FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEORICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III
Por: eduardamaia17 • 8/2/2018 • 1.652 Palavras (7 Páginas) • 440 Visualizações
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E, explicando de uma maneira mais singela, vejo como Pedagogia Emancipatória o próprio processo de crescimento, que leva em consideração os conhecimentos prévios, correlaciona com o meio e produz sujeitos capazes e donos do seu saber e destino.
- PEDAGOGIA DA AJUDA E O TRABALHO NO CRAS
Para a assistente social e coordenadora do CRAS, este equipamento deveria ofertar ações que viessem de encontro ao que ela havia estudado, onde deve ser despertado no sujeito o desenvolvimento de suas habilidades e potencialidades para que ele seja um ser proativo dentro de seu grupo familiar, bem como dentro da sociedade na qual ele está inserido, porém, o que ela encontrou foi aquilo que ela acreditava não mais fosse o perfil do usuário de um CRAS, que busca o serviço, ainda embasado na Pedagogia da Ajuda, a tanto tempo discutida e com pretensões de ser superada na atualidade.
Com isso ela verificou que era necessário mudar a concepção deste trabalho, tanto para os usuários quanto para a equipe, e isto se dá através do conhecimento dos direitos e deveres de cada um, e propondo-se uma construção metodológica que venha a atender os anseios tanto dos usuários, quanto dos técnicos que precisam colocar em prática este processo de crescimento pessoal e social de todos os envolvidos.
- PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PROFISSIONAL
Acreditamos que a pior parte para desempenharmos nosso papel de técnico de um CRAS, ou qualquer outro equipamento da assistência social, é despir-se dos tabus que nós profissionais trazemos, para que possamos fazer uma análise totalmente impessoal para nossos usuários, como nos coloca o Código de Ética do Assistente Social: “Art. 4º O assistente social no desempenho das tarefas inerentes a sua profissão deve respeitar a dignidade da pessoa humana que, por sua natureza é um ser inteligente e livre.”
Este deve ser o primeiro passo para o crescimento e efetivação do trabalho, pois trazemos conosco, preconceitos advindos da época em que a Pedagogia da Ajuda imperava, onde era dado “esmolas” para o necessitados, e estes contentavam-se com aquilo que lhes era dado como se eles fossem sujeitos que somente “mereciam”, as sobras dos outros.
Realizavam julgamentos antes de ajudar, pois davam somente para aqueles que mereciam, e não para todos os que precisavam. O “merecer”, é muito relativo. Pois, como pode uma pessoa que não tem nem o “direito da escuta” para saciar a necessidade daquele momento, merecer o recebimento de algum outro tipo de ajuda?
Necessitamos então mudar nossa visão e disponibilizar tempo para ouvir nosso usuário, estar disponível para perceber quais são realmente as necessidades daqueles que buscam o serviço, e auxiliá-lo a compreender que ele tem direitos assegurados tanto na Constituição Federal, quanto na Declaração do Direitos Humanos e estes direitos precisam ser respeitados por todos, e a partir daí construir um processo gradativo de crescimento pessoal, familiar e social, onde todos os indivíduos são respeitados como seres sociais capazes de conduzir suas próprias vidas independente do lugar onde vivem, e que ninguém é melhor ou pior do que ninguém e todos tem os mesmos direitos perante a lei.
Levando-se o apontado como discurso para a usuária Srª Florinda, auxiliá-la na compreensão dos direitos básicos do Cidadão, embasados no artigo 5º da Constituição Federal de 1988:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade:
Também é necessário fazê-la perceber que como pais, tem responsabilidade para com os filhos, dentre elas o de educar e acompanhar, como previsto no ECA, em seu Art. 4º:
É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Para tanto de posse desses conhecimentos é preciso, que os indivíduos sejam encaminhados para obtenção de seus direitos de acesso a educação, a saúde e direitos sociais, onde cada integrante do grupo familiar irá acessar aquilo que atenderá aos seus anseios momentâneos e futuros, buscando inseri-los no mercado de trabalho e deixando de ver as políticas de transferência de renda, como o Programa Bolsa família, não como um fim para sua vida tornando-se dependentes dele para sua sobrevivência, mas como um meio de facilitar o seu acesso as demais políticas públicas de apoio às famílias em vulnerabilidade social e pessoal.
A partir deste processo de aprendizagem e crescimento pessoal o usuário será capaz de recuperar sua autoestima, e tornar-se dono do seu próprio destino, inclusive sabendo como orientar adequadamente seus filhos para que valorizem a educação como meio para o sucesso pessoal e profissional em sua vida adulta.
Porém vê-se este como o mais sério desafio da profissão de assistente social, pois as pessoas estão em situação de vulnerabilidade estão tão acostumadas com a política do assistencialismo que vêem de maneira distorcida o fato de que é necessário um engajamento de todos do grupo familiar para que haja um crescimento verdadeiro em sua condição de cidadão, inclusive no fato de que eles não se vêem capazes de conseguir esta mudança e precisam constantemente ser estimulados a não desistir de seus propósitos de vida que são construídos ao longo do processo.
E, os profissionais necessitam estar constantemente se reatualizando para que este tenha subsídios suficientes para proporcionar a motivação ao usuário, o que muitas vezes não é visto como necessário pelos gestores do serviço.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CÓDIGO
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