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ATPS DE EJA ( EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS )

Por:   •  3/12/2017  •  3.047 Palavras (13 Páginas)  •  405 Visualizações

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A formação da teoria e a prática dos professores são essenciais para o processo de atuação na EJA, para que articule teoria e prática num movimento político e social.

Quem foi Paulo Freire e a sua atuação na Alfabetização

Paulo Reglus Neves Freire, nascido em 19 de setembro de 1921 (Recife), e falecido em 2 de maio de 1997 (São Paulo), aos 75 anos de idade. Foi um grande educador brasileiro de tradição marxista, onde seu maior interesse era sempre a educação. Foi educador, pedagogista e filósofo. Foi um grande teórico e educador, ficou conhecido não só no Brasil, mas mundialmente por suas grandes obras que escreveu sempre ligada à alfabetização.

Ele era filho de Joaquim Temístocles Freire, que era capitão da Polícia Militar em Pernambuco, e de Edeltrudes Neves Freire, conhecida como Dona Tudinha, era irmão de Stela, de Armando e Temístocles. Sua irmã era professora do primário em seu Estado, seu irmão Armando foi funcionário da Prefeitura da Cidade de Recife abandonou os estudos sem mesmo concluir o ginásio e Temístocles entrou para o exército. Paulo Freire em uma entrevista fez agradecimentos emocionados aos seus irmãos, pelo grande ato deles terem ido trabalhar cedo para que Paulo se tornasse quem foi, tornou possível porque seus irmãos compreenderam e colaboraram com seus pais em despesas da casa.

Pertencia na época a uma família de classe média, porém em sua vida, na infância padeceu também de pobreza e fome, no período da depressão de 1929, o que para ele foi mais um degrau que ele subiu, pois partindo desta vivência que sofreu ele foi estimulado na criação de seu revolucionário método de alfabetização.

Através de sua total importância de que os mais desfavorecidos tivessem direito à alfabetização, foi que ele se tornou motivo de inspiração para professores de lugares mais pobres, como; América Latina e a África, onde a pobreza é um grande problema até os dias de hoje.

Por meio de seu grande talento e ligação total para a alfabetização sua maior conquista de público é voltada para os pedagogos, os cientistas sociais, teólogos e ainda para os militantes políticos, e quanto à política ele chamava sempre atenção para os partidos da esquerda.

Sua primeira experiência por meio de seu método inovador de alfabetização que foi adotado primeiramente pelo estado de Pernambuco, foi vivida por ele no Rio Grande do Norte no ano de 1963 quando ele ensinou 300 adultos a ler e escrever em 45 dias (eram cortadores de cana).

Na política ele fez parte do Partido dos Trabalhadores, onde foi Presidente da primeira Diretoria Executiva da Fundação Wilson Pinheiro, foi também Secretário de Educação da Prefeitura Municipal de São Paulo durante a gestão petista de Luíza Erundina (1989-1992).

Entrou para a Universidade de Recife em 1943, para cursar Faculdade de Direito, porém dedicou-se também aos estudos de filosofia da linguagem, mas nunca exerceu tais profissões, preferiu trabalhar em uma escola de segundo grau, onde ensinava língua portuguesa, onde conheceu e casou-se com uma colega de trabalho Elza Maia Costa de Oliveira no ano de 1944.

Durante o golpe militar, em 1964, Paulo Freire foi encarcerado como traidor por 70 dias, ficou exilado na Bolívia e trabalhou no Chile por cinco anos, onde ocorreu o Movimento de Reforma Agrária da Democracia Cristã e Organização das Nações Unidas para Agricultura e a Alimentação.

Foi então em 1967, quando esteve exilado no Chile, que publicou seu primeiro livro no Brasil; Educação como Prática da Liberdade, que foi fundamentado na tese Educação e Atualidade Brasileira, onde em 1959 levou ele a concorrer à cadeira de História e Filosofia da Educação na Escola de Belas Artes da Universidade do Recife.

Esteve como professor visitante convidado da Universidade de Harvard no ano de 1969. Morou em Genebra na Suíça onde trabalhou como consultor educacional do Conselho Mundial de Igrejas.

Em 1988, dois anos após o falecimento de sua esposa Elza, casou se novamente com a pernambucana Ana Maria Araújo, conhecida por “Nita”, que se conheciam desde a infância e também foi orientanda de Freire no programa de Mestrado da PUC-São Paulo, onde também ele foi professor.

Fundou em 1991 o Instituto Paulo Freire, em São Paulo, onde até hoje se mantém os arquivos do educador, é um local que também realizam se muitas atividades através do legado de Freire é um ambiente que vivencia os temas de educação brasileira e mundial.

Para Paulo Freire todo ato de educação é um ato político.

Criou um método muito conhecido de ensinar a ler e escrever, onde foi qualificado como o “Criador da Pedagogia do Oprimido, método de alfabetização de adultos” onde a notícia a primeira página do primeiro caderno do jornal, expondo-o ao título de “pedagogo que criou um método revolucionário de alfabetização de adultos” em -03/05/1997.

Seu método foi nomeado por “método Paulo freire de Alfabetização”. Mas ele criou muito mais, criou uma concepção de alfabetização, que para este era uma concepção de educação como prática da liberdade, a educação como conscientização, tudo isto citado foi ele o mentor.

Podemos dizer que ele deu um novo sentido para a alfabetização, criando novas concepções e metodologias de maneira inovadora a serem aplicadas.

Na página 119, parágrafo 3 do PLT 725-Alfabetização e Letramento (Magda Soares); conclui-se que não há nem um método novo de alfabetização, mas sim a concepção de alfabetização, que tem um papel fundamental de transformação juntamente com o material que utiliza para alfabetizar, enfim as relações sociais com que se alfabetiza, é aí que surge um método de ensino e alfabetização.

Para ele é importante que se haja uma cartilha regional para os alfabetizando, porque cada lugar possui uma cultura, maneira de se pronunciar as palavras e até escrevem diferente. Alfabetização não é apenas uma maneira de aprender a ler e escrever e assim se tornar alfabetizado, mas principalmente serve para que um indivíduo saísse de sua consciência ingênua e conquiste a posse de se tornar um ser de uma consciência críticas, ele chama essa superação de “promoção de ingenuidade em criticidade”.

Em sua concepção, o ambiente de aprendizagem não é uma simples sala de aula, mas o “Círculo de Cultura”, onde o alfabetizando não é um simples aluno, mas participante, e o alfabetizador não só professor e sim coordenador de debates,

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