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Educação de Jovens e Adultos

Por:   •  28/2/2018  •  2.362 Palavras (10 Páginas)  •  301 Visualizações

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em Direito, mas abandonou a advocacia logo na primeira causa.

O método de Paulo Freire nasceu em 1962, onde propôs que os processos metodológicos para a alfabetização de adultos vá além das técnicas e centrem-se em elementos de conscientização. Ele criticava o sistema tradicional da educação, o qual ensinava a leitura e escrita em forma de cartilha, onde predominava a repetição de palavras soltas ou de frases criadas de forma forçada. Esse sistema foi criado para que atendesse as necessidades concretas da sociedade, para isto elaborou uma proposta para a conscientização de alfabetização de adultos, cujo causa básica era a leitura do mundo e as experiências do educando, desta forma sua proposta de alfabetização partiam da realidade de vida do aluno para o aprendizado da técnica de ler e escrever, um método bastante interessante e estimulante independente ao nível de escolaridade.

O método Paulo Freire chamava a atenção dos educadores e políticos da época, pois seu método acelerava o processo de alfabetização de adultos e tinha como ponto fundamental as palavras geradoras (palavra que esteja presente no cotidiano do aluno), sendo assim podemos dizer que seu método consiste em três etapas: Etapas de investigação – busca das palavras mais significativas para os alunos (palavras geradoras); Etapa de Tematização – seleção dos temas geradores e palavras geradoras e Etapa de Problematização – busca por uma visão crítica do mundo.

Em janeiro de 1964 foi aprovado o Plano Nacional de Alfabetização, que previa a disseminação por todo o Brasil de Programas de Alfabetização de Paulo Freire.

A alfabetização e a educação de adultos deveriam partir sempre de um exame crítico da realidade existencial dos educandos, da identificação das origens de seus problemas e das possibilidades de resolvê-los. “Uma educação que lhe propiciasse a reflexão sobre seu próprio poder de refletir e que tivesse sua instrumentalidade, por isso mesmo, no desenvolvimento desse poder, na explicitação de suas potencialidades, de que decorreria sua capacidade de opção”. (FREIRE, 1985, p.59). Em outras palavras, uma educação que tratasse de ajudar o homem brasileiro em sua emersão e o inserisse criticamente no seu processo histórico. “Educação que por isso mesmo libertasse pela conscientização”. (FREIRE, 1986, p.66).

A preocupação de Freire era buscar a realidade do aluno, que ele fosse sujeito de sua aprendizagem e que fosse capaz de buscar conhecimento para enfrentar seus problemas, torna-se cidadão ativo na sociedade para conhecer o mundo em que vive. Não podemos imaginar e aluno como um ser vazio que deve ser preenchido pelo professor, mas um ser consciente que precisa ser transformado, levando em conta sua origem e cultura.

E Hoje em dia, ainda é muito grande o número de analfabetos no Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), realizada pelo IBGE em 2014, aponta que o percentual de pessoas analfabetas no Brasil é de 8,3%, esse percentual vem diminuindo a cada ano, mas ainda é muito alto. Então a EJA está aqui justamente para erradicar o analfabetismo, no entanto, alfabetizar-se é somente a primeira parte do processo. Não se pode pensar que só a alfabetização garante espaço social do educando, ele necessita é de atualização com o contexto social em que vive e faz parte. E para isso é preciso que o educador faça essa mediação, porque em sala de aula os dois lados aprendem juntos, um com outro, no qual, é necessário a comunição entre eles, garantindo a todos a possibilidade de se expressar. O conhecimento não é individual, mas coletivo.

Andragogia

Andragogia é a arte e ciência de auxiliar o adulto a aprender. Ela busca compreender o aluno considerando os aspectos psicológicos, biológicos e sociais. O modelo andragógico baseia-se em seis princípios:

- Necessidade em saber: os adultos precisam saber por que aprender algo antes de começar a pendê-lo.

- O autoconceito do aprendiz: os adultos possuem um autoconceito de serem responsáveis pelas suas próprias decisões, eles precisam entender como é ser aluno;

- O papel das experiências: as experiências devem ser à base do aprendizado.

- Prontidão para aprender: o aprendizado deve está em conexão com as experiências dos adultos, para ser tornar claro pra que aprender certa coisa.

Orientação para aprendizagem: os adultos são motivados a aprender conforme percebem que a aprendizagem os ajudará a executar tarefas ou lidar com problemas que vivenciam em sua vida.

Motivação: motivar o aluno a crescer e se desenvolver.

Plano de aula

Tema: Leitura para as crianças

Área de conhecimento: Literatura

Justificativa: Oferecer aos alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) a possibilidade de serem leitores de narrativas para crianças.

Objetivos:

- compartilhar com o ouvinte os efeitos que os textos produzem;

- estimular e desenvolver a leitura;

- relacionar o texto com outros conhecidos;

- identificar recursos linguísticos no texto;

- desenvolver a interpretação de textos;

- adequar a modalidade de leitura aos propósitos que se perseguem;

- desenvolvimento da dramatização;

- comparar com outros textos do gênero, outras versões, outros autores e personagens.

Habilidades e Competências:

- narrar histórias, inventando-as ou reproduzindo-as, mantendo a organização do pensamento;

- perceber as diferenças que caracteriza a fala formal e a fala informal;

- utilizar a oralidade como forma de interação social.

Situações didáticas ou Conteúdos:

1º passo: o professor deverá fazer uma breve introdução sobre o motivo desse plano de aula. Introduzir que a prática da leitura pode criar novos mundos e promover a aventura literária

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