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A VIOLÊNCIA SOCIAL IMPACTANDO O COTIDIANO ESCOLAR

Por:   •  23/10/2018  •  10.684 Palavras (43 Páginas)  •  323 Visualizações

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Guimarães (1996, p. 05), afirma que “a violência também é fonte de vida e se manifesta de várias maneiras, propondo considerá-la como uma forma de reunir tudo o que se refere à luta, ao combate”.

Para Mafaffesoli, “a violência é um fenômeno ambivalente pois a destruição sempre é vista como uma agressão intolerável, que só posteriormente é sentida como fundamento da estruturação social” (apud GUIMARÃES, 1996, p. 12).

Segundo Baró, “distingue etimologicamente os termos violência e agressão. Este psicólogo social latino-americano propõe entender violência como aplicação de uma força excessiva a algo ou a alguém. Entretanto, agressão seria a violência dirigida contra alguém com o propósito de causar-lhe dano”. (apud BATISTA & EL-MOOR, 1999, p. 139).

Jurandir Freire Costa, define violência “como o emprego desejado de agressividade com fins destrutivos; ou seja, a violência ocorre quando há desejos de destruição de parte do algoz”. (apud BATISTA & EL-MOOR,1999, p. 139).

A definição social e histórica da violência e da agressão, do que seja mencionado como violência na sociedade, e a sua valoração positiva ou negativa, poderá depender dos interesses conflitantes que caracterizam uma sociedade de classes. Um exemplo disto temos na chamada violência no campo no Brasil, que vem se destacando através dos conflitos do MST (Movimento dos Sem Terra).

Como também, educação e escola são mescladas em uma realidade capitalista como a nossa, pois, educação é um processo de desenvolvimento e formação da personalidade, não se confunde com a mera adaptação do individuo ao meio, sendo uma atividade criadora e abrangente em todos os aspectos da vida, começando na família, continua na escola e se prolonga por toda a existência humana, tendo como objetivo primordial dotar o homem de instrumentos culturais capazes de impulsionar as transformações matérias e espirituais exigidas pela dinâmica da sociedade, aumentando o poder do homem sobre a natureza e ao, mesmo tempo, busca conformá-lo aos objetivos do progresso e equilíbrio social da coletividade a que pertence.

Já a escola é uma instituição que trabalha e estuda o conhecimento em todos os segmentos da sociedade e do mundo, visando a democratização e lutando contra o exercício do poder, no qual reduz o professor e o aluno à condição insignificante na vida, roubando-lhes o direito de serem sujeitos de construir seu próprio discurso.

“Num primeiro momento. A revolução exprime a violência coletiva, a inquietude, a busca do caos primordial, mas esta busca esgotá-se em seu próprio ato e repete-se ritualmente por várias vezes. Num segundo, ocorre a rigidificação do impulso coletivo, pois a revolução passa apóia-se num projeto a longo prazo, cujo objetivo é alcançar uma sociedade perfeita”. (GUIMARÃES, 1996, p. 14).

Existe, hoje em dia, uma discussão mundial no papel que a educação desempenha no desenvolvimento dos indivíduos tornando-o aos poucos cidadão do mundo, em uma época de globalização cultural, sem perder sua identidade cultural participando das atividades de sua nação e de sua comunidade, buscando uma sociedade integrada a humanidade como um todo, sem perder seu direito de escolher e seguir seu caminho, construindo conhecimentos na medida da suas possibilidades de sua própria cultura, apropriando-se da tecnologia sendo usuário e produtor de novas concepções, refletindo sobre os problemas que surgem e procuram soluções para uma melhor política educacional, pois de acordo com a “Declaração Mundial sobre Educação para Todos”, deve ser beneficiada a criança, adolescente e adulta, com uma formação que corresponda as suas necessidades educativas fundamentais, ao qual contenha os instrumentos de aprendizagem básicos com seus conteúdos educativos, que todos os indivíduos têm necessidade para viver e trabalhar, melhorando a qualidade de vida e participar das decisões do seu país.

No Brasil, temos uma expectativa na sociedade, que a educação volte-se para construção da cidadania, se posicionando na frente pela luta contra exclusões, contribuindo para o individuo como ser social na sociedade e para um ensino de qualidade com garantias na aprendizagem básicas para forma cidadãos críticos, autônimos, participativos, competentes, éticas e responsáveis para atuar na sociedade nas áreas sociais, políticas e econômicas atendendo suas necessidades individuais e coletivas.

Em comparação a outros países que se encontram no mesmo nível do Brasil no setor educacional, o nosso país se encontra em desvantagem, tanto no sentido qualitativo como no quantitativo, devido a desigualdades regionais, baixo aproveitamento escolar, defasagem na idade e séries, evasão e repetência, que são fatores que refletem contribuindo para uma concentração de renda em um nível social mais privilegiado, como também, aumentando um o nível social mais desfavorecida existente no Brasil.

“Toda educação como tradicionalmente tem sido realizada. Na verdade, até aqui a educação da família tem-se caracterizado por ser automatizante e pragmatista (os pais, em sua maioria, educam os filhos para que lhes dêem menos trabalho); por outro lado, a educação escolar tem-se mostrado intelectualista e, também utilitarista”. (MORAIS, 1995. p. 92)

A injusta distribuição de renda tem como conseqüência à divisão social, que é um obstáculo para uma boa parte da população brasileira possa fazer valer seus direitos e interesses no como no campo educacional, embora para superar estes obstáculos o sistema de ensino brasileiro apresenta-se avanços que vem sendo desenvolvido em todos os aspectos, como uma queda da taxa de analfabetismo, expressivo aumento do número de matriculas em todos os níveis de ensino e crescimento sistemático das taxas de escolaridade da média da população, apontando avanços importantes e consistentes em direção à superação do atraso educacional.

Quando a Lei Federal de nº 5.692, de 1971, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – (LDB), foi criada com o caráter de “obrigatoriedade e gratuidade na escola pública”, houve uma demanda na construção de prédios, distribuição da merenda escolar, comprar de materiais didáticos, sendo que essa Lei era resultado da luta pela ampliação de numero de anos da escolaridade obrigatória, no entanto, esqueceram da parte pedagógica que caiu sua qualidade que persistindo durante anos.

Ao longo desses anos, estudos e pesquisas aconteceram para beneficiar uma revisão do Projeto Educativo do país, em relação à qualidade do ensino, no qual a escola reagindo, refletindo

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