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AVALIAÇÃO DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM

Por:   •  20/11/2018  •  4.308 Palavras (18 Páginas)  •  268 Visualizações

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Compreendida dessa forma, requer a afinação com uma concepção pedagógica comprometida com o social. Torna-se um instrumento auxiliar da aprendizagem, que possibilita a compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista a tomada de decisões acerca desse processo. Proporciona, também, um diagnóstico da situação, fornecendo dados aos professores e alunos, visando à definição de encaminhamentos adequados que assegurem a superação da defasagem e a real aprendizagem do aluno. Segundo Lukesi (2005), a avaliação diagnóstica implica dois princípios: diagnostica e decidir. O primeiro passo é diagnosticar, que significa discernir ou distinguir uma coisa de outras ou conhecer algo por meio de dados. Diagnosticar envolve constatação, ou seja, levantar dados sobre determinado objeto. Envolve ainda, qualificação que é a atribuição de qualidade sobre determinado objeto, isto é, qualidades positivas e negativas ou satisfatória o insatisfatória. Porém, a qualificação perpassa por um padrão. Se qualifica algo a partir de um padrão ou de critérios estabelecidos que define a qualidade desejada de um determinado objeto. No ato de avaliar, o professor necessita primeiramente conhecer o que o aluno aprendeu, deixou de aprender ou precisa aprender sobre determinado conteúdo, fazendo assim, a constatação. Em seguida, faz a qualificação, ou seja, compara com as características desejadas, a partir de critérios já existentes. Na escola, esse diagnóstico é feito por meio dos instrumentos de aprendizagem. Feito o diagnóstico o segundo passo é uma tomada de decisão, que se entende à intervenção na realidade. Para Luckesi (2005, p. 46), “Diagnóstico, sem tomada de decisão, é um curso de ação avaliativa que não se completou”. Pode-se dizer que o professor diagnosticou o que o aluno aprendeu ou deixou de aprender, mas não interviu em sua realidade. Assim, de nada serviu o diagnóstico, a não ser conhecer o que o aluno não aprendeu.

Aprofunde seu conhecimento, lendo o texto “o que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem?” de Cirpriano Luckesi, disponível em:https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2511.pdf

Questão para reflexão: O que é a avaliação diagnóstica? Caracteriza-a.[pic 4]

Resumo:

Nessa webaula, discutimos o que é avaliação, considerando que envolve tomada de posição do professor. Apoiados em Luckesi, refletimos sobre avaliação diagnóstica e a diferença entre avaliar e verificar. Em muitas escolas, ainda encontramos a avaliação pautada em uma postura tradicional, na qual, apenas se efetiva a pedagogia do exame, configurando a realização apenas da verificação.

Referências

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1996.

______. Avaliação da Aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e recriando a prática. 2. Ed. rev. Salvador: Malabares Comunicação e Eventos, 2005.

______. Avaliação da aprendizagem: componente do ato pedagógico. 1. Ed. São Paulo: Cortez, 2011.

AVALIAÇÃO DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM

Sandra Regina dos Reis

Agora que estudou o conceito que avaliação, vamos caminhar em nossa aprendizagem, aprofundando um pouco o conceito de avaliação, com auxílio de outros autores.

Considerando a relação entre avaliação e construção do conhecimento, Hoffmann (1991, 1993, 2002) defende a prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A avaliação deve se fazer em movimento, num ir e vir, numa ação e reflexão, num processo contínuo, em que o professor está sempre acompanhando o aluno, observando-o e percebendo como se efetiva a construção do seu conhecimento. A avaliação compreende uma mediação que inclui movimento, através de relações dinâmicas e dialógicas, destituída de princípios coercitivos. Constitui um processo dinâmico, construído no dia-a-dia, cuja função não é só analisar os resultados do produto final obtido, mas investigar, problematizar e ampliar perspectivas, possibilitando o acompanhamento do desenvolvimento do aluno. Propõe a avaliação mediadora como investigativa do processo ensino-aprendizagem, devendo ser uma relação profissional entre professor e aluno, mediada pelo conteúdo e não pelo afetivo. A mediação tem como finalidade subsidiar, interagir, assessorar, instigar e complementar o "ainda" do aluno.

Para aprofundar seu conhecimento, leia o texto: “Avaliação entrevista com Jussara hoffman” disponível emhttp://www.dn.senai.br/competencia/src/contextualizacao/celia%20-%20avaliacao%20Jussara%20Hoffmam.pdf

O trabalho do professor é o de provocador e questionador dos erros, entendidos como tentativas de acertos, dos alunos, auxiliando-os na reconstrução do conhecimento. Reforça que é fundamental a tomada de consciência coletiva dos educadores sobre a prática, no sentido de superar a ação punitiva e o caráter de peridiocidade e terminalidade da avaliação. A avaliação precisa caminhar na direção de torná-la uma atividade de pesquisa e reflexão, na qual as possíveis soluções apresentadas pelos alunos conduzem ao diálogo sobre os seus erros, num movimento constante de provocação, onde há atuação recíproca dos envolvidos, visando a reelaboração do conhecimento pelo aluno. A avaliação mediadora pressupõe a conversão dos métodos tradicionais de avaliação em métodos investigativos, a interpretação das alternativas de solução do aluno (erros), o trabalho com tarefas intermediárias e sucessivas, a mudança nos registros burocráticos, e o compromisso com o processo ativo de construção do conhecimento do aluno, superando a memorização e privilegiando seu entendimento. O acompanhamento da aprendizagem é contínuo. A provocação é necessária ao processo de compreensão e, realizada por meio de questionamentos, de problematização, de desafios constantes ao aluno sobre situações que o levem a passagem da compreensão à produção. As atividades com fins avaliativos devem ser produzidas no dia a dia escolar e não em momentos específicos. A avaliação necessita ser voltar a conhecer para promover e não para julgar ou classificar o aluno, sendo que o professor acompanha o aluno, percorre o trajeto com ele, sente as dificuldades, apoia, conversa, sugere e orienta.

Conheça mais sobre avaliação, lendo o texto: “Avaliação Mediadora: Uma Relação Dialógica na Construção do Conhecimento”, de Jussara Hoffamnn, disponível

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