A importância da Educação de jovens e adultos e a Educação a distância como instrumento de transformação da realidade
Por: Rodrigo.Claudino • 10/7/2018 • 3.079 Palavras (13 Páginas) • 285 Visualizações
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O objetivo do presente estudo é mostrar para as pessoas que é possível mudar a realidade em que vivem através da educação e também mostrar para as pessoas que não puderam estudar na idade convencional, que é possível retornar ao sistema de ensino através da Educação de Jovens e Adultos e da Educação a distância, não importando a sua idade ou posição social e mostrar também a importância do educador no sujeito do Eja.
A Educação é um instrumento de transformação social, econômica, etc , porém segundo Freire, “Sei que o ensino não é a alavanca para a mudança ou transformação da sociedade, mas sei que a transformação social é feita de muitas tarefas pequenas e grandes, grandiosas e humildes! Estou incumbindo de uma dessas tarefas. Sou um humilde agente da tarefa global de transformação. Muito bem, descubro isso, proclamo isso, verbalizo minha opção”. (FREIRE, 2001, p. 60)
Entretanto, sabemos que sem a educação é impossível haver transformação, “Se a educação sozinha, não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. ” (FREIRE, 2000, p.67).
2.2- A Educação de Jovens e adultos: Objeto de transformação e ascensão social
A Educação de Jovens e Adultos e o Ensino à Distância são aliados importantes no processo de inclusão ao ambiente escolar e ascensão social para alunos que por algum motivo tiveram que deixar de estudar no tempo estimado. Uma experiência que se repete frequentemente na vida de muitas pessoas que por algum motivo tiveram que deixar o sistema de ensino regular na idade convencional.
Em um dado momento em minha vida, eu me vi sem condições de dar sequência em meus estudos, e abandonei a escola regular. Estava no primeiro ano do ensino médio, com excelentes notas, entretanto não pude continuar. E é muito comum em nosso território nacional.
Os sujeitos do Eja e do Ead, professor e aluno tem especificidades importantes a ser ressaltadas como ressalta Amorim,(2010) ,Na EJA, para efetivar essa mediação, o professor necessita inicialmente apropriar-se das condições sócio-históricas de produção que os alunos e ele próprio, se constituíram como seres sociais, que ocupam uma posição na sociedade e no mundo do trabalho contemporâneo.
Para ambos processos de ensino aprendizagem,
[...] o professor deve ter sempre em mente de que o seu papel é o de agente de transformação social e como tal pode, pela educação, combater, no plano das atitudes, a discriminação manifestada em gestos, comportamentos e palavras, que afasta e estigmatiza grupos sociais. Cabe ao professor construir relações de cofiança para que o aluno possa perceber-se e viver, antes de mais nada, como ser social[...] (JATOBÁ, 1999, p. 95-96).
2.3- Os sujeitos da Educação de jovens e adultos.
Segundo a Regulamentação da Educação de Jovens e Adultos, estes sujeitos:
[...] são homens e mulheres, trabalhadores/as empregados/as e desempregados/as ou em busca do primeiro emprego; filhos, pais e mães; moradores urbanos de periferias, favelas e vilas. São sujeitos sociais e culturais, marginalizados nas esferas socioeconômicas e culturais, privados de acesso a cultura letrada e aos bens culturais e sociais, comprometendo uma participação mais ativa no mundo do trabalho, da política e da cultura. Vivem no mundo urbano, industrializado, burocratizado e escolarizado, em geral trabalhando em ocupações não qualificadas. Trazem a marca da exclusão social, mas são sujeitos do tempo presente e futuro, formados por memórias que os constituem como seres temporais. São ainda, excluídos do sistema de ensino, e apresentam em geral um tempo maior de escolaridade devido a repetências acumuladas e interrupções na vida escolar. Muitos nunca foram à escola ou dela tiveram que se afastar, quando crianças, em função da entrada precoce no mercado de trabalho ou mesmo por falta de escolas. Jovens e adultos que, quando retornaram a escola, o fazem pelo desejo de melhorar de vida ou por exigências ligadas ao mundo do trabalho (BRASIL, 2000).
“A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade específica da Educação Básica que se atende um público ao qual foi negado o direito à educação, durante a infância e/ou adolescência, seja pela oferta irregular de vagas, seja pelas inadequações do sistema de ensino ou pelas condições socioeconômicas desfavoráveis (Lara, 2002). A EJA aparece no cenário educacional atual como uma modalidade de grande importância, pois representa uma alternativa para aqueles cidadãos que de alguma forma foram excluídos da escola regular. Essa modalidade de ensino consolidou-se a partir dos preceitos da LDBEN 9394/96, da Resolução CNE/CEB Nº 01/2000 e do Parecer CNE/CEB Nº 11/2000 (Correia, Heidrich, Rateke, 2007).
O tema “educação de pessoas jovens e adultas” não nos remete apenas a uma questão de especificidade etária, mas, primordialmente, a uma questão de especificidade cultural. Assim, apesar do recorte por idade (jovens e adultos são, basicamente, “não crianças”), esse território da educação não diz respeito a reflexões e ações educativas dirigidas a qualquer jovem ou adulto, mas delimita um determinado grupo de pessoas relativamente homogêneo no interior da diversidade de grupos culturais da sociedade contemporânea. O adulto, no âmbito da educação de jovens e adultos, não é o estudante universitário, o profissional qualificado que freqüenta cursos de formação continuada ou de especialização, ou a pessoa adulta interessada em aperfeiçoar seus conhecimentos em áreas como artes, línguas estrangeiras ou música, por exemplo. Ele é geralmente o migrante que chega às grandes metrópoles proveniente de áreas rurais empobrecidas, filho de trabalhadores rurais não qualificados e com baixo nível de instrução escolar (muito frequentemente analfabetos), ele próprio com uma passagem curta e não sistemática pela escola e trabalhando em ocupações urbanas não qualificadas, após experiência no trabalho rural na infância e na adolescência, que busca a escola tardiamente para alfabetizar-se ou cursar algumas séries do ensino supletivo. E o jovem, incorporado ao território da antiga educação de adultos relativamente há pouco tempo, não é aquele com uma história de escolaridade regular, o vestibulando ou o aluno de cursos extracurriculares em busca de enriquecimento pessoal. Não é também o adolescente no sentido naturalizado de pertinência a uma etapa bio-psico- lógica da vida. Como o adulto anteriormente descrito, ele é também um excluído da escola,
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