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Como o professor é visto em nosso País?

Por:   •  30/10/2018  •  2.189 Palavras (9 Páginas)  •  261 Visualizações

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A mudança dessa mentalidade é "fundamental", diz Louzano, 2013. "A docência é uma das profissões mais complexas de se fazer bem-feito, de ensinar 40 alunos de uma mesma sala com demandas e históricos diferentes."

Sendo assim, está o professor que permanece sem ação e sujeito a crianças e adolescentes mais agressivos e sem respeito, isso por que esses podem se referir ao educador com palavras de baixo calão, ameaças e xingamento, pois são “protegidos” pelo Estatuto da Criança – ECA. Esta humilhação do profissional é feita por parte de alunos, pais e patrões e isto ocorre tanto em escolas particulares como em escola pública.

Após avanços e retrocessos perpassando as diferentes Leis de Diretrizes e Bases da educação Brasileira (LDB) 4024/61, 5692/71 e 9394/96, mesmo a Constituição Nacional de 1988, em vigor. Os avanços em relação ao papel e valorização do professor ainda são muito lentos. A função principal que traz o professor a escola deveria ser de mediador do conhecimento, porém existem outras demandas que o professor vem assumindo e, que deveriam ser atribuições da família e sociedade. O espaço de sala de aula tem sido alvo de ações que não são desempenhadas como se deveriam ser, pelas instituições públicas e pelos familiares, tais como: resolver problemas de violência doméstica, de saúde, de higiene e, mesmo ter contato com frustrações, limites e valores necessários para a convivência tanto no núcleo familiar quanto social. Estas demandas pressionam o professor a resolverem problemas em quatro horas semanais e, na maioria das vezes, sem recursos humanos com qualificação ou se quer uma equipe de apoio na escola.

A presença do professor na sociedade é conhecida há muito tempo. Porém, seu reconhecimento enquanto profissão e sua valorização social ainda tem muito que avançar.

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Como o professor pode trabalhar para a formação de uma escola que auxilie na formação de um cidadão mais ético e político?

Segundo Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, “Ética é o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto”.

Atualmente um dos desafios da escola é contribuir para a formação moral e ética dos nossos alunos. É muito importante que nos espaços educativos, seja construída e problematizada a participação do indivíduo na vida pública, para que este tenha consciência da realidade que vive. A ideia de participação social precisa ser permanentemente construída. O trabalho educacional precisa estar nas ações cotidianas e fazer parte dos objetivos de aprendizagem.

O professorado, diante das novas realidades e da complexidade dos saberes envolvidos presentemente na sua formação profissional, precisaria da sua formação teórica mais aprofundada, capacidade operativa nas exigências da profissão, propósitos éticos para lidar com a diversidade cultural e a diferença, além, obviamente, da indispensável correção nos salários, nas condições de trabalho e de exercício profissional. (LIBANEO, 2000, p.77).

O professor deve estar consciente da importância do seu papel como profissional da educação, visto que ele é o alicerce para o desenvolvimento da personalidade e dos valores ligados à cidadania dos seus alunos.

Através da educação na escola, cabe ao professor instruir o aluno a pensar e questionar sobre a sociedade em que atua, fazendo isto por meio de leitura de textos, apresentação de dilemas morais, incentivando a participação do estudante na vida coletiva e trabalhos voluntários, entre outras atividades.

Ao professor caberá também dirigir estas atividades para que tenham sempre um caráter formativo, e não moralizador. O ideal é que a equipe pedagógica trabalhe junto para que ampliem as possibilidades de reflexão e ação dos alunos dentro e fora do contexto escolar. Porém o mais importante é assegurar o princípio ético que rege essas práticas, garantindo que a escola, enquanto instituição socializadora, forme cidadãos comprometidos com a elucidação dos problemas do mundo e com soluções que busquem uma vida boa, digna e justa para todos.

Segundo Laura Bianca, Margaret Maria Schroeder e Maria Letizia Mecking, 2006, atitudes simples no dia a dia do professor são demonstrações de ética profissional e consequentemente, são refletidas nas atitudes dos alunos, como: o respeito com as pessoas independentemente da cor, sexo, religião, idade, tratar assuntos relativos aos alunos com discrição, manter sigilo quando se tratar de assuntos que exponham os alunos a situações constrangedoras e manter coerência nas suas atitudes com os alunos.

Afinal, as crianças de hoje serão os futuros políticos, donos de escolas, diretores, gestores de amanhã, entre outros. Assim sendo, se conscientizados por seus professores a agirem com ética e moral, poderão ter através de suas ações consequências positivas em suas vidas. Mas para isso é necessário preparar cidadãos que saibam pensar, questionar, raciocinar, duvidar, para assim poder construir seus próprios conceitos e conhecimentos.

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O que a sociedade e o Estado podem fazer definitivamente para valorizar o trabalho do professor?

Falar em valorização do professor é assunto bastante complexo, pois em primeiro lugar quem precisa valorizar o professor é o próprio professor. É importante que este profissional se valorize e se sinta valorizado pela sociedade.

Os professores nunca viram seu conhecimento específico devidamente reconhecido. Mesmo quando se insiste na importância da sua missão, a tendência é sempre para considerar que lhes basta dominarem bem a matéria que ensinam e possuírem um certo jeito para comunicar e par lidar com os alunos. O resto é dispensável. Tais posições conduzem a, inevitavelmente ao desprestígio da profissão, cujo o saber não tem qualquer valor de troca de mercado. (NOVOA, 2006 p.33)

Na realidade muitos professores são desvalorizados, por deter somente conhecimento, porém o que lhe falta é a transposição didática, o professor precisa saber-fazer para que o aluno possa internalizar os conteúdos, desde que sejam significativos para o mesmo.

Para a professora Marli André, da PUC-SP, a equação da valorização docente envolve: salário inicial atraente, bons planos de carreira, formação inicial e continuada e boas condições de trabalho são fundamentais,

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