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Análise do filme a Origem

Por:   •  19/12/2018  •  1.226 Palavras (5 Páginas)  •  255 Visualizações

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quando elas ficavam confusas, elas se baseavam no objeto escolhido, que no caso foi o totem, como uma forma de proteção.

Segundo Saussure, os signos, inerentes ao mundo da representação, são constituídos por um significante, sua parte material, e pelo significado, sua esfera conceitual, mental. No filme, isso é visto principalmente nas cenas em que a água serve como uma forma de “acordar” a pessoa do sonho levando-a para a realidade. Uma das últimas cenas, que mostra o limbo, onde a pessoa pode ficar presa e 1 minuto na realidade pode equivaler a 10 anos no sonho, mostra a sincronia. Na cena em que Cobb vê os filhos de costas, pode-se dizer que aquilo era uma lembrança, uma imagem que não se unia a uma palavra, mas sim a um desejo do protagonista de estar com os filhos, nisto está presente a conotação, onde liga o desejo de estar com os filhos mantendo um vínculo direto com objetos da realidade, porém, ainda no sonho, pois é apenas um desejo que ainda não tinha como ter sido concretizado. Mal, esposa de Cobb, representa a dualidade do próprio, dividido em querer a realidade, mas também de viver no mundo dos sonhos por conta dela, e isto pode ser classificado como signo.

Foucault retrata que discurso não é apenas fala, é o sentido que existe por trás de cada coisa. Assim, no filme, se observa que essa ideia das pessoas dividindo um espaço de sonho se centraliza num significado por trás de apenas invadir sonhos, trata-se de mais, trata-se de construções tanto sociais, quanto ideológica. Dentro da formação discursiva há redes de memória e trajetos sociais de sentido, formando identidades, isto pode ser visto na cena em que precisa montar uma equipe e ter cada pessoa com uma função para assim se concluir o objetivo de captar as informações dentro dos sonhos. Isto é organização, isto é produção, tendo uma posição heterogênea, dividindo-se em campos de saberes. E essa equipe formada por um ladrão especializado, uma arquiteta, armador, falsificador, químico e diversas pessoas com funções diferentes formam uma memória coletiva.

Destarte, o filme “A Origem” tem uma grande riqueza de conhecimento semiótico, constituindo-se como uma grande semiose no qual se percebe como se dá o processo de apreensão do signo e como se é levado a elaborar determinados pensamentos. E nele há um jogo de representações que transforma uma grande realidade no aspecto de semiótica. O filme leva as pessoas a pensarem e se questionarem se tudo não passa de um sonho interminável, ou de onde realmente começa o sonho, o que é realidade, e quando é o subconsciente agindo. Finalmente levando a pensar na realidade que as cerca, para ajuda-las a entenderem como este mundo funciona, o que há por trás de cada detalhe e como identificar uma realidade, além de reconstruir a visão de muitos que assistem no âmbito dos significados e significantes.

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