facilidade, pois há a vontade, o desejo. Para motivar os alunos , o professor deve buscar estratégias, metodologias de trabalho que correspondam ao interesse deles. Esta é a questão: descobrir o que o aluno sabe o que precisa saber o que quer saber e como ele quer saber. E assim estimular o aluno para que ele se sinta motivado a aprender. O professor deve trabalhar em suas aulas, temas que tenham relação com a realidade do aluno, com sua história de vida, respeitando seu contexto social e familiar. Temas que sejam do seu interesse, que façam parte do seu mundo. O aluno por sua vez, precisa se sentir capaz, amado e valorizado pelo professor.
CAPÍTULO I - APATIA X MOTIVAÇÃO – O CAMINHO PARA A APRENDIZAGEM
O presente trabalho visa, em última análise, apontar caminhos, sugerir princípios e ações que possam orientar a prática do docente no tocante à motivação de seus alunos. Queremos contribuir para que o professor – ou – professores encontre(m) soluções para a apatia, muitas vezes constatada, inclusive nas crianças das séries iniciais.
Pode-se afirmar que a aprendizagem acontece por um processo cognitivo imbuído de afetividade, relação e motivação. Assim, para aprender é imprescindível “poder” fazê-lo, o que faz referência às capacidades, aos conhecimentos, às estratégias e às destrezas necessárias, para isso é necessário “querer” fazê-lo, ter a disposição, a intenção e a motivação suficiente.
Para ter bons resultados acadêmicos, os alunos necessitam colocar tanta voluntariedade como habilidade, o que conduz à necessidade de integrar tanto os aspectos cognitivos como os motivacionais.
O desconhecimento do assunto motivação não pode ser alegado. Na literatura especializada em educação, este é dos aspectos mais enfocados. Não há livro de psicologia da aprendizagem, não há autor dedicado ao mister, que não dedique bons espaços de suas obras para o assunto. É claro que, em se tratando de um tema referente à ciência do homem, sempre haverá o que estudar e experimentar. Mas, inúmeras correntes têm proposto abordagens suficientes para convencer o mais cético a se preocupar com a motivação.
Há muito que os críticos da educação como, por exemplo, Paulo Freire vem apontando para esses problemas. Os professores por sua vez, vêm tentando utilizar técnicas diversificadas e diferentes procedimentos didáticos na tentativa de reverter o quadro de apatia. Mas o resultado não tem sido animadores, ou seja, mesmo empreendendo novas estratégias metodológicas o docente não tem conseguido melhorar o desempenho de seus alunos, uma vez que, estes continuam desmotivados, e muitas vezes, não realizam suas tarefas, não participam das atividades em grupo e nem sentem vontade de dizer por que mantêm este comportamento. E isso tudo, acaba acarretando o desânimo e a apatia dos alunos e também de muitos professores, que por sua vez não conseguem ver os seus objetivos atingidos.
De acordo com a nova LDB, o objetivo central da educação é formar cidadãos críticos
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