Formação Docente
Por: Sara • 6/11/2018 • 1.891 Palavras (8 Páginas) • 406 Visualizações
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Evidencia-se, a necessidade de conhecer melhor e entender mais profundamente o que de fato vem sendo realizado em termos de avaliação da aprendizagem em um contexto educativo e um projeto pedagógico compromissado com a formação de competências.
A EJA, como processo diferenciado em relação à educação de crianças, necessita de elementos diferenciados para atender às peculiaridades típicas desse processo, sendo que o mesmo deve acontecer com habilidades e competências por parte do professor para que o ensino se torne de qualidade, um dos maiores objetivos e metas da educação atual, assim como da educação de jovens e adultos.
4 FORMAÇÃO DO PROFESSOR DA EJA
Pensar na formação do professor de jovens e adultos, no atual contexto socioeconômico, político e cultural, exige uma avaliação e uma revisão da prática educativa e da formação inicial e continuada desses educadores, principalmente se considerarmos as especificidades e particularidades dos sujeitos/alunos e acima de tudo trabalhadores.
A formação dos professores como um processo continuo vai se constituindo ao longo dos percursos de histórias de vida pessoal e profissional, no entanto, faz-se necessário, que nesse percurso formativo, exista a intervenção de mediações competentes e institucionais de profissionais que possam sistematizar os conhecimentos, as habilidades e as experiências que vem sendo acumuladas historicamente pela humanidade, de modo que os jovens e adultos alunos trabalhadores possam se apropriar e fazer uso dos saberes sistematizados em suas práticas de letramentos cotidianas.
A formação de torna-se mais centrada e muito mais importante para que os espaços formativos se constituam como “organizações qualificadoras”, ao propiciarem as condições de participação, de diálogo, de negociação e de intervenção contemplando a modalidade EJA.
Todavia, atingir tal meta subordina-se à construção e implementação de alterações nas metodologias de ensino e nas estratégias pedagógicas, bem como a redefinição e ressignificação das atividades avaliativas.
De acordo com Soares (2005, p.129 apud ANZORENA; BENEVENUTTI 2013, p.154), “[...] a questão da profissionalização do educador de adultos tem se tornado cada vez mais nuclear nas praticas educativas e nas discussões teóricas da área”.
A formação continuada do professor de jovens e adultos precisa passar por uma reelaboração onde devem ser incorporados diferentes e diversificados tecnologias constituindo novas metodologias e materiais didáticos para o aprendizado da turma de jovens e adultos.
O educador que trabalha com a educação de jovens e adultos não possui formação adequada para atuar nessa modalidade de ensino. Dessa forma, o professor deve estar sempre buscando novas técnicas, aperfeiçoando seu trabalho e revendo seus conceitos, ou seja, ele mesmo buscar e continuar sua própria formação para poder dar o melhor aos seus educandos.
A qualificação dos profissionais da EJA se faz necessária, uma vez que é fundamental que o professor esteja bem preparado. Assim, a formação continuada se faz importante, pois através dela o educador tem a oportunidade de repensar a sua prática, tornando-se um processo capaz de melhorar a qualidade de ensino.
"Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão da prática". (FREIRE, 1997, 58).
Aprender ao longo da vida deve ser aplicado não somente aos alunos, mas também aos professores de educação de jovens e adultos, uma vez que a sociedade está em constante mudança, faz-se necessário que todos busquem o progresso e as informações necessárias para suprir as necessidades dos seus.
O educador deve levar em consideração que a busca de novos saberes e novas técnicas tem que ser de certa forma prioridade no seu método de ensino, pois esse saber implica em estar a par das discussões e da realidade da turma.
5 ANÁLISE DOS DADOS
A capacitação foi feita de modo breve, seguido por uma dinâmica apresentada durante uma socialização em sala de aula, para a tutor e para as acadêmicas do curso de pedagogia.
Foi feita uma aula prática, com a finalidade de representar como funciona a educação da EJA no cotidiano, de acordo com a realidade de cada turma. Construímos também uma dinâmica baseada na maneira de aprendizagem e de como o professor da EJA aproveita as especificidades dos alunos para deixar as aulas contextualizadas e de fácil entendimento de todos, para que o resultado final seja proveitoso e muito produtivo.
Infelizmente não tivemos a oportunidade de atuar em uma sala da EJA, mas pudemos adquirir conhecimento através dos livros, vídeos para contribuir com a turma o conhecimento adquirido com a pesquisa.
É possível dizer que EJA é uma modalidade de ensino que contempla a jovens e adultos que não puderam concluir o ensino fundamental e médio e muito menos a chegar a uma universidade, no período chamado correto, ou seja, estudar e da continuidade quando criança.
Vários são os fatores que levam essas pessoas a desistir do estudo, onde acarreta a denominada evasão escolar, e atualmente muitos são os sujeitos que compõem a EJA sendo jovens, adultos e idosos fazem parte agricultores, indígenas, quilombola, ciganos e etc.
O papel do professor diante de uma sala de aula EJA primeiramente é saber respeitar os alunos, encorajando-os a seguirem em frente lembrando sempre que ali se encontram adultos e não crianças, e que o agir pedagógico do professor venha a contemplar cada um, de acordo com seu conhecimento, pois cada um já traz um conhecimento de mundo, e jamais infantilizar a turma, pois com esta atitude acaba constrangendo e assim afastando-os novamente.
Podemos também nos reportar aos estudos, conhecimento e principalmente as experiências deixadas por Paulo Freire, que em meado de 1960 buscou a criação de um método de alfabetização que transcendesse os métodos da atualidade, onde eram utilizadas as cartilhas, próprio para o ensino de crianças.
Paulo Freire com seu método inovador, em 1963 conseguiu alfabetizar 300 adultos em um mês, onde se estruturava em 3 etapas: investigação, tematização e problematizarão.
O alcance para o sucesso foi buscar na realidade de seus alunos, e dali foi possível promover a alfabetização.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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