Contribuições de Rosseau na Pedagogia
Por: Juliana2017 • 8/12/2017 • 1.844 Palavras (8 Páginas) • 301 Visualizações
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“Discurso sobre a origem da desigualdade – Rousseau”
Assim, por "pacto social" de Rousseau defendida por seus antecessores é um pacto social falso naquele lugar indivíduos sobre os títulos, estabelecendo a diferença entre homens, entre ricos e pobres, fortes e fracos.
Mesmo criticando as conquistas da civilização e dizendo que os homens são aperfeiçoados apenas para o mal - e, portanto, - Rousseau estava preocupado com a preparação de bases para a formatação de um "homem ideal" e um modelo de sociedade, que servirá como base para a não menos do que os princípios da democracia moderna. É para recuperar o natural de longa perdido pela corrupção do ser humano fornecida pelos males criados pela sociedade.
Contrato Social
Para Rousseau, o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe. Da mesma forma, o homem nasce livre, mas encontra-se acorrentado por fatores tais como sua própria vaidade. O indivíduo se tornaria escravo de suas próprias necessidades e daqueles ao seu redor, o isso, em certo sentido refere-se a uma preocupação constante para o mundo das aparências, o orgulho, a busca de reconhecimento e status. Ainda assim, ele acreditava que seria possível pensar em uma sociedade ideal.
A questão que se colocava era: como preservar a liberdade natural do homem e ao mesmo tempo garantir a segurança e o bem-estar da sociedade? De acordo com Rousseau, seria possível através de um contrato social, por meio do qual prevaleceria a soberania da sociedade, a soberania política da vontade coletiva.
Rousseau percebeu que a busca pelo bem-estar seria o único móvel de ações humanas e ao mesmo, em certos momentos o interesse comum poderia tornar o indivíduo que contar com a ajuda de seus colegas homens. Por outro lado, em outros momentos, a concorrência poderia causar todos desconfiava de tudo. Assim, este contrato social seria necessário para definir a questão da igualdade de todos, o empenho de todos. Por um lado, o indivíduo vai se relacionar com a vontade particular, a vontade do cidadão (aquele que vive em sociedade e está ciente disso) deve ser coletiva, deve haver um interesse no bem comum.
Um ponto chave em seu trabalho é a alegação de que a propriedade privada seria a origem da desigualdade entre os homens, pois alguns teriam usurpado outros.
Daí a importância do contrato social, os homens, após terem perdido sua liberdade natural, precisariam ganhar em troca a liberdade civil, sendo o contrato um mecanismo para isso.
“Adulto em miniatura”
Rousseau viveu em uma época que predominava o renascentismo, ou seja, tudo que era decidido, regras e leis eram baseadas na razão humana, a educação por exemplo, consistia basicamente na repetição e memorização de conteúdo, imitação dos adultos, domínio de livros e formas. Por esse motivo as crianças eram vistas como um adulto em miniatura.
Segundo Paul Stratern “antes dele, as crianças eram usualmente tratadas como se fossem ignorantes e ingovernáveis adultos em miniatura. Durante sua imaturidade, eram simplesmente entregues às mãos de uma empregada ou de uma babá.
Essa pessoa era, com frequência, uma camponesa, também vista como um tipo grosseiro de criança grande. Na presença de verdadeiros adultos, esperava-se que o adulto nanico macaqueasse as maneiras dos mais velhos. Comportamentos “infantis” (tais como os que Rousseau conhecia muito bem) eram simplesmente inaceitáveis. Havia pouca ou nenhuma compreensão do que significava ser uma criança.
“Verdadeira natureza”
Rousseau, se opôs a lei da razão, que limitava o desenvolvimento humano, e apresentou uma proposta que valoriza a liberdade.
Deste modo, preconizando a educação conforme a natureza, Rousseau quer que o homem seja educado para si mesmo. Com suas ideias conseguiu fazer com que a educação fosse repensada, considerando uma nova forma de compreender a infância, a adolescência e a fase adulta.
Conforme seu entendimento, até os 12 anos o ser humano é praticamente só sentidos, emoções e corpo físico, enquanto a razão ainda se forma. Liberdade não significa a realização de seus impulsos e desejos, mas uma dependência das coisas (em oposição à dependência da vontade dos adultos).
"Vosso filho nada deve obter porque pede, mas porque precisa, nem fazer nada por obediência, mas por necessidade." (ROUSSEAU, p.72, Emílio ou Da Educação)
Emílio
Em 1762, Jean-Jacques Rousseau publicou Emilio ou Da Educação, esta obra revolucionou a pedagogia e serviu de alicerce para novas teorias que surgiram nos séculos posteriores.
Segundo Paul Strathern, “trata-se, em parte, de uma novela descrevendo como o filho de um homem rico é educado por seu preceptor. A narrativa é interrompida por longas digressões sobre como essa educação deve ser conduzida, junto com reflexões filosóficas sobre a essência da natureza de nossa humanidade.”
De acordo com Rousseau, em seus primeiros estágios, a criança não tem qualquer concepção de bem e mal. Esta lhe é imposta por forças externas. O Emílio mostra como o preceptor deve fazer tudo o que estiver a seu alcance para se opor a tais forças. Sua meta deve ser encorajar a natureza da criança, em vez de impedi-la.
Contribuição de Rousseau a educação moderna
A educação de Rousseau é um processo natural e não artificial. Deste modo, o desenvolvimento natural da criança deve ser respeitado, não obrigando a criança a aprender coisas de adultos. Cada etapa do desenvolvimento humano deve ser vista de acordo com o que estabelece sua própria natureza.
A seguinte frase de Rousseau se encaixa perfeitamente nesta concepção “Que mania a de um ser tão passageiro como o homem sempre olhar para longe, num futuro que vem tão raramente, e desdenhar o presente de que tem certeza!” (ROUSSEAU, 2004, p.78).
Com isso observamos a importância de educar o homem conforme a natureza, para que ele tenha a educação que lhe convém.
Em sua obra Rousseau preconiza uma educação sem interferência externa, ou seja, regras e comportamentos predefinidos que influenciem o desenvolvimento natural do homem. Rousseau propôs serem trabalhados com as crianças: o brinquedo, o esporte, agricultura, o uso de instrumentos de variados ofícios: linguagem, canto, aritmética
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