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A importância do lúdico na aprendizagem infantil

Por:   •  4/6/2018  •  2.463 Palavras (10 Páginas)  •  415 Visualizações

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Vygotsky(1998), define a brincadeira como criadora de uma “zona de desenvolvimento proximal”, a mesma seria o caminho que a criança cursará para ampliar papéis que estão em processo de amadurecimento e serão consolidadas em um nível de desenvolvimento real. (Vygotsky, 1998, p. 117).

Vê –se então que o brincar não realiza apenas para satisfazer um momento, mas é também um grande aliado que o levará a construir seu sistema cognitivo futuro.

Levando esse raciocínio adiante: Gilda Rizzo (2001) diz o seguinte sobre o lúdico “… A atividade lúdica pode ser, portanto, um eficiente recurso aliado do educador, interessado no desenvolvimento da inteligência de seus alunos, quando mobiliza sua ação intelectual.” (p.40).

Ou seja, além de ser uma forma de aprendizagem diferenciada e significativa, tal pensamento nos expressa, a ficar atentos que o principal papel do docente é incitar o alunado à construção de novos conhecimentos, pois o mesmo aperfeiçoa suas estruturas cognitivas construindo assim, naturalmente estratégias que, o levarão a sentir desafiado e então a necessidade de produzir e apresentar soluções às situações-problemas estabelecidas pelo educador. Tornando-se um fator motivador na percepção e na construção de esquemas de raciocínio,

Diante de tantas afirmações podemos considerar que o ato de brincar não pode ser considerado apenas uma brincadeira sem importância, pois através dessa ação se realizam, despertam e vivem fantasias que, por sua vez, chegam a ter uma ação direta sobre a formação e sobre a estruturação do pensamento.

A importância dos jogos e brincadeiras na aprendizagem

Diante de citações de renomados autores supracitados, observamos que a brincadeira não só estabelece um incentivo ao desenvolvimento de novas habilidades como também à procura de novas elucidações, porquanto, para as crianças, é mais prazeroso construir situações concretas tendo como base circunstâncias fantasiosas e aventureiras.

Através dos jogos e brincadeiras as crianças podem obter a satisfação que as impulsiona no exercício da liberdade e, por isso, ganham uma bagagem cognitiva que os auxilia e os põem na condição de um ser que pode sonhar, sentir, decidir, arquitetar, aventurar e agir, tornando-se aptos à ir além dos desafios que implicam a brincadeira, assimilando ao contexto implícito e explicito e recriando elementos como tempo, o lugar e os objetos.

Segundo Piaget (1976):

“… os jogos não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar energias das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual”.

Brincar é bem mais que colocar a fantasia em ação, é viver essa fantasia em um mundo real e saber separar quais elementos podem fazer parte segundo cada mundo, por isso o jogo perfeito não é aquele que a criança tem total domínio, mas o que dá oportunidade para a criança jogar de modo coerente e promissor, vindo assim proporcionar uma situação estimulante para pôr em ação suas práticas sensoriais e adquirir e ampliar sua capacidade de maneira plástica à cooperação e libertação.

Diante de tanta relevância nos deparamos com o lúdico como base formadora da identidade do ser, pois o processo subjetivamente dará indícios para definição de papéis sociais futuros.

Para Piaget (1973), de tal maneira a brincadeira ou o jogo são eficazes, pois podem auxiliar o processo de aprendizagem, por isso toda atividade lúdica nas escolas podem ser consideradas como base obrigatória para as atividades intelectuais do educando, tornando indispensáveis. Sendo assim essas atividades se tornam indispensáveis à pratica educativa, pois cooperam no desenvolvimento cognitivo da criança.

Em relação a ideia, Piaget nos esclarece:

O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos de educação das crianças exigem a todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais e que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil. (Piaget 1976, p.160).

O ato de imaginar é o mesmo que sonhar acordado, sendo assim torna uma ação tão simples como brincar em algo tão importante, o qual faz com que a criança construa um mundo de “faz de conta” real, pois através desse processo as mesmas desenvolvem a capacidade de imitar, imaginar, e passam a representar sem medo da imposição do adulto. A partir do imaginário ela dá origem ao mundo que é só dela, esse processo conseguirá de construção a fará entender e internalizar regras no mundo em que está inserida.

A brincadeira de faz de conta, também conhecida como simbólica, de representação de papéis ou sociodramática, é a que deixa mais evidente a presença da situação imaginária. Ela surge com o aparecimento da representação e da linguagem, em torno 2/3 anos, quando a criança começa a alterar o significado dos objetos, dos eventos, a expressar seus sonhos e fantasias e a assumir papéis presentes no contexto social. (KISHIMOTO, 2003, p.39).

Dessa forma, brincando, a criança automaticamente gera muitas maneiras de entrar no mundo adulto, fazendo justiça a algo que ela julga estar sendo injustiçada, gerando entusiasmo para agir com mais facilidade diante a um desafio, tendo a capacidade de controlar uma situação que a própria criou, dentro de seu mundo, pois a mesma tem consciência que na vida real essa possibilidade não existe.

Como o lúdico auxilia no desenvolvimento e na aprendizagem infantil

Quando se “brinca” um mundo novo e interno é criado, ou seja o indivíduo passa a ter um mundo só seu, a imaginação, a fantasia e os símbolos serve de alicerce para mantê-lo. Esse mundo criado através de iniciativas lúdicas se reflete no mundo externo o qual a realidade passa a ser compartilhada com o “outro”. Sendo assim, quando brincam as crianças, criam condições de separarem esses dois mundos e de adquirirem o comando sobre eles.

Piaget (1998), diz que “a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa”.

Nos jogos e brincadeiras, a criança inicia o processo de estabelecer

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